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TRINA ROBBINS | faleceu aos 85 anos – por Rex – O cachorro nerd
A equipe Nerdtrip lamenta informar que Trina Robbins, grande quadrinista, escritora, historiadora e editora, faleceu na última quarta-feira (10), aos 85 anos.
TRINA ROBBINS
A morte foi confirmada por Steve Leialoha, parceiro de longa data da artista. De acordo com ele, Robbins sofreu um derrame no início desse ano e faleceu no hospital.
Robbins foi uma das primeiras mulheres a integrar o movimento Underground Comix na década de 1960 e uma das criadoras de It Ain’t Me, Babe, primeira história em quadrinhos feita exclusivamente por mulheres, em 1970. Seu extenso currículo ainda conta com o título de primeira mulher a desenhar HQs da Mulher-Maravilha.
TRINA ROBBINS alguns de seus trabalhos.
Na década de 1960, antes de dedicar sua vida aos quadrinhos e às mulheres que os faziam, Robbins era uma estilista e costureira talentosa que vestia estrelas do rock como Donovan e David Crosby. Ela se tornou uma figura notável nas comunidades hippies da cidade de Nova York e São Francisco, e em Los Angeles chamou a atenção de Joni Mitchell.
O primeiro verso da música “Ladies of the Canyon” de Mitchell , apresentada em seu álbum de mesmo nome de 1970, é um retrato da Sra.
“Trina usa suas contas de wampum
Ela preenche seu caderno de desenho com linhas
Costurando rendas em ervas daninhas de viúva
E filigranas em folhas e videiras.”
Em 1970, Robbins foi uma das criadoras de It Ain’t Me Babe Comix, a primeira história em quadrinhos feita exclusivamente por mulheres. Em 1985, ela foi a primeira mulher a desenhar a Mulher Maravilha em seus próprios quadrinhos, após quatro décadas de hegemonia masculina. Em 1994, ela foi fundadora do Friends of Lulu, um grupo de defesa de mulheres criadoras e leitoras de quadrinhos.
TRINA ROBBINS
Depois que a cena underground dos quadrinhos declinou, Robbins assumiu um trabalho mais convencional. Quando a DC Comics a abordou para trabalhar na Mulher Maravilha, ela escolheu desenhar a personagem no estilo clássico da Era de Ouro.
Ela também escreveu e desenhou Meet Misty, uma minissérie de 1985-86 para a Marvel Comics, voltada para meninas, sobre uma atriz adolescente de novela que era sobrinha de Millie, a Modelo. Embora a série tenha gerado cartas de fãs, ela não vendeu bem o suficiente para ter sua tiragem de seis edições estendida; Robbins acreditava que os donos de lojas de quadrinhos do sexo masculino haviam encomendado o menor número possível de cópias. Ela então escreveu e desenhou um título semelhante para Eclipse Comics, California Girls, que durou oito edições em 1987 e 1988.
TRINA ROBBINS
Ela também escreveu mais de uma dúzia de livros em prosa, incluindo “Pretty in Ink: North American Women Cartoonists 1896-2013” (2013) e “Flapper Queens: Women Cartoonists of the Jazz Age” (2020).
“Trina não apoiava apenas as mulheres”, disse Shary Flenniken , que criou a tira “Trots and Bonnie” para a National Lampoon, em uma entrevista, “ela desenterrou a história de todas essas mulheres cartunistas das quais nunca se falou”.
Embora Robbins estivesse feliz por ter leitores do sexo masculino, ela sabia muito bem que a indústria de quadrinhos estava cheia de homens fazendo quadrinhos para outros homens, e seu objetivo era atingir um público feminino.
TRINA ROBBINS
“Sempre que se falava em integrar mais a indústria ou levar quadrinhos para as meninas, essa era a cruzada de Trina”, disse a jornalista e editora de quadrinhos Heidi MacDonald ao Vulture.com em 2018. “Ela não queria ficar sozinha, não queria quero ser a única mulher na sala.”
Eu sou o Rex, o cachorro nerd e eu lamento que Trina Robbins não tenha seu nome tão conhecido quanto realmente merecia ser.
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