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Críticas

STAR TREK DISCOVERY | O Vulcano Emocionado – Episódio #13: Such Sweet Sorrow (parte 01) – Crítica do Viajante

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Ao final do episódio passado de Star Trek Discovery vimos o capitão Christopher Pike (Anson Mount) anunciando a evacuação para posterior auto-destruição da U.S.S Discovery com o intuito de destruir também os dados coletados na Esfera de 100 mil anos no começo da atual temporada e que podem significar o fim da vida orgânica na galáxia caso sejam obtidos pela inteligência artificial conhecida como Controle.

Such Sweet Sorrow, o episódio desta semana que foi exibido na última quinta feira (11/04) pelo canal CBS e já disponível na rede de streaming Netflix, se inicia com os procedimentos para a evacuação. Corredores de fuga são conectados com a U.S.S Enterprise para que a tripulação deixe a Discovery e vemos cenas dos tripulantes recolhendo seus objetos pessoais de seus aposentos. Responsável por transportar o Cristal do Tempo obtido no episódio passado, Michael Burnham(Sonequa Martin-Green) vislumbra flashes do futuro ao tocá-lo e vê a destruição da Enterprise e a morte de todos a bordo.

Com a Discovery vazia a tripulação aparece na ponte de comando da Enterprise que é uma cópia com toques modernos daquela que os trekkers acostumaram-se a ver na série clássica, inclusive com os ultrapassados porém nostálgicos efeitos sonoros. Aqui revemos também a atriz Rebecca Romijn no papel da Número 1 cujo nome ainda não foi revelado só para deixar um ar de mistério em torno da personagem e a ordenança J.M. Colt (Nicole Dickinson). Ambas as personagens haviam aparecido no piloto original da série clássica em 1965 interpretadas pelas atrizes Majel Barrett (esposa do criador da franquia Gene Roddenberry) e Laurel Goodwin respectivamente.  Os uniformes lisergicamente coloridos ao estilo anos 60 também estão presentes nos membros da Enterprise. Também se une à tripulação a capitã Philippa Georgiou (Michelle Yeoh) vinda de outro local não especificado.  Pike ordena a ativação da auto-destruição remota porém ocorre falha.  Ele ordena então que  torpedos fotônicos sejam disparados mas os escudos da Discovery são levantados impedindo-a de ser atingida. Diante disso concluem que os dados estão se auto-protegendo e para isso tomaram o controle da nave.

Diante da eminente chegada da frota da Seção 31 comandada pelo capitão Leland (Alan Van Sprang) Burnham volta a ter flashes do futuro onde se vê sendo assassinada por ele que tem sua mente dirigida pelos nano-robôs do Controle. Por fim decide-se que a Discovery deve ser removida da “Equação Galáctica”, ou seja enviada para o futuro onde não pode ser alcançada. A grande questão agora é: como fazer isso?

O traje desenvolvido pela mãe de Burnham e destruído no planeta Essof IV é a única maneira que conhecem para viajar no tempo. A equipe de engenharia se propõe a reconstruí-lo. Entretanto o equipamento foi desenvolvido originalmente para funcionar a partir do DNA de Gabrielle Burnham (Sonja Sohn) e portanto a única com um código genético minimamente compatível é Michael. É a especialista quem terá que usá-lo.

O segundo problema se apresenta na forma como vão energizar o Cristal do Tempo. Para isso seria necessário energia equivalente a uma super nova, o que a Discovery não possui. Eis então que mais uma explosão vermelha ocorre. Lembrando que tais fenomênos são sinais misteriosos que a Discovery vem seguindo desde o começo da atual temporada e que todos achavam vir do futuro através de Gabrielle. Contudo, estando a mesma sem o traje, voltam á teoria de que a Michael do futuro é quem lhes está sinalizando através dessas explosões. São conduzidos através dessa última ao planeta Xahea. A alferes Sylvia Tilly (Mary Wiseman) percebe então que estão diante do mundo de uma velha amiga sua, a rainha xahean Me Hani Ika Hali Ka Po (Yadira Guevara-Prip) que por acaso é também uma genial engenheira que criou uma maneira de recristalizar dilithium que é um mineral altamente abundante no planeta. Como a governante recusa-se a compartilhar os fundamentos da descoberta, a tripulação se vê obrigada a traze-la a bordo para que os ajude a energizar o Cristal do Tempo.

Yadira Guevara-Prip interpreta a rainha xehan Me Hani Ika Hali Ka Po

A rainha Me Hani Ika Hali Ka Po é uma personagem interessantíssima. Ela já havia aparecido no episódio Runaway da série Star Trek: Short Treks. Age como uma adolescente arrogante e mimada e não esconde isso lembrando a todos o tempo todo das vantagens de ser uma rainha e de nunca ser questionada. Ao mesmo valoriza a amizade com Tilly e demonstra que por ela está disposta a qualquer coisa para ajudar. Resolve de cabeça equações intrincadas mostrando-nos possuir um cérebro anos-luz acima da média. 

Dois novos problemas surgem: A grade EPS da Discovery é incapaz de suportar a energia que será gerada o que leva a equipe de engenharia a decidir-se por utilizar o motor de esporos da Discovery. Porém isso vai incapacitar o mesmo por 12 horas deixando a nave a mercê da frota de Leland que se aproxima. Apenas uma desculpa do roteiro pra termos batalhas espaciais em CGI no próximo episódio. 

Já o segundo problema é que o processo danificará o Cristal do Tempo. Isso significa que Burnham conseguirá levar a Discovery para o futuro, mas não conseguirá voltar. Numa cena então planejada para tocar o emocional dos telespectadores vemos todos os oficiais seniors da Discovery e Spock (Ethan Peck) convocando Burham para a ponte de comando para anunciar que permanecerão com ela. Obviamente que ela protesta, faz discurso emotivo que é rebatido por outro discurso emotivo por parte do 1º oficial Saru (Doug Jones). Após todos se retirarem para seus afazeres, o par romântico de Burnham  tenente Ash Tyler (Shazad Latif) a chama de canto para avisá-la que não a acompanhará pois se sente necessário vigiando a Seção 31 através do posto que já ocupa na organização. Rolam então lágrimas por parte da especialista que havia conseguido passar o episódio passado inteiro sem chorar e um beijo apaixonado.

Mais tarde Michael Burnham voltaria a chorar nesse mesmo episódio ao se despedir dos pai adotivos Sarek (James Frain) e Amanda Grayson (Mia Kirshner). Me incomodou nessa cena o grau de emoção demonstrado pelo pai, afinal, diferentemente de seu filho Spock  que é meio vulcano e meio humano, Sarek é um vulcano puro acostumado a reprimir emoções desde a mais tenra idade. Ficou estranho em minha opinião diante de tudo que a franquia já nos mostrou dessa fria raça habitante do planeta Vulcan.

O dramalhão mexicano dá sequência com imagens de todos os oficiais escrevendo cartas de despedidas a seus entes queridos. Mas convenhamos. Esse tipo de cena é comum dentro da franquia e agrada sempre. É aquele momento onde percebemos melhor o lado humano dos personagens e  ficamos sabendo um pouco mais sobre sua intimidade. Na sequência, com os oficiais novamente na ponte de comando temos a despedida de Pike que aparece agora usando o uniforme dourado de capitão sessentista psicodélico. Ele se despede da tripulação e faz menção de nomear Saru capitão, porém esse alega que por hora continuarão com seus deveres momentâneos e que a hierarquia pode ser revista posteriormente. É nesse momento também que Pike é informado que a rainha Po num arroubo juvenil decidiu permanecer com a tripulação gerando um possível imbróglio diplomático futuro. Na mesma cena ainda somos informados que a oficial de segurança da Enterprise Nhan (Rachael Ancheril) também resolveu permanecer na Discovery indicando que a personagem permanece na nave na próxima temporada como oficial efetiva. 

Aliás, como o próximo episódio deve ser o último da temporada, o fato de estarem planejando um salto para o futuro pode indicar que a próxima temporada se passe com essa tripulação que se estabeleceu dentro da Discovery nesse episódio num outro período de tempo. Já foi anunciado que Anson Mount está saindo do elenco. Será esse também o destino de Shazad Latif? Ou teremos dois períodos de tempo paralelos no próximo ano aproveitando assim o ator que interpreta Tyler? 

A grande chateação dos últimos episódios entretanto tem sido a relação romântica entre o engenheiro-chefe Paul Stamets (Anthony Rapp) e o oficial médico Hugh Culber (Wilson Cruz). Não, não estou sendo preconceituoso ou homofóbico. Pelo contrário torço muito pelos dois. Porém as indas e vindas do amor entre ambos está quase virando uma comédia romântica das mais melosas. Gostaria muito que os dois se jogassem logo numa cama para um sexo selvagem de reconciliação. Porque tá bem chato…

O episódio termina com um aparente sacrifício da engenheira Jett Reno (Tig Notaro) que diante de um impasse sobre como energizar o Cristal do Tempo sem que o mesmo cause flashs temporais na nave inteira, expulsa Stamets e Tilly da sala onde está o mineral expondo-se sozinha ao mesmo. Acredito que deva morrer para que tudo de certo e que a atriz não volte em 2020. Mas só teremos certeza disso após o último episódio. Por enquanto é apenas especulação desse redator que vos escreve. 

Such Sweet Sorrow finaliza com a Enterprise em Alerta Vermelho se preparando para enfrentar a frota inteira de Leland e com a Discovery fazendo o mesmo enquanto se prepara para o salto para o futuro. E os tradicionais dizeres em episódios duplos: To Be Continue. Foi o típico episódio de preparação para um apoteótico final. Espero realmente que se realize e que eu possa brindar o season finale com 5 navinhas do Nertrip. Por hora a  classificação se mantém como a do anterior:

Críticas dos episódios anteriores:

STAR TREK DISCOVERY | Retorno eletrizante mas que pode desagradar os tradicionalistas – Episódio #01: Brother – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | De Volta à Estrada de Cogumelos – Episódio #02: New Eden -Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | O Retorno dos Klingons Cabeludos e suas Bat’Leths – Episódio #03: Point of Light – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Um ser de 100.000 anos de idade – Episódio #04: An Obol for Charon – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Aventura na rede micelial – Episódio #05: Saints of Imperfection – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Uma nova perspectiva sobre a 1º Diretriz – Episódio #06: The Sounds of Thunder – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Go ask Alice and feed your head – Episódio #07: Light and Shadows – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Retorno a Talos IV – Episódio #08: If Memory Serves – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Airiam – Episódio #09: Project Daedalus – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Paradoxo – Episódio #10: The Red Angel – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Resistir é inútil – Episódio #11: Perpetual Infinity – Crítica do Viajante

STAR TREK DISCOVERY | Klingons Azuis – Episódio #12: Through the Valley of Shadows – Crítica do Viajante

 

Leia também as críticas de cada episódio da 1º Temporada:

Episódio duplo de estréia

Episódio 03

Episódio 04

Episódio 05

Episódio 06

Episódio 07

Episódio 08

Episódio 09

Episódio 10

Episódio 11

Episódio 12

Episódio 13

Episódio 14

Episódio 15


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Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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