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Opinião

ATÉ O LIMITE DA HONRA | Vale Tudo em Nome da Arte?- O Limiar Entre a Dedicação e a Insanidade. Por Scheila

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Na última semana Jensen Ackles ganhou destaque na imprensa internacional devido a uma polêmica nos bastidores da série The Boys,  conhecida por seu conteúdo polêmico. Segundo os tabloides, Ackles, famoso por interpretar Dean Winchester em Sobrenatural, teria se recusado a gravar uma cena que faz parte da terceira temporada. Após ler o roteiro, o Soldier Boy ligou para Eric Kripke, produtor da série e relatou todo o seu desconforto chegando a dizer  que gravar essa cena seria ultrapassar seus limites.  Muito se especulou sobre o conteúdo  que causou a recusa do ator. Algumas pessoas sugeriram que seria uma cena de orgiais entre heróis, o que não foi confirmado nem Por Ackles nem por Kripke. Todo esse burburinho desencadeou uma onda de debates nas redes sociais, levantando um questionamento: Afinal, deve existir limites para a arte? Há muito se fala sobre excessos e abusos cometidos por diretores nos sets de filmagens. Existe um limiar entre o que é dedicação e o que se torna abuso que, quando se trata do cinema, esse limite é sempre ultrapassado.

OS BASTIDORES E SEUS ABSURDOS

Nos últimos anos houve várias denúncias de abusos nos bastidores das produções. Diretores que chegaram e levaram atores e atrizes ao extremo “em nome da arte”.  Um dos maiores escândalos sobre abuso físico e psicológico da história do cinema é  O último Tango em Paris, de 1972. Em 2013 Bernardo Bertolucci, diretor do longa admitiu em entrevista que a repugnante e grotesca  cena de sexo ( também conhecida como “a cena da manteiga”) entre Maria Schneider e Marlon Brandon foi feita sem o conhecimento da atriz, o que gerou um onda de indignações quando a história veio à público. Essa experiência deixou marcas profundas na vida da atriz que por muito tempo foi desacreditada.  Maria tinha somente 19 anos na época das filmagens.

“Um verdadeiro show de horrores”. Assim foram as gravações de Azul é a Cor mais Quente.  Léa seydoux e Adèle Exarchopoulos, protagonistas do longa acusaram o diretor Abdellatif Keichiche de abusos físicos e emocionais, fazendo-as trabalhar até a exaustão, chegando muitas vezes a tocar nas partes íntimas das atrizes para mostrar “como se faz”. O filme ganhou o Festival de Cannes e o Palma de Ouro. Léa rompeu relações com Keichiche depois dos eventos para promover o filme.

CADÁVERES E CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DESFAVORÁVEIS

O perturbador “Apocalypse Now” não poderia ficar de fora dessa lista. A produção da trama foi um verdadeiro suplício para o elenco. Além dos atrasos nas filmagens, orçamento estourado e condições climáticas insalubres, o elenco teve que conviver com cadáveres reais no set, o que causou um odor insuportável, interrompendo as gravações . Um búfalo também foi abatido diante das câmeras. 

Martin Sheen, que fazia parte do elenco sofreu um ataque cardíaco durante as gravações. Nem mesmo o diretor, Francis Ford Coppola saiu ileso de tanta insanidade. Coppola também passou mal, tendo um ataque epilético. 

SIGA  A ESTRADA DE TIJOLOS AMARELOS

Judy Garland tinha 17 anos quando filmou “O Mágico de Oz” e interpretar Dorothy deixou um gosto amargo para a jovem protagonista. Durante o período das gravações, a adolescente teve que lidar com situações angustiantes para uma atriz tão jovem. gravações por horas a fio, figurino desconfortável, exaustão física e mental. Comenta-se que sua própria mãe lhe dava anfetaminas para que a garota pudesse aguentar o ritmo alucinado das gravações. E as situações extremas foram além: Garland  era constantemente assediada por alguns membros da equipe.

CRUZANDO OS LIMITES DA LIBERDADE ARTÍSTICA

Coação, assédio moral, sexual, ameaças, retaliações,carga horária de trabalho desumana,  tudo isso sempre esteve presente nos bastidores das produções e sempre foi varrido para debaixo do tapete. O que chega para o grande público é o produto final, que muitas vezes desconhece o horror por trás dos sets de filmagem, levando os envolvidos ao total desespero. Mas o que devemos nos perguntar é: qual o limite entre a criatividade e a degradação humana? Vale tudo em nome da arte? 

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Nerd/geek hipertatuada, com uns parafusos frouxos, com a cara de Fiona mas o coração de mocinha.

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