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Críticas

DOUTOR ESTRANHO | Critica sem spoilers!

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Criado em 1963 por Stan Lee e Steve Ditko, o maior feiticeiro da Cultura Pop, finalmente chegou as telas de cinema e para a alegria dos fãs da Marvel Studios, o longa é extremamente competente, divertido e bastante fiel a origem do personagem.
 
Com um roteiro simples ,mas muito bem executado e que se assemelha bastante em estrutura com o primeiro Homem de Ferro (o que lhe confere um ritmo excepcional), somos apresentados a Stephen Strange, um renomado cirurgião, arrogante e prepotente, que ao se envolver em um grande acidente automobilístico, perde parte dos movimentos das mãos, comprometendo suas “habilidades finas”, incapacitando-o de segurar um bisturi. 
 
Depois de fracassar miseravelmente em encontrar uma cura pela ciência, Strange parte para uma busca espiritual e é pela magia que nosso herói vai tentar encontrar sua redenção.
 Sem pressa e dando tempo para que personagens se desenvolvam, o primeiro ato do longa, tem a difícil tarefa de não só apresentar um novo universo de possibilidades, mas de introduzir a rica mitologia do herói e cumpre esses dois papéis de forma brilhante e correta.  
 
As atuações são um dos pontos altos do longa, Benedict Cumberbatch está impecável na pele do “Mago Supremo”, seu carisma e elegância conferem ao personagem toda credibilidade necessária para que o espectador seja arremessado em uma viagem alucinante entre mundos de realidades que se constroem e se desconstroem diante de seus olhos. Tilda Swinton , mostra ser a escolha acertada para o papel, sua atuação segura e competente da à Anciã uma serenidade e calma,  mescladas a uma imensa força interior. Uma ótima resposta para a polêmica em torno da mudança de gênero da personagem.
Mads Mikkelsen  tem pouco tempo de tela, mas consegue entregar um vilão com motivações claras e convincentes, bastante atual com o problemas  políticos e religiosos visto
ao redor do mundo.  
 
No segundo ato, a ação é levada as últimas consequências e o diretor Scoot Derrickson mostra toda sua competência no assunto, produzindo imagens fantásticas, cenas de lutas muito bem coreografadas e perseguições através de outras realidades que tornam a experiência divertida e única, um devaneio psicodélico no melhor estilo anos 70. 
 
Ao longo do filme, inúmeras homenagens à fase de Stan Lee e Steve Ditko  desfilam diante do espectador, nos maravilhosos figurinos, nas relíquias do Dr. Estranho e na respeitosa origem do personagem  e chega ao seu ápice no terceiro ato, com a apresentação de Dimensão Negra, totalmente baseada nos lindos desenhos de Steve Ditko.  
 
 
Vale ressaltar também, que o terceiro ato é bastante corajoso e foge da mesmice de alguns filmes do gênero, surpreendendo o expectador e concluindo de forma original a grande viagem psicodélica que é o longa. Com uma dose mais comedida de piadas, mas que funcionam muito bem, Doutor Estranho é mais um grande acerto do Studio, e para a festa ficar completa, ainda temos dezenas de easter eggs, duas cenas pós créditos e a já costumeira aparição de Stan Lee.  Um ótimo filme, que deve ser conferido em 3D. 
 
 
O Universo cinematográfico Marvel ganha mais um importante herói, com dezenas de possibilidades a serem exploradas e os poderosos Vingadores , uma valorosa ajuda na vindoura guerra contra Thanos em “Guerra Infinita”.
Nota para o filme: 5 / 5
 

 

 
 

Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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