Críticas
SWORD GAI: THE ANIMATION | Tecnologia, mitologia e elementos de RPG reunidos no Seinen que quase deu ”certo”
Sword Gai: The Animation fez sua estreia na última sexta feira (24) no serviço de streaming Netflix. A adaptação do mangá de Toshiki Inoue foi desenvolvida pelos estúdios DLE Inc e chegou com uma nova premissa para o universo dos animes atuais.
A adaptação é carregada de referências, então não se surpreenda caso você capte algumas de outras obras como Fullmetal Alchemist, One Piece e Cavaleiros do Zodíaco. Entretanto, a história carrega um enredo original pois apresenta uma mesclagem bem interessante entre sobrenatural, armas medievais e alta tecnologia num mundo onde não há uma luta especifica contra a representação física do ”mal encarnado”. Dessa vez, o espectador é surpreendido por uma proposta de anime sem exageros em sua narrativa. Não há uma forçação de protagonismo extremo, e ao invés de poderes ou domínio de Chakras, a trama se desenvolve á partir do controle de armas possuídas (espadas, machados e martelos) por demônios. Armas essas que atravessaram eras e são consideradas relíquias de grande valor, apesar de carregarem consigo um espírito vingativo que anseia por mais derramamento de sangue. Todas as armas além de terem um design muito bonito, possuem nomes e uma história por trás de seus poderes míticos, um ponto a mais para os amantes de RPG.
Elas aparecem em situações de extremo perigo ou cegueira por vingança, e usam o individuo como um tipo de ”hospedeiro” para liberar todo o desejo de vingança que há em seu interior e caso ocorra a corrupção de sua alma por completo, ele acaba tornando-se um Busoma (um demônio com uma forma humanoide semelhante a um cavaleiro cyborg). Embora o corpo possuído esteja completamente tomado pelo poder que emana da arma, existem exceções de hospedeiros que conseguem controlar a corrupção de seu espírito, tornando-se os chamados Chrysalis que recebem suporte da organização secreta Shoshidai, responsável por auxiliar os hospedeiros com sua nova realidade.
CONCLUSÃO
O anime tem um bom desenvolvimento de gráficos e visual de personagens fantásticos, além de trabalharem com uma bela paleta de tons vermelhos na maioria das cenas de combate. O tema de abertura ”Sadamegoto” ficou excelente sendo interpretado por Yuuto Uemura. Os combates são interessantes, embora um tanto previsíveis e com o desenrolar dos acontecimentos é como se tivéssemos o tempo todo uma sensação de Deja vù pela repetição de algumas cenas. Mas não vá pensando que esses clichês são pontos ruins na história, afinal, souberam muito bem como trabalhar a curiosidade de quem assiste através do mistério que envolve todas as armas que aparecem na primeira temporada, o que acaba nos deixando curiosos para conferir o próximo episódio e a explicação de tão glorioso poder.
Como nem tudo são flores, a adaptação tem alguns pontos negativos que chegam a incomodar. Como por exemplo, a impressão de narrativa um pouco corrida, passando por cima de muitas partes que ficam ”pairando no ar ” e estendendo por 12 episódios algo que não foi claramente explicado, deixando a lore de alguns personagens de lado, acabando com uma imagem confusa de narrativa (inclusive sobre o desenvolvimento do próprio protagonista Gai). O final da primeira temporada não é nada conclusivo, deixando uma dúvida em aberto e arestas mal aparadas que confundem quem assiste, e acabamos involuntariamente torcendo por uma explicação em uma segunda temporada, pois a falta de desenvolvimento de personagens e muitos pontos soltos da animação é evidente.
Mesmo assim, Sword Gai: The animation rende uma boa maratona e parece promissor em seu gênero, mesmo que nos deixando uma grande incógnita.
NOTA 4/5
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