Críticas
BRIGHTBURN – FILHO DAS TREVAS | “O Superman maligno está entre nós” – Crítica do Don Giovanni
Imagine o que aconteceria se nosso maior protetor “o último filho de Krypton” não fosse enviado para terra com o intuito de nos proteger e lutar pela verdade e por ideais de justiça, mas sim para de forma impiedosa nos conquistar implacavelmente. Não precisa imaginar, no melhor estilo “túnel do tempo” o filme Brightburn (Filho das Trevas) dirigido por David Yarovesky e produzido por James Gunn coloca o espectador diante de uma versão espelhada e distorcida do maior ícone da cultura pop.
Roteirizado por Mark e Brian Gunn, o filme que pode ser classificado como “terror/super-herói” utiliza quase todas as peculiaridades da mitologia do Superman, todos os principais elementos estão lá. O imigrante espacial que chega a terra com poderes muito além dos seres humanos e é encontrado no Kansas por um gentil casal de fazendeiros, que por ironia do destino não poderia ter filhos. Os poderes que se manifestam na adolescência, a espaçonave escondida no celeiro, os símbolos Kryptonianos no melhor estilo “Smallville”. O roteiro deixa claro todo tempo que estamos diante da historia do “Superman”, porém de uma forma totalmente sombria e sinistra.
Tori e Kyle Breyer (Elizabeth Banks e David Denman respectivamente) são os “bondosos” fazendeiros que sonham com a chegada de um filho e acabam tendo seus desejos realizados quando uma espaçonave em forma de meteoro cai na fazenda da família no Kansas. Dentro da espaçonave o casal encontra um lindo bebê. Eles decidem adotar o pequeno “viajante” dando-lhe o nome de Brandon Breyer.
Brandon (que leva o nome do ator de Superman: O Retorno de 2006 “Brandon Routh”, é interpretado por Jackson A. Dunn, que tem uma incrível semelhança com a lenda Christopher Reeve) cresce e na turbulência da adolescência seus poderes latentes despertam, fazendo com que a verdade sobre sua origem e os reais motivos de sua chegada ao nosso planeta sejam revelados.
Extremamente perturbador, o longa se destaca das produções do gênero por criar um clima de pura tensão ao longo de seus três atos, utilizando ótimos “jump scare” e apresentando um roteiro sólido, interessante e bastante ágil.
“Mais rápido do que uma bala, mais poderoso do que uma locomotiva, capaz de dobrar barras de aço com as próprias mãos e até mudar o curso de rios” definitivamente a ideia de um “Superman maligno” vista de forma crível, real e sombria, talvez seja a coisa mais amedrontadora e perigosa que se possa imaginar.
Um ótimo filme de suspense/terror, que certamente ganhará uma continuação e pode se tornar febre entre os jovens e nerds de plantão.
Será que o sucesso do “Superman maligno” pode abrir os olhos da Warner e fazer com que os executivos do estúdio entendam que não existe um universo DC nos cinemas sem o “homem de aço”?
Espero que sim, caso contrário a Warner/DC pode acabar assistindo de cadeira cativa, James Gunn criar um universo alternativo de seus personagens em um universo compartilhado muito mais interessante e rentável do que o seu.
Eu não ficaria surpreso.
Pontuação de 0 a 5
Nota: 4,5
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