DOOMSDAY CLOCK | Dois clássicos personagens da DC têm suas origens alteradas

A “The Supermen Theory“, é o que parece estar dirigindo grande parte da narrativa de Geoff Johns, Gary Frank e Brad Anderson, na saga Doomsday Clock, que nos traz o crossover entre o tradicional universo da DC Comics e o de Watchmen. E com isso, alguns personagens clássicos estão sendo, digamos, reconfigurados em relação ás suas origens.

Metamorfo

Na segunda edição da HQ lançada hoje, Rex Mason (Metamorfo) e Kirk Langstrom (Morcego-Humano) foram implicados na citada teoria da conspiração que afirma que muitos super-heróis americanos foram criados pelo governo, com seus defeitos e qualidades devidamente explorados para dar-lhes uma aparência mais palatável e benevolente para o público e o cenário mundial.

Morcego-Humano

No  Universo DC, as pessoas comuns costumam  ser céticas em relação aos super-heróis principalmente por causa de um tal de relatório originado na   Markovia (país fictício desse universo)  que sugere que há uma maior concentração de super-heróis nos Estados Unidos justamente porque o governo está há anos fazendo experiências com seu próprio povo, e que muitos dos protetores “auto-designados” do mundo são de fato agentes que podem ser virados contra o resto do planeta se  presidente americano assim o quisesse.

Mason é destacado em “The Supermen Theory”, com documentos que comprovam que seus poderes não surgiram de um acidente como sempre foi sugerido, mas por design e com o consentimento do próprio. Afirmam ainda que os comentários públicos de Mason, e seu desprezo por Simon Stagg, o empresário cujo acidente industrial supostamente criou Metamorfo não passam de atuação.

Os inimigos do Metamorfo se apresentam para “validar” as reivindicações dos documentos “vazados” com seus próprios testemunhos. Já Langstrom, admite ele próprio que a pesquisa que levou à sua transformaçãoteria sido patrocinada pelo “Departamento dos Assuntos Meta-humanos dos EUA”.

O curioso é que aqueles que admitem publicamente as irregularidades, são justamente os  supervilões, que podem ter encontrado uma saída para a perseguição que sofrem ao apoiarem a “The Supermen Theory”.

A ideia de que os super heróis “atuam” para manter a verdadeira agenda da população meta-humana obscurecida da visão da população, pode até ser verdadeira, mas o que parece mais provável é que seja um embuste elaborado (talvez por Lex Luthor, que parece estar montando uma maré de sentimento anti-meta-humano com base nos artigos relacionados no relatório), ou, na melhor das hipóteses, um ajuste do universo DC pelo poderoso Dr. Manhattan.

A onda de sentimentos anti-super-heróis e, em particular a participação da polícia que se alinha para protestar contra os vigilantes mascarados, segue muito de acordo com os eventos que levaram à Lei Keene em Watchmen, que tornou ilegal para os aventureiros mascarados operar, a menos que fossem funcionários do governo, sujeitos a supervisão e com suas identidades conhecidas pelos seus superiores.

Parece improvável que DC introduza tal status quo em seus quadrinhos, uma vez que seria notavelmente semelhante ao que a Marvel seguiu após os acontecimentos da Guerra Civil há quase uma década.  Porém, a ideia de que cientistas da Markovia e da Rússia estão se unindo para promover essa teoria da conspiração é um elemento interessante e potencialmente perigoso de Doomsday Clock que ainda não havia sido revelado em entrevistas promocionais ou nas páginas da primeira edição, que focou quase exclusivamente no universo Watchmen.

A teoria parece ter voltado algumas pessoas contra o Batman, possivelmente porque um dos exemplos usados, o de Rex Mason/Metamorfo, tem um passado ao lado do “cavaleiro das trevas” e sua equipe denominada Renegados.

Doomsday Clock # 2 foi lançada hoje nos EUA. eve demorar algu8ns meses ainda para chegar ao Brasil.

Fonte: Comicbook