VIVA – A VIDA É UMA FESTA | Crítica sem spoilers

“Viva-a vida é uma festa“!

A nova animação da Disney/Pixar deixa de lado as continuações e traz um enredo novo e original tendo a cultura mexicana como base. A história se passa em uma cidadezinha às vésperas da celebração do “dia de los muertos“, onde nos é apresentado o jovem engraxate Miguel.

Ele que é nascido numa tradicional família de sapateiros mas aspira a vida de músico. O problema é que sua família baniu tudo o que é ligado à música do meio deles, e Miguel é proibido de sequer chegar perto de qualquer coisa relacionada. Mas o rapazinho tem a música na alma e desobedece a família e acaba indo parar vivo no mundo dos mortos.

A direção é de Lee Unkrich (vencedor do Oscar por Toy Story 3) e a trama é escrita por Adrian Molina, que também co-dirige o longa. Quero começar destacando o colorido do filme que é encantador e em momento algum fica exagerado ou saturado, apesar de boa parte do filme termos esqueletos pra todo lado, jamais fica a sensação mórbida ou sinistra já que as cores alegram a tela em todo o tempo.

As canções são tocantes e necessárias, as melodias são bem ambientadas e em momento algum elas sobram ou entediam. Mas, o grande destaque é a maneira doce que a história é contada. Embora o primeiro ato seja o ponto mais fraco do filme e em certa altura já se deduza seu desfecho, as lágrimas são inevitáveis.

O tema família, morte e lembrança somados a beleza na tela e a maneira como somos envolvidos faz da animação uma das mais tocantes criada até aqui pela Pixar, há momentos que somos emudecidos e arrepiados pela história.

As motivações todas funcionam e se encaixam bem, e a história se fecha sem deixar pontas soltas para uma continuação. “Viva- A Vida é Uma Festa!” é um filme que adoça o coração enquanto mareja os olhos, parabéns Disney/Pixar.

Nota para o filme: 4,5 / 5