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Críticas

MANTO E ADAGA | Estreia a mais nova e cara série televisiva da Marvel

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Produzida pelo canal a cabo Freeform em parceria com o Marvel Studios, a série dos heróis “de segunda linha” da Marvel Comics, que estreou 7 de junho nos EUA – sendo exibida no Brasil pelo canal Sony em data ainda a confirmar – parece promissora.

Os dois primeiros episódios já foram exibidos e, de forma corajosa, apostaram e se focaram bastante e basicamente no desenvolvimento dramático e emocional dos personagens principais, que, para quem não conhece nada sobre eles, são Tandy Bowen/Adaga e Tyrone Johnson/Manto.

A série não perde tempo e já se inicia com a exposição dos traumas que marcarão a personalidade dos futuros heróis outsiders, narrando a morte praticamente simultânea de um ente querido de cada um; um evento com participação das Companhias Roxxon (famosas nos quadrinhos por estarem sempre envolvidas com atividades criminosas); a aquisição das habilidades super-humanas e como eles lidaram com isso na adolescência: Tandy se tornando quase viciada e ladra; Tyrone tendo problemas com raiva e culpa.

A dinâmica e química dos ótimos atores principais (Olivia Holt, como Tandy/Adaga e Aubrey Joseph como Tyrone/Manto) está perfeita, mesmo com o pouco tempo de interação em cena de que dispuseram nestes dois primeiros episódios.

O tratamento sutil dado ao tema do racismo e da discriminação também merece elogios: basta reparar como Tandy/Adaga, mesmo sendo uma delinquente, tem acesso fácil a qualquer ambiente por ser branca, enquanto Tyrone/Manto, mesmo sendo um rapaz bonito e bem colocado na sociedade, sofre o estigma de imediatamente ser considerado suspeito ou mentiroso (a cena da partida de basquete e do vestiário é emblemática nesse sentido).

Outra coisa que funcionou foi a forma como a manifestação dos poderes dos personagens se deu, apresentada de maneira bastante natural e orgânica e, apesar de sem enrolação, sem pressa.

A trilha sonora também é um primor, contando com canções joviais e modernas, mas cujas letras e melodias compõem de forma muito competente a atmosfera e estado psicológico dos personagens.

O que se pode questionar é o tratamento dado aos personagens coadjuvantes, dos quais ninguém, até o momento, se destacou, seja no quesito simpatia ou vilania.

Todos que apareceram soaram um pouco bidimensionais, maniqueístas e até caricaturais, como as mães dos protagonistas (principalmente a de Tandy, que poderia ser bem mais interessante e dramática).

Deu-se tanta importância, foco e “carinho” aos personagens principais que parece que os roteiristas se esqueceram de que eles precisariam interagir com personas que também parecessem reais e verossímeis; mas é um problema menor, que pode ser superado ao longo da série e em outras temporadas (que certamente virão!).

Não fica claro, também, se Manto e Adaga pertencerá ao mesmo universo dos filmes da Marvel, como é o caso das demais séries – Agentes da Shield, os Defensores (Demolidor, Luke Cage, Jessica Jones, Punho de Ferro), Justiceiro e Inumanos – que, mesmo de forma subliminar, interagem com o universo cinematográfico.

A grande ousadia da série, porém, foi inverter a lógica, a origem e a temática dos quadrinhos: enquanto nas páginas das revistas, Tandy/Adaga advém da alta classe hedonista nova-iorquina, na telinha, ela vive num subúrbio extremamente pobre com a mãe alcóolatra, às vezes dormindo nas ruas. Em contrapartida, Tyrone/Manto, que nos quadrinhos é quem vivia em guetos, na série é um jovem negro de classe média-alta.

A origem “pesada” dos (anti)heróis, conforme os quadrinhos, também foi extremamente amenizada na produção televisiva, saindo o experimento com drogas para aqueles tarimbados efeitos colaterais oriundos de experimentos que envolvem radiação, o que, se por um lado simplifica tudo a favor do desenvolvimento do enredo, por outro se mostra uma estratégia preguiçosa e temerosa de tocar em temas mais polêmicos, que certamente aumentariam a classificação etária da série e, por conseguinte, afastaria boa parte do público.

Agora é aguardar os próximos oito episódios para ver como tudo se encaminhará, com votos de que mantenham o que está dando certo e que melhorem no que pode tirar um pouco do brilho desta série que vem numa linha diferente das demais produções televisivas da Marvel.

Nota: 4 / 5

Confira os trailers e mais informações sobre Manto e Adaga:

MANTO E ADAGA | Liberado trailer final da inédita série da Marvel

MANTO E ADAGA | Saiu o trailer da nova (e mais cara) série televisiva da Marvel! Você sabe quem eles são?


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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