OS JOVENS TITÃS EM AÇÃO! NOS CINEMAS | Crítica do Don Giovanni

Se você for uma criança de até dez anos de idade, certamente vai adorar a nova animação “Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas”. Com cores vibrantes, piadas sobre “pum” e “cocô”, vários números musicais e um roteiro extremamente infantil, a animação dirigida por Aaron Horvath e Peter Rida Michail (baseado na série animada Teen Titans Go!) tem todos os ingredientes necessários para entreter os “pequenos” durante quase 90 minutos de produção. Entretanto, para o público adolescente e adulto, o segundo longa animado lançado nos cinemas pela Warner, baseado em uma série da DC (25 anos depois de Batman: A Máscara do Fantasma de 1993) acaba se tornando uma experiência frustrante, cansativa e repetitiva.

Na trama, após constatarem que não são conhecidos pelo grande público como os pesos pesados da DC Comics, Robin, Ciborgue, Ravena, Estelar e Mutano, decidem se mobilizar para que Hollywood produza um filme da equipe. Determinado a sair da “sombra” de seu mentor, o “menino prodígio” decide que o grupo precisa de um grande “arqui-inimigo” para alcançar a notoriedade necessária para finalmente ganhar uma chance na tela grande.

De forma desastrosa, o longa tenta rir de si mesmo fazendo piadas com os heróis da DC e com algumas produções do gênero, porém as piadas acabam ridicularizando os personagens, contribuindo ainda mais para que alguns deles continuem sendo vistos de forma jocosa e errônea pelo grande público. A metralhadora de piadas “autodepreciativas” mira principalmente as produções do próprio estúdio, como Batman v Superman e Lanterna Verde. Vivendo momentos de mudanças e transições, a Warner acaba dando ainda mais “ferramentas” e munições para os críticos de plantão, que continuam vendo as recentes produções do estúdio, com ares de desconfiança. Os frequentes números musicais também contribuem negativamente para o longa animado, que devia ter apostado em um roteiro mais criativo, com piadas mais “descoladas” e menos infantis.

P.S. – Infelizmente a cópia disponibilizada para a cabine de imprensa não possuía o áudio original, prejudicando assim os números musicais e privando os presentes de conferir  Nicolas Cage dublando o Superman. Cage sempre buscou interpretar o Azulão e quase conseguiu isso no cancelado filme de Tim Burton. Finalmente o ator teve a oportunidade de interpretar (mesmo que seja apenas emprestando a voz) o ídolo de toda sua vida.

Pontuação de 0 a 5

Nota: 2

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