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Papo de Cinema

PAPO DE CINEMA | 7 Personagens que se tornaram insuportáveis!

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Sabe aquele personagem que faz um sucesso estrondoso, mas que é explorado ao extremo, até se tornar insuportável até para o público. Nosso “papo de cinema”, desta semana, vai analisar sete ocasiões em que se tornou difícil continuar acompanhando à história…

Bella Swan (Kristen Stewart)

Agora eu brilho! Será que vão dar mais atenção pra mim?

Não que Bella fosse um primor de personagem. Mas no primeiro filme ela cumpre seu papel: a donzela em perigo, que vai ser a causa da luta de dois seres mágicos. Mas nas sequências, ela se torna um verdadeiro “pé no saco”, com sua cara de sonsa e sua indefinição de que lado quer tomar na disputa entre o lobisomem depilado e o vampiro de purpurina. O pouco carisma que ela tinha no início da “saga” é sugado até atingir o fundo, e quem teve paciência para assistir todos os filmes não consegue entender e nem aceitar como uma pessoa tão sem graça pode motivar uma guerra entre seres imortais que viviam há séculos em paz.

Chuck, O Brinquedo Assassino (Brad Dourif – voz)

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O assassino virou homem de família…

A primeira vez que o brinquedo do mal foi levado aos cinemas, o filme era um verdadeiro terror. A história do serial killer que faz um pacto com o diabo para transferir sua alma para um brinquedo e espera pela oportunidade de possuir o corpo de uma criança inocente é um tanto macabra e interessante de ser acompanhada. Sem contar que na primeira versão, nós não vemos o boneco em ação durante boa parte do filme, o que nos faz duvidar da sanidade do menino, enquanto acontecimentos estranhos e mortes “acidentais” ocorrem ao redor dele. Ao final do filme, o boneco se revela e é derrotado em uma cena de alta tensão (para os anos 80). Poderia ser um filme interessante, e que seria lembrado por muito tempo como um excelente terror. Mas os executivos se contentam com isso? Claro que não! O personagem retorna em sequências cada vez piores, e o que era um filme de terror pesado se tornou uma comédia sem pé nem cabeça, em que tivemos o “nascimento” de um boneco! Não precisa dizer mais nada.

Jack Sparrow (Johnny Depp)

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Metade do orçamento do filme foi em cachê para o Jhonny Depp nesta cena!

Johnny Depp lutou muito para conseguir colocar sua visão pessoal do famoso Capitão. Seu pirata amoral, bêbado e levemente efeminado teria assustado os executivos da Disney, e que com muita pressão do ator foi levado às telas, e se provou um sucesso assombroso, de público e crítica, sendo inclusive indicado ao Oscar e Globo de Ouro de Melhor Atuação. Os produtores, então, resolveram colocar nas costas do personagem toda a responsabilidade de segurar a história dos filmes seguintes. No segundo filme, a fórmula se mostrou frutífera, porém mais por sua qualidade de roteiro e um antagonista forte e convincente do que pelos méritos solo do Capitão. Já nos seguintes, quando tivemos uma verdadeira overdose de Depp em tela, o personagem mostrou sua verdadeira essência, sendo cansativo, irritante e raso. Jack Sparrow na verdade é daqueles personagens que funcionam excepcionalmente como coadjuvante da história, mas com um maior tempo de tela cansa e irrita os espectadores.

Shrek (Mike Myers – voz)

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E pensar que no primeiro filme o irritante era o burro!

Um ogro! Ogro mesmo, que mora no pântano, assusta aldeões e foge de tochas e forcados. Desbocado, politicamente incorreto, e que salva uma princesa tão incorreta quanto ele. Foi sucesso imediato, conquistando adultos e crianças. A crítica se rendeu a ele com elogios, o Oscar o premia como melhor animação do ano e o estúdio ganha milhões. Um final feliz? Claro que não. Por que esperar que a galinha de ovos de ouro bote um de cada vez, se você pode matá-la e tirar todos os ovos de uma vez? Vieram mais três filmes, e a qualidade das histórias desceu ladeira a baixo cada vez mais. O crescimento e autodescobrimento do personagem ao longo do primeiro longo é ignorado nas sequências, usando a eterna crise de identidade para tentar mover histórias cada vez mais absurdas. Se no final do primeiro longa Fiona prefere continuar como ogra e estar do lado dele, qual a necessidade da dúvida sobre o real amor dela nos três seguintes? Sem contar a necessidade de se apoiar nos personagens coadjuvantes e as piadas escatológicas. Um fim deprimente.

Harry Potter (Daniel Radcliffe)

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Eu sou o Escolhido! vocês devem fazer o que eu mandar.

Antes que os fãs comecem desejar minha morte, vamos analisar: todos simpatizamos com o pobre órfão que sofre abuso psicológico da família, e que um dia descobre ser famoso no mundo dos bruxos, onde é herdeiro de uma fortuna em ouro (nunca revelada exatamente quanto), e protegido pelo diretor da Escola. Ótimo para ele, que apesar de tudo, mantém seu bom coração e luta contra o mal. O problema começa a partir do quinto filme (e livro), onde Harry se torna o pior tipo de adolescente: mimado, cheio de raiva sem motivos e desnecessariamente grosseiro com todos a sua volta. Agride verbalmente e afasta seus amigos, não escuta os conselhos dos mais velhos (e claramente mais sábios, como é o caso de Dumbledore) e além de colocar seus amigos em perigo mortal, não assume a responsabilidade de seus atos. Fica difícil continuar simpático à causa de um adolescente tão chato, mesmo o seu antagonista sendo o Voldemort.

Norman Bates (Anthony Perkins)

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O que fizeram com minha História!!!

Um sujeito estranho, isolado e perturbado. É isso que precisamos saber de Bates. E Hitchcock teve a maestria de deixar assim. Sua relação conturbada e doentia com a mãe era um mistério que dava profundidade ao personagem. A dúvida se ele matou ou não mãe, os relacionamento entre eles, se ele a amava demais ou era maltratado demais; tudo isso, deixado no ar, dava um peso a mais na excelente história de suspense que se tornou um marco no cinema. Mas claro que quando algo faz sucesso em Hollywood, temos que espremer cada centavo que ele pode render, e então tivemos as famigeradas continuações, onde Bates é apenas um clichê ambulante. Deprimente.

Hannibal Lecter (Anthony Hoppinks)

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“Procurando de onde saiu a ideia de fazer uma continuação de “Silêncio dos Inocentes!”

Posso estar aparentemente cometendo uma heresia ao listar aqui um dos vilões mais icônicos do cinema. O personagem, que deu o Oscar à Anthony Hoppinks, é considerado um dos mais importantes do cinema, com sua frieza e inteligência, atreladas a uma crueldade e apetite singular. Os debates intelectuais com Clarice Starling, da igualmente brilhante Jodie Foster, são a essência do filme, e quando a coisa precisa partir pra violência, ele não perde a pose, e mata como se estivesse dando uma aula. Aí você pergunta, por que motivo os produtores acharam que seria uma boa ideia pegar um personagem tão icônico como Lecter e esticar o máximo que sua história pudesse render. The Red Dragon é até interessante, mas o ator já parecia estar ligado no piloto automático, e quando o revemos em Hannibal abrindo a cabeça de Ray Liotta nos esquecemos completamente de quão bom pode ser o personagem. Parece que o cérebro que ele oferece para a garotinha no avião, ao final do filme, é o da equipe que teve a ideia de fazer as continuações. E isso por que nem quero falar do filme “Hannibal: A Origem”, pois quero esquecer que vi este filme.

Professor de História e Grande apaixonado pela sétima arte e da maior premiação do cinema, o Óscar. Viciado em séries e Redador das colunas "Vale a Maratona" e "Papo de Cinema".

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