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Críticas

GAME OF THRONES | 8ª Temporada – Episódio #04 (Crítica)

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Esta postagem contém “spoilers” do quarto episódio da temporada final de Game of Thrones.

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Depois de tirar o fôlego dos espectadores com um episódio que, por mais que a parte técnica tenha dado o que falar, foi o mais intenso em ação de toda a série, fomos brindados com um em que foi trazido de volta toda essência da série: antes de uma ação desenfreada, ela é uma série que sempre teve como foco e motor as intrigas que movem o jogo dos tronos.

 O saldo dos mortos da batalha é mostrado logo no início, deixando bem claro que o exército do Norte e da Rainha dos Dragões agora é muito menor que o necessário para enfrentar Cersei. As perdas mais dolorosas são evidenciadas, mostrando em close os rostos desfalecidos de Jorah, Lyana e Theon, e a fumaça que encobre Winterfell relembra a noite trazida na Batalha.

Foto: Divulgação

Após chorarem seus mortos, é hora de celebrar a vitória, em um banquete em que as animosidades entre Daenerys e Sansa chega ao limite. A Rainha dos Dragões até tenta alguns movimentos de estratégia, ao brindar Arya como heroína e promover Gendry a filho legitimo de Robert e seu sucessor como Lorde Baratheon. Porém, os nortistas têm seu coração voltados apenas para Jon, e ouvir de Thromund que Jon merece ser rei por ter montado em um dragão foi demais para ela, que chegou ao fundo do poço implorando para que Jon guardasse segredo sobre sua verdadeira origem. Nesse momento podemos ver o desespero dos produtores em desconstruir a personalidade de Daenerys, que passou sete anos sendo preparada para ser a grande protagonista, e agora sendo forçada a ser rebaixada a secundária do Rei do Norte.

 Dando mostras de que o apoio de Martin no roteiro deixa as coisas mais duras, vimos um duro diálogo entre Sansa e Clegane, onde ela assume seu passado como necessário para ela ser quem se tornou, e Arya dando o fora mais doloroso da série (até aquele momento) em Gendry, rejeitando seu pedido de casamento.

Quando os irmãos Starks e o Targaryen perdido se reúnem no bosque sagrado, Jon não consegue manter sua boca fechada (talvez já contaminado pelo gosto do poder) e revela a suas irmãs o segredo de sua origem, não antes de arrancar um juramento capenga de Sansa, que ficou claro que estava louca para quebrar na primeira oportunidade.

E quando ela conta para Tyrion, e este mais que depressa faz a fofoca do ano para Varys, segundo as palavras do próprio “isso já deixou de ser segredo e virou informação”, deixando claro que irá utilizar o que sabe para ajudar a derrubar mais um rei que se colocou em seu caminho.

Antes do clima azedar de vez no episódio e as coisas ficarem mais sombrias do que se podia imaginar naquela altura, vimos a primeira noite entre Brienne e Jaime, num romance que vem sendo construído dede o momento que ele era seu prisioneiro na terceira temporada, e que de longe tem muito mais química que Jon e Daenerys.

 A nostalgia começa a dar as caras nas prováveis (mas anticlimáticas) conclusões das histórias de Thormund, Sam (que provou que não só de livro vive um nerd gordo) e Guilly. Mas a frieza de Jon com Fantasma foi a sacanagem master da série, e se esse lobo não voltar a fazer algo importante vai ser a decepção máxima com os produtores.

 Quando os exércitos resolvem descer para enfrentar Cersei (mesmo com o exército do norte precisando de um descanso para se recompor e Daenerys negando só para contrariar Sansa) que o episódio toma um rumo que deixa todo mundo sem fôlego novamente. Quando Rhaegal recebendo carinho de Dany e que Jon descerá de cavalo e não em dragão, e a desculpa que os produtores dão, de que ele não poderia levar Jon porque ia fazer peso, ser ridicularizada por Thromund “você pesa o mesmo que duas pulgas tr€p@nd©”, já deixa no ar que o dragão está correndo algum perigo.

O clima agradável e feliz no navio da frota com bandeiras de dragão é quebrado do nada, quando três flechas abatem no ar Rhaegal, deixando Daenerys sem reação e liberando o caminho para que Euron transforme em pedaços seus barcos. E coloque a mais leal das conselheiras de Daenerys nas mãos de Cersei.

Aí temos o segundo, e mais doloroso, fora do episódio, quando Jaime confessa seus piores crimes para Brienne, incluindo jogar Bran da janela, por amor a Cersei, e parte de volta para a capital, provavelmente para encerrar sua história com a irmã, mesmo destino de Arya e Clegane.

O embate final do episódio, diferente do anterior, é muito mais ao estilo do que vimos na série em suas primeiras temporadas: um embate de diálogos, ações e simbolismos. Os dois mãos das rainhas, Tyrion e Qyburn, digladiarem em palavras, até que o Duende passa a ignorar o ex-maistre e se dirige diretamente a sua irmã, e com sua sinceridade de sempre, suplicar que ela desista da guerra pela vida do filho (nesse ponto colocando duvidas em Euron sobre sua suposta paternidade, uma vez que se Tyrion já sabia, ela deveria estar grávida antes deles teriam ficado juntos).

E numa cena digna de estar do lado da execução de Ned Stark, temos a morte de um dos personagens mais importantes da série em sua segunda metade, Missandei de Nath, a fiel interprete de Daenerys, que não só morre por lealdade à sua rainha, mas também morre acorrentada, lembrando que a Quebradora de Correntes não a pode salvar.

Foto: Divulgação

Resta-nos agora apenas mais dois episódios, e a esperança de que a série retome  sua antiga vocação de nos chocar, surpreender e encantar. E não apenas com batalhas épicas!


Nota: 3,5 /5


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Professor de História e Grande apaixonado pela sétima arte e da maior premiação do cinema, o Óscar. Viciado em séries e Redador das colunas "Vale a Maratona" e "Papo de Cinema".

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