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Confabulando Letras

CONFABULANDO LETRAS | Como escrever um livro? (Parte 02)

Publicado

em

(Foto – Reprodução)

– Capítulo 2 –

Criando um personagem – (Primeira Parte)

Se você perguntar para dez autores: “Como você começa seu livro?” Sem medo de errar, diria que nove deles responderiam: “Pela personagem”. É para ela que a coisa toda é feita. É por ela que as pessoas criam empatia. É por ela que temos medo e torcemos para que seja feliz. Bom, então vamos falar um tantinho sobre essa importante figura. Contar histórias é uma das mais, se não a mais, antiga arte da humanidade, e precisa ser estudada como qualquer outra arte.

(Foto – DC Comics ©/ Marvel Comics ©/ Reprodução)

Bom, eu vim do RPG então, gostaria de sugerir que cada um que pretende começar a escrever uma narrativa, procure uma espécie de ficha para montar sua personagem. Sim, escreva como é o sujeito que você inventou. Sua personalidade, suas características, seus gostos, onde mora, o que quer, como age e pensa, saiba suas necessidades.

O autor “empresta” muito de sua história para as figuras que cria. Pois na verdade, somos a única pessoa que conhecemos o suficiente para analisar nossas reais intenções. É apenas sobre nós mesmos que sabemos as complexidades que envolvem as atitudes humanas. Mas aqui vão algumas dicas, que podem ser úteis na hora de “inventarmos” nossos amados ou odiados seres da ficção.

Tenha um local e cenário em mente, faça num caderno, atrás de uma folha, ou num papel de pão… mas faça. De maneira estilosa ou mesmo de modo rudimentar. Com desenhos elaborados, colando recortes de revistas, ou ainda desenhando lugares rabiscados que apenas você entenderá. Pois esse ser deve existir em um local pré-determinado. De preferência, escreva sobre lugares que você conheça bem, pois isso dará verossimilhança às suas descrições. Lembre-se de anotar tudo sobre todos, pois se seu enredo for de um romance, precisará de alguns que sejam bons, maus, masculinos, femininos, ou até aqueles que não são nenhum desses.

Você sabe a diferença entre arquétipo e estereótipo?

A grosso modo, eu gosto de definir que os arquétipos seriam ligados às imagens, experiências, intuições e todos os processos de memórias pessoais e coletivas, vindo da história da humanidade. Isso dá um aspecto mais humano à personalidade que criamos para os indivíduos presentes em nossas narrativas. Aproximando-os da realidade, que é repleta tanto de qualidades como de defeitos. Tornando-os seres praticamente únicos, ainda que estejam categorizados dentro de um modelo esperado pelo leitor. O herói, o vilão ou mesmo a mocinha, mas todos eles se parecem conosco por serem únicos e possuírem individualidades. O fato de criarmos profundidade, objetivos e motivações para eles, servem para afastá-los de uma categoria superficial que gostamos de denominar como clichê.

Já os estereótipos são mais voltados às imagens e contatos que estabelecemos com os elementos que existem à nossa volta no decorrer da vida diária. Contudo, de uma maneira mais superficial e que ocorre sempre de forma padronizada, tornando-os muito perfeitos, previsíveis e um tanto entediantes. A um exemplo disso, posso citar o homem de sucesso, rico e dominador; o atleta másculo e atraente ou a mulher magra e bela. Figuras que estão mais relacionadas às nossas ambições e desejos profissionais e pessoais. São tipos mais interligadas com um modelo e não à uma personalidade, o que acaba por afastá-los da realidade propriamente dita, pois a vida é imperfeita e caótica e não gira como que em um encaixe de engrenagem.

Você pode sim começar por um modelo, mas dê a ele profundidade exclusiva, tornando-o real à medida que adquire defeitos e qualidades. A personagem que você criará dependerá muito do seu enredo, mas você precisará definir suas características de maneira gradual. Por isso anotar esses detalhes é sempre uma boa pedida. Gosto de exemplos, então, como um escultor, você pode começar por um molde, mas a maneira em que trabalhará os detalhes tornará seu trabalho perfeito, adquirindo imperfeições que lhes tornarão único e valioso pela sua singularidade.

Fique por aqui no Nerdtrip, pois falarei mais sobre isso na semana que vem… Até lá! Chegou a hora de dar “Tchau”… “Tchaaau”!


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Autora de A Senhora do Caos - A Viajante e o Dragão e coautora de Sociedade dos Corvos, com o conto Vida Perfeita. Nasci no Espírito Santo, mas vivo no interior paulista com minha família. Sou graduada em Pedagogia, atuo na área de administração de empresas, escritora e redatora do NerdTrip. Iniciei minha carreira literária publicando na plataforma de leitura online Wattpad e em 2016 lancei meu primeiro livro impresso. Com verdadeiro fascínio por histórias fantásticas, gibis, livros e pelo mundo nerd, sou jogadora assumida de RPG. Comecei a escrever por volta dos doze anos e convicta digo que os livros salvaram minha vida, tornaram-me um adulto mais completo e possibilitaram que obtivesse sucesso em minha carreira.

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