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DEADPOOL 2 | A Segunda Vez é Muito Melhor! (2)

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(Ryan Reynolds e Rob Liefeld em foto não creditada nos bastidores da produção do primeiro filme do Deadpool)

No artigo anterior dessa série de matérias sobre a nova aventura cinematográfica do mercenário mais falastrão dos quadrinhos, dissemos que Deadpool foi criado pelos quadrinistas Fabian Nicieza e Rob Liefeld, com óbvio destaque para este último, que praticamente leva todo o crédito pela criação.

Mas quem é Rob Liefeld (hoje com 50 anos de idade)?

Bom, falando primeiramente dos méritos do autor, é indubitável que Liefeld possui um talento nato para o empreendedorismo, além de ser dotado de muita persistência, coragem e mente extremamente imaginativa (haja vista o grande número de personagens que ele criou).

De forma autodidata, tornou-se desenhista de histórias em quadrinhos, conseguindo sua primeira publicação para uma grande editora em 1986, ao desenhar a personagem Sombra da Noite (Nightshade) para a revista Secret Origins #28; e ilustrando, em 1988, a minissérie em cinco partes dos super-heróis Rapina e Columba (Hawk and Dove), ambos da DC Comics.

(Foto – Divulgação: Marvel Comics ©)

Em 1989, Liefeld vai para a Marvel Comics, desenhando The Amazing Spider Man Annual #23 e assumindo, em seguida, a arte da revista Novos Mutantes (a partir de fevereiro de 1990, no número 86), que, de quase cancelada, tornou-se um sucesso de vendas.

(Foto – Divulgação: Marvel Comics ©)

Em agosto de 1991 – já detendo o controle criativo da revista dos Novos Mutantes – Liefeld passa a publicar a revista X-Force,  pela Marvel, cujo primeiro volume vendeu o espantoso número de quatro milhões de cópias!

(Foto – Divulgação: Marvel Comics ©)

Considerado um quadrinista de sucesso – juntamente com outros desenhistas e escritores de quadrinhos de sucesso da época (Todd McFarlane, Jim Lee, Marc Silvestri, Erik Larsen, Jim Valentino, Whilce Portacio etc.) – Rob Liefeld cria, em 1992, a Image Comics, editora de quadrinhos na qual os criadores detinham o controle de suas criações (ao contrário do que ocorria na Marvel e DC Comics, e outras editoras de grande porte).

 

Na Image, Liefeld criou a revista em quadrinhos da superequipe Youngblood, cuja primeira edição – inauguradora da Image Comics – é ainda hoje considerada uma das 20 mais influentes publicações de quadrinhos da história (nem tanto pelo “conteúdo” da revista, mas pela inovação que ela introduziu no mercado quadrinístico).

(Foto – Divulgação: Image Comics ©)

Contudo, os méritos do autor param por aí.

Não se sabe muito bem o porquê, mas mesmo sendo claramente um desenhista bastante limitado em termos anatômicos e perspectivos (para não dizer preguiçoso), e de ser um escritor medíocre, Rob Liefeld – talvez em razão de seus ângulos esquisitos, corpos anatomicamente desproporcionais e “splashpages” em profusão (tudo o que desabonaria um bom desenhista) – conseguiu cair no gosto popular dos leitores , que compravam tudo o que ele publicava de forma voraz.

(Foto – Divulgação: Marvel Comics © / DC Comics © / Image Comics ©)

Considerado por alguns de seus próprios pares como um sujeito arrogante, oportunista e “moleque” (ele brigou feio com Marc Silvestri e Tood McFarlane, o que o levou a ser afastado da Image Comics em 1996), por mais sucesso de público que Liefeld fazia, mais críticas negativas ele recebia de quem entende de quadrinhos. 

Mas, mesmo diante de suas polêmicas e críticas, Rob Liefeld era um autor que vendia bem e dava lucro. Desse modo, em 1998, quando a Marvel resolveu fazer um reboot de seus personagens, tornando-os mais parecidos com os heróis da Image (isto é, mais “visual” e menos conteúdo), Liefeld – bem como Marc Silvestri, Wilche Portacio, Jim Lee e cia. Ltda. – foram “contratados” pela editora para darem novas versões dos super-heróis da Marvel, como Capitão América, Homem de Ferro, Hulk etc.

(Foto – Divulgação: Marvel Comics ©)

Nem é preciso dizer que o projeto não foi tão bem como os editores previram…

De fato, a arte de Liefeld é repleta de plágios (veja o Agente Americano abaixo!), de desenhos sem sentido, de poses impossíveis, de músculos inexistentes e de cenários completamente vazios; e os seus enredos são invariavelmente fracos, vazios, violentos e descartáveis.

(Foto – Divulgação: Image Comics ©)

Vai entender o sucesso do sujeito…

Ah, para não esquecer, ele foi o co-criador de Deadpool!!


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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