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Críticas

OS DEFENSORES | Crítica sem spoilers

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Os Defensores, a nova série da Marvel/Netflix estreou finalmente, ela que era aguardadíssima, uma espécie de “Vingadores Urbanos”. A equipe formada por Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro, começa a sua série muito bem. Colorida, com belas paletas de cores, enquadramentos criativos, sabendo cozinhar a união dos protagonistas, mas, infelizmente temos problemas…

O principal, a equipe “não deu liga”. Começamos a série torcendo pela união deles, mas o ritmo caminha bem nesse primeiro período, a ponto de diminuir nossa ansiedade. Na primeira metade a maneira como é trabalhada as cores de fundo de cada personagem é algo interessante de se reparar, mas à medida que os protagonistas se unem, o tom fica sombrio, as cores ficam mais densas e os takes vão ficando menos caprichados.

Entretanto, acabam ocorrendo exageros, e há o uso forçado de filtros e transições nas mudanças de cenas de herói para herói, visando “afirmar” que suas essências são distintas. Mas isso se torna um tiro no pé, se analisarmos que a Nova York prateada e cinzenta da Jessica Jones, é a mesma amarela e ensolarada do Luke Cage. É interessante que cada personagem ter uma cor mais característica, mas pesaram a mão, outro exemplo é quando os quatro se reúnem num restaurante chinês, e acaba parecendo um desfile de escola de samba de tantas cores que são lançadas em tela para “retratar” cada personagem.

Alguns velhos problemas continuam, como as fracas atuações de Mike Colter (Luke Cage), de Finn Jones (Punho de Ferro), e até mesmo da experiente Sigourney Weaver (Alexandra), que parece entediadíssima em sua interpretação. Não há carisma, e acabamos não nos importando com esses personagens e nem com suas motivações, os diálogos não levam a lugar nenhum e notamos um roteiro preguiçoso, desperdiçando a chance de trabalhar as relações entre eles.

Até mesmo à Madame Gao (Wai Ching Ho), que outrora havia surgido como uma vilã misteriosa e interessante, foi ficando cada vez mais rala, e chega até aqui sem já despertar em nós interesse algum.

As lutas são de coreografias fracas, há muita “porrada fofa”, é até frustrante se comparada com as duas primeiras temporadas de Demolidor, o que não falta é pancadaria em corredor, fazendo alusão às cenas icônicas das temporadas do “demônio de Hell’s Kitchen”. Um ponto positivo é que Elektra (Élodie Yung)  está muito melhor do que antes, parece que morrer fez bem pra ela e sua atuação calada ajudou a personagem a ser mais marcante, as lutas que “entediam” menos são as que ela está envolvida.

O roteiro traz diversas soluções convenientes, fazendo a policia de Hell’s Kitchen parecer ingênua, beirando até o ridículo. A trilha sonora segue discreta, derrapando apenas no último episódio, onde acaba destoando na cena principal.

Os Defensores começa muito bem, nos enche de esperança depois das fracas estreias de Luke Cage e Punho de Ferro, começa num bom ritmo e harmonia, com beleza nos enquadramentos, divertida e interessante, mas vai se perdendo, e se no começo lamentávamos que fossem apenas “8 episódios”, no fim lamentamos que devessem ter sido só “4”.

NOTA PARA A SÉRIE: 3 / 5

Paulistano, amo música, filmes, séries, e estou ressuscitando o amor por animes. Aprecio os filmes bons e me divirto debochando dos ruins (o que gerou o injusto apelido de Mestre Hater). Tento ter como característica, textos curtos e objetivos valorizando a informação. Escritor das colunas HATEANDO! Demorei, mas eu vi! Escondido na Netflix

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