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Críticas

CREED 2 | “SE MORRER, MORREU!” Crítica do Don Giovanni

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Preparem-se para doses cavalares de emoção, drama, tensão, pancadaria e nostalgia no oitavo filme ambientado no competente universo do “garanhão italiano”. Dirigido por Steven Caple Jr e escrito por Sylvester Stallone e Juel Taylor, Creed 2 surpreende pelo ótimo roteiro, pela qualidade de seu elenco e por conseguir (a exemplo da série do YouTube “Cobra Kai”) manter vivo o espírito oitentista de uma das mais importantes franquias cinematográficas da história. Seja pela peculiar arquitetura da Filadélfia, ou pelos precários ginásios de boxe, passando pela ótima trilha sonora, ou por que não, pelas geladas paisagens da Ucrânia “Creed 2” passeia por todos os filmes da franquia, amarrando pontas, prestando homenagens, mas tendo o cuidado de trabalhar cada personagem, fazendo com que cada um deles tenha sua própria história, sua própria jornada em busca de redenção.

 

 

Na trama (que utiliza diversos elementos de Rocky 3 e Rocky 4) após o jovem boxeador Adonis Creed (Michael B. Jordan) se tornar o campeão dos pesos pesados sob a tutela de Rocky Balboa (Sylvester Stallone), sua mente e seu corpo são colocados a prova, quando o temível algoz de seu pai Ivan Drago (Dolph Lundgren) chega a Filadélfia para lançar um desafio para o pupilo de Balboa. Drago exige que Adonis enfrente seu filho Viktor Drago (Florian Munteanu), uma monstruosidade esculpido pela dor, pelo sofrimento e pela “questionável” e destrutiva criação de Ivan Drago. Sem seu mentor “Rocky”, Adonis tem que exorcizar seus demônios, enquanto tenta conciliar seu relacionamento com a linda Bianca Taylor (Tessa Thompson) com os preparativos para a luta mais importante de sua vida.

Logo de cara somos surpreendidos já nos minutos iniciais da produção, quando o longa começa usando praticamente a mesma cena inicial do ótimo “Rocky Balboa” (2006) só que de forma invertida, para acertadamente revelar o outro lado da moeda, mostrando a dura vida de Ivan Drago e seu filho Viktor na Ucrânia. Após serem “abandonados” por Ludmilla Drago (Brigitte Nielsen), pai e filho tentam encontrar no boxe uma chance de mudar o jogo, de reconquistar o “respeito” perdido desde os derradeiros eventos do clássico “Rocky 4”. Pela primeira vez podemos saber mais sobre Ivan Drago, seus dilemas, sua culpa e seus erros, que ganham uma nova profundidade, uma nova perspectiva, graças ao incrível roteiro escrito por “Sly” e pela ótima atuação de Lundgren.

 

 

Michael B. Jordan está gigantesco em cena, seja por sua qualidade interpretativa, ou por sua incrível forma física, o filho do “doutrinador” está impecável e sua química com Stallone é perfeita (são deles os melhores diálogos da produção). E por falar no “garanhão italiano”…

Sylvester Stallone é Rocky Balboa, a capacidade do ator, diretor e roteirista de se reinventar é espantosa. Após ser responsável pela dramática epopeia do amado boxeador, Sly consegue emplacar uma nova franquia dentro do universo de “Rocko” mas que possui vida própria e fôlego para pelo menos mais uma produção. Como se não bastasse tudo isso, Stallone consegue dar ainda mais profundidade ao seu inigualável “Rocky”, fazendo Balboa trilhar novos caminhos, enfrentar novos problemas, mas mantendo toda garra, determinação e capacidade de superação, que foram traços de personalidade que fizeram o personagem se tornar um dos mais importantes da cultura pop.

Tessa Thompson como Bianca Taylor, a namorada de Adonis (uma cantora e compositora que possui uma doença que acarreta perda auditiva progressiva) também está incrível, bem como todo ótimo elenco, que conta ainda com a ilustre presença de Brigitte Nielsen (ex esposa de Sly, que deu vida a esposa de Drago, Ludmilla em RocKy 4).

Por mais que o roteiro de Creed 2 use inúmeras ideias de outros filmes da franquia Rocky, fazendo com que a produção pareça um pouco previsível para boa parte dos antigos fãs da “saga” não há como negar que apresentar essas incríveis histórias de superação, para uma nova geração de espectadores é um acerto gigantesco para perpetuar esses maravilhosos personagens através dos tempos.

 

Pontuação: De 0 a 5

 

Nota: 5

 

P.S. – As clássicas cenas de treinamento e os ótimos diálogos sobre a dura realidade da vida (feito de forma impecável em Rocky Balboa) são alguns dos pontos altos da produção.

P.S. 2 – Ivan Drago continua sendo um dos vilões mais amedrontadores do cinema. “Se morrer, Morreu!”

 

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Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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