Críticas
WHITNEY HOUSTON : I WANNA WITH SOMEBODY | Filme não está á altura da estrela da música – Crítica sem Spoiler
Biografias no cinema são sempre difíceis de serem adaptadas, é quase impossível agradar a todos os fãs, a idolatria é pessoal, cada pessoa tem uma percepção sobre aquele que o inspira, mas até ai tudo bem, faz parte do processo, o que não faz parte é um roteiro ser tão bagunçado quanto aqui.
Em um certo momento do filme a protagonista Whitney Houston – interpretada por Naomi Ackie – pega o telefone e liga para seu empresário Clive – vivido pelo ótimo Stanley Tucci – e diz, quero ser atriz , me arranje um filme. Duas cenas depois já corta para Whitney no estúdio do clássico filme O Guarda Costas (1992), para logo depois ela se inspirar e cantar a sua música mais conhecida “I Will Always Love You”. Porém, tem um abrupto corte e vamos para a próxima cena. Sem contar o sumiço repentino da mãe de Whitney na obra, e é literalmente um sumiço de cena inexplicável para uma personagem super relevante nos 20 minutos iniciais.
Tudo no roteiro é assim, com pressa e descompassado, como um carro sem freio, vários episódios da vida de Whitney jogados sem peso ou relevância, não existe vácuo para diferenciar um do outro, o filme não se preocupa em situar os fãs, e até mesmo os que desconhecem a carreira da cantora, um desrespeito para uma figura tão importante.
De positivo, varias canções que ficaram marcadas na voz de Whitney são mostradas ao longo das 2 horas e 20 minutos, Naomi Ackie se esforça em sua interpretação, e suas melhores cenas são quando está ao lado do pai, Clarke Peters (Destacamento Blood, 2020) , livre de amarras que da vida ao pai, que mostra facetas de afeto, vilania e controle.
Outro ponto em que a diretora Kasi Simmons (Harriet, 2019) e o roteirista Antony McCarten ( quatro vezes indicado os Oscar, incluindo por Bohemian Rhapsody, 2018) deixam a desejar a não se aprofundar na genialidade de Whitney, existe apenas uma cena dela em parceria com outro artista, e por mais que se declare que ela é uma interprete, isso não pode valer na ficção, ainda mais audiovisual. Outra questão de suma importância é o envolvimento dela com as drogas, e isso é abordado de modo supérfluo pela diretora, mais uma vez.
É uma pena que uma das maiores artistas de todos os tempos não teve uma homenagem do tamanho dela, quem sabe daqui alguns anos.
NOTA: 2,0
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