BRIGHT | Crítica sem spoilers

Bright, é a nova produção da Netflix e se trata de um filme de ação policial que tem Will Smith como o principal nome do elenco. A sinopse não parece tão interessante, é sobre uma dupla de políciais, um humano e outro orc (já que a sociedade se divide entre humanos, orcs, elfos e até fadas), que vão atender a uma chamada e acabam envolvidos tendo que proteger um poderoso artefato: uma varinha mágica.

Mas o filme de desenrola bem, a dupla policial formada por Daryl Ward (Will Smith) e por Nick Jakoby  (o australiano Joel Edgerton) é entrosada e seus diálogos são sempre um dos pontos altos do filme.

Jakoby é o primeiro Orc a se tornar policial e sofre discriminação por todas as raças, mas se mantém firme e íntegro enquanto Daryl está retornando ao serviço após afastamento e sofre uma cobrança pelos outros policiais para que prejudique seu parceiro para que seja afastado da Polícia.

O filme usa o preconceito como pano de fundo o tempo todo, e usa bem, sem melindres e vitimismo, seu roteiro não é brilhante mas também não compromete, com boa ação policial, não peca tentando se encaixar na fórmula ação/comédia, deixando fluir naturalmente os diálogos que são um pouco mais humorados.

A ambientação e a maquiagem é excelente, o filme tinha tudo para que se lançado no cinema não fazer feio. Will Smith entrega exatamente aquilo que todos querem em suas atuações, carisma, humor, vibração e competência nas cenas de ação. O tom do filme é bem característico de seu diretor David Ayer, a estética combinou bem com a trama.

Bright é um prato cheio para o fim de semana festivo, fácil de ver, agradável e ágil, é um acerto da Netflix nesse ponto. O ponto fraco é que o roteiro é sempre muitíssimo previsível, tornado o filme esquecível, mas ainda assim divertido enquanto se vê.

Nota para o filme: 3,5 / 5