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Críticas

MIB: HOMENS DE PRETO INTERNACIONAL | Crítica do Neófito

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Definitivamente, Tessa Thompson tem, na atualidade, a boca mais beijável de toda a Hollywood!!! (e que me perdoe Angelina Jolie, detentora desse título por muitos anos!) Foto: Divulgação

Bom, dito isso logo de cara – pois, em algum momento eu precisaria incluir esse comentário nesta crítica – pode-se partir para a análise do filme em si.

MIB: Homens de Preto Internacional (direção de F. Gary Gray) representa a quarta investida no fascinante mundo criado pelo quadrinista Lowell Cunningham, em 1991 (na série de HQ’s publicada pela Malibu Comics), e levado à tela grande em 1997 (MIB – Homens de Preto, excepcional), 2002 (MIB – Homens de Preto II, o mais fraco da franquia) e 2012 (MIB³ – Homens de Preto 3, surpreendentemente bom), pelas competentes mãos de Barry Sonnenfeld (que agora apenas produz), em produções estreladas por Will Smith, Tommy Lee Jones e Josh Brolin.

Foto: Divulgação

Denotando o desgaste da fórmula básica da franquia e a total impossibilidade (artística e financeira) de se contar novamente com as celebridades que a tornaram notória, mas ao mesmo tempo não se desejando perder tamanha “galinha dos ovos de ouro”, a ideia dos estúdios hollywoodianos para manter a sequência de filmes envolvendo tal universo foi expandir a premissa do enredo, saindo do quintal norte-americano para ganhar o mundo.

Assim, surge a ideia do longa atual, que “revela”, ou parte do princípio, de que a agência secreta de controle de tráfico alienígena no planeta sempre foi, na verdade, de âmbito internacional.

Dos longas originais, manteve-se o endereço da agência do MIB original, uma participação curta do cão alienígena Frank (voz de Tim Blaney), a Agente O de Emma Thompson (que só havia aparecido em MIB³), bem como a recorrente piada de usar imagens de inusitadas celebridades diversas como se fossem, na verdade, ET’s morando ou passeando pela Terra (inclusive – ALERTA DE SPOILER – coisa que já foi amplamente divulgada nas redes sociais – uma dessas gags envolve, nada mais, nada menos, do que Sérgio Malandro, o qual surge com seu “glu-glu” na tela da sede da MIB).

Foto: Divulgação

No intuito de atualizar a franquia para as gerações atuais e desvinculá-la da imagem icônica de Will Smith e Tommy Lee Jones, foram convocados dois belos atores da safra atual: Tessa “Valquíria” Thompson, no papel de Agente M; e Chris “Thor” Hemsworth, na pele do Agent H, que repetem a parceria de Thor Ragnarok com a mesma química irrepreensível.

Foto: Divulgação

Em termos de história, Molly (nome real da Agente M), por um erro da agência, não foi devidamente “desneuralizada” na infância após um contato de terceiro grau da sua família, o que a fez crescer determinada a provar a existência não apenas dos alienígenas, mas também dos Homens de Preto, dos quais passou a sonhar integrar.

Já o Agente H de Chris Hemsworth é, ao lado do Agente T (Liam Neeson), um “herói” da luta da agência contra a perigosa ameaça alienígena chamada de Colmeia, apesar de, na prática, mostrar-se bastante “sortudo”, “protegido”, displicente e descuidado no exercício seu ofício.

A união de uma agente em treinamento altamente motivada, com um agente experiente, mas bastante desleixado, ao mesmo tempo repete a fórmula criada entre o veterano agente vivido por Tommy Lee Jones e o novato Will Smith na franquia original, e a inova, haja vista a discrepância entre o sisudo Agente K de Jones e o bonachão Agente H de Hemsworth. A motivação da aventura – um artefato alienígena que põe a vida de todo o planeta Terra em risco, que passa de mão em mão (inclusive da alien de três braços, Riza, vivida por Rebecca Ferguson, de Missão Impossível) e é cobiçado por uns ET’s sinistros – também não é lá muito diferente do que as tramas desenvolvidas em MIB I e MIB II (MIB III é, claramente, o mais “inventivo” dos filmes).

O “frescor”, portanto, vem da personalidade dos novos agentes MIB apresentados e pelo fato de a aventura envolver vários países ao invés de apenas os EUA.

As figuras esquisitas – tanto em CGI, quanto em efeitos práticos e de maquiagem – continuam a desfilar pela tela a todo tempo. Há alguma violência (como corpos se liquefazendo), mas quase nenhum sangue, apesar das muitas pancadas que os protagonistas – principalmente Hensworth – levam e palavrões apenas sugeridos (para garantir uma faixa etária maior). Especial destaque para Kumail Nanjiani emprestando sua voz para o alienígena feito em CGI, Pawny, cujas piadas são bem divertidas.

Foto: Divulgação

A “autopiada” com a beleza de Chris Hemsworth e sua icônica composição como Thor é bastante explorada, para alegria do público feminino e de quem gosta de fan-services (várias situações de “camisa aberta”, além de uma cena envolvendo um martelo, que, aliás, é hilária). A grande questão que começa a se colocar é se o carismático ator australiano conseguirá fugir do estereótipo que se criou em torno de sua atraente figura masculina, lembrando que, apenas em No Coração do Mar (2015), ele pôde apresentar uma interpretação que fugisse do tipo belo e heroico (Thor, Branca de Neve e o Caçador, 12 Heróis) ou belo e estúpido (Caça-Fantasmas, Maus Momentos no Hotel Royale).

Tessa Thompson está linda, leve e solta na pele de Agente M (principalmente “linda”), num papel que, em verdade, não exige grandes recursos dramáticos da versátil atriz. Demonstrando estar se divertindo com sua personagem, Tessa faz rir de forma espontânea e envolvente.

Foto: Divulgação

Ou seja, o filme apresenta o mesmo conteúdo da franquia original, reembalada com atores novos, bonitos e carismáticos; um CGI de melhor qualidade; um pouco mais de ação e uma “reviravolta” (bem fraquinha, por sinal), para justificar seu clímax explosivo.

Sem deixar um gancho claro para uma sequência, o filme parece saber de suas limitações temáticas e de desenvolvimento, ao mesmo tempo que cumpre com competência sua missão de entreter e divertir a plateia, deixando em aberto a possibilidade de uma quinta produção cinematográfica.

Pelos atores e espetáculo visual apresentados, vale à pena uma saída de casa para ir ao cinema, ainda que não se trate de uma obra memorável.

E não nos esqueçamos da linda boca de Tessa Thompson!!!!


Nota: 3,5 / 5 (muito bom)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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