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Críticas

THE WALKING DEAD | Crítica da sétima temporada

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Conforme o tempo passa, a narrativa fica mais lenta, a história arrastada e os personagens não podem mais serem explorados de maneira eficiente. Isso realmente acontece em séries de longa duração?

A sétima temporada da série The walking dead acabou e levou consigo a pior audiência em seu season finale desde 2012.

Nunca se viu uma temporada tão fiel aos quadrinhos, sem levar em conta os “militares” dos salvadores, que possuem muitas atitudes cartunescas, ao atribuir até mesmo à exploração do novo “inimigo”, o Negan.

Muito bem interpretado por Jeffrey Dean Morgan, que sai de seu papel como coadjuvante e torna-se o principal em todo o enredo apresentado. Sua personalidade forte e vingativa provida de uma possível “justiça” trouxe uma figura politizada a uma série de zumbis.

Toda a estrutura do santuário é apresentada nos mínimos detalhes, às regras expostas, dando espaço para desenvolver sem pressa alguma, o que claramente não agrada ao público ansioso por uma “luta”, porém se encaixa no rumo sociológico que a série tomou.

Negan reina muito mais que Ezekiel e ruge mais forte que a tigresa Sheeva, porém não vive em uma monarquia. Se fosse parar e pensar em uma forma de governo aplicada aos salvadores, com toda a certeza a ditadura seria a qual nomeariam.

Militares no poder acabam por exercer a força como correção social, exploram os inimigos e grande poderio bélico, além de uma pitada de narcisismo e endeusamento, já que o vilão, com sua arma nomeada Lucille, é onipresentes como um Deus, todos seus súditos são Negan.

O terror psicológico mais uma vez se fez presente em TWD. Muito mais nessa segunda fase, em que as relações dos personagens contra os salvadores começam a ficar moldadas, enquanto o lado de lá apresenta o que a história mundial sempre contou: Em um regime unilateral sempre haverá uma oposição.

E quem disse que não teria tiro, porrada e bomba? Afinal, todo o desenrolar da história foi para chegar ao clímax, e esse, como sempre, veio no episódio final.

Após muitas mortes em nome de todas as características apresentadas anteriormente, as nações exploradas se unem em busca da liberdade. Sim, ainda é sobre uma série de zumbi. Apresentando um pequeno movimento de oposição, contendo ajuda de um traidor no governo inimigo e sofrendo uma traição dentro da própria resistência.

Uma reviravolta acontece, uma esperança nasce, assim como em pequenos movimentos sociais e opositores, haja vista a atualidade está se mostrando em um universo paralelo. E esse é o ponto da série.

E os zumbis? Eles exploram o emocional, as dificuldades, a punição para quem não consegue sobreviver. O fardo de ver seus entes virarem criaturas sem alma ou consciência, de devorarem quaisquer seres humanos.

A baixa audiência se deu por falhas de roteiro, uma narrativa na maioria das vezes preguiçosa com pouca exploração de novas camadas de personagens que poderiam fornecer dinamicidade ao caminhar da história.

Porém apresentou momentos épicos, e um season finale bem produzido e emocionante. A posição condizente e nem um pouco romantizada para o lado da amizade, no caso de Eugene, que, obviamente, por seu histórico, escolheria sobreviver e não os “seus”. O drama que sempre se fez presente, tanto na infantilidade e egoísmo de Rosita, que por várias vezes quase pôs tudo a perder. E a força de Sasha que veio crescendo no enredo e buscando e conquistando seu espaço dentro da série.

Em resumo, os novos aspectos da segunda parte da sétima temporada foram esses personagens, continuando bater na mesma tecla de Morgan e Carol e esquecendo outras personalidades que possuem um potencial de desenvolvimento.

Quem sabe na oitava temporada? Ela que já foi confirmada e possui vários ganchos para se desenrolar de uma maneira mais atrativa do que a anterior.

 

NOTA:

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