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ROBIN HOOD: A ORIGEM | “Mistura de Arrow com Crepúsculo?” Crítica do Don Giovanni

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É impressionante como alguns executivos de Hollywood ainda acreditam em “receita de bolo”. A prova mais recente deste engano catastrófico é a nova adaptação da lenda do maior fora da lei de “Sherwood” Robin Hood. Os produtores trouxeram o talentoso diretor britânico Otto Bathurst, que ganhou um BAFTA por seu trabalho na série da BBC “Peaky Blinders”. Escalaram nomes conhecidos como: Jamie Foxx (Django Livre),  Taron Egerton (Kingsman 1 e 2), Ben Mendelsohn (Rogue One) e Jamie Dornan (Cinquenta Tons de Cinza) e tentaram usar como base, inúmeras ótimas ideias de antigas adaptações do lendário herói, como “Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões” de 1991, estrelado por Kevin Costner e “Robin de Sherwood”, série britânica de TV produzida em 1984. E mesmo com todos esses incríveis “ingredientes” Robin Hood: A Origem é mais uma tentativa fracassada e desnecessária de recriar uma história clássica, preocupando-se apenas com pirotecnia e ação desenfreada.

Escrito por Ben Chandler e David James Kelly, o filme conta a saga de Robin de Loxley (Taron Egerton) que após voltar das cruzadas encontra Nottingham entregue ao completo caos. O povo sofre devido aos altos impostos cobrados pelo maldoso “xerife” (vivido de forma caricata por Ben Mendelsohn) que declarou que Loxley havia perecido em batalha. Determinado a reencontrar sua amada Marian (Eve Hewson) que se casou com o líder local Will Scarlet (Jamie Dornan), Robin, com seu novo amigo “mouro” John (Jaimie Foxx) inicia uma onda de audaciosos roubos com o intuito de descapitalizar a “guerra”.

 

 

Além de tentar reproduzir de forma rasa o que Ridley Scott fez ao lado de Russel Crowe, na adaptação de 2010 (narrando a história pregressa do herói) o filme deixa a parte ideológica do personagem em segundo plano (roubar dos ricos para dar aos pobres) para concentrar toda a motivação do herói, em seu relacionamento amoroso. Isso não seria um problema, se a produção se preocupasse em dar o devido peso emocional, ao rápido e frio romance adolescente vivido pelos protagonistas. 

O roteiro também não ajuda, várias cenas clássicas da história, como o duelo de bastões entre Robin e “João Pequeno” (para decidir quem atravessa primeiro o rio pela estreita ponte) são limadas pela produção. E por falar em “Little John” seu personagem nesta versão se fundiu a outro, que foi introduzido pela primeira vez nos anos 80 e posteriormente ganhou mais notoriedade no filme “Robin Hood: O Príncipe dos Ladrões” vivido pelo ótimo ator Morgan Freeman. Agora, o “mouro” (ou sarracenos, povos oriundos do Norte de África, praticantes do Islamismo) e “João Pequeno” são a mesma pessoa. Isso também não seria um problema, a ideia é bastante interessante, porém, o único resquício de Little John no personagem de Foxx além do nome, é o seu “bastão”.

Outra coisa que incomoda bastante é o figurino escolhido pela produção. O uso excessivo de couro, aliado a cortes modernos, dão a impressão que estamos em um período mais recente da história, totalmente fora dos padrões utilizados em qualquer adaptação do gênero ambientada no século XII.

Mais Errol Flynn e Kevin Costner e menos Stephen Amell e crepúsculo fariam muito bem a desinteressante produção.

 

Pontuação de 0 a 5

 

Nota: 2

 

 

 

 

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Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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