Críticas
JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO | Crítica do Don Giovanni
O fascínio da humanidade pelos “grandes répteis” aliado a um roteiro comprometido em “costurar” todos os filmes da franquia e abrir novas “portas” para o futuro, são as principais armas da nova produção da Universal Pictures em parceria com a Amblin Entertainment, Jurassic World: Reino Ameaçado.
Dirigido pelo espanhol Juan Antônio Garcia Bayona, o quinto filme da saga “jurássica” tem um roteiro simples, mas muito movimentado, principalmente nos dois primeiros atos da produção. J.A. Bayona, se mostra extremamente competente nas cenas de ação, sua câmera nervosa, trabalhando em conjunto com um ótimo CGI, produzem “takes” impressionantes, com elevados níveis de tensão. Infelizmente, o terceiro ato acaba se desacelerando, onde o roteiro bem intencionado preocupa-se em preparar o caminho para a continuação, abdicando de uma mega cena de ação, para amarrar o arco de seus personagens. Contudo, o clima mais tranquilo, juntamente com algumas cenas que poderiam ter um peso emocional maior, deixam o ato final menos interessante do que deveria.
Na trama, quatro anos após o fechamento do “Parque dos Dinossauros”, o vulcão inativo da ilha volta a entrar em atividade, ameaçando extinguir novamente toda população de Dinossauros do local. Isso causa uma discussão moral sobre os direitos dos grandes répteis, alguns defendem que os animais merecem uma chance de viver e devem ser salvos, outros questionam se a eminente erupção vulcânica, não seria uma justiça divina, para “corrigir” os erros cometidos pela humanidade. Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) fundadora do “Grupo de Proteção dos Dinossauros” consegue convencer Owen Grady (Chris Pratt), o ex-treinador de Velociraptors do parque, a ajudar resgatar os gigantescos animais.
Chris Pratt é sempre ultra carismático e por mais que entregue mais uma “faceta” do Senhor das Estrelas, podemos notar que ator está muito mais físico do que de costume, correndo, lutando e participando ativamente de todas as movimentadas cenas de ação. Sua química com Bryce Dallas Howard, funciona muito bem, mas ambos os atores poderiam ser desafiados ainda mais ao termino da produção.
Um bom filme, que faz inúmeras lindas homenagens ao filme original, que amarra de forma perfeita todos os principais acontecimentos da franquia, que é corajoso no que diz respeito ao fechamento do arco de alguns personagens, mas acaba perdendo o fôlego justamente no terceiro ato. J.A. Bayona tem um futuro brilhante, sua direção é segura e sua narrativa direta. Se o clima de tensão imposto pelo diretor no primeiro ato, se mantivesse por toda produção, Jurassic World: Reino Ameaçado poderia se tornar o terceiro melhor filme de toda franquia.
Pontuação: de 0 a 5
Nota: 4
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