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Críticas

THOR: RAGNAROK | Crítica sem spoiler

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GRAÇAS A DIREÇÃO COMPETENTE DE TAIKA WAITITI MARVEL LEVA O ESPECTADOR A UMA DELICIOSA VIAGEM REPLETA DE “MARAVILHAS”

Ação, humor, drama e diversão, a nova produção da Marvel Studios “Thor Ragnarok” é uma incrível aventura, que joga o espectador dentro do universo criado por Stan Lee e abre um leque de possibilidades para o futuro da franquia.

Com um roteiro bastante divertido que costura de forma eficiente a saga “Planeta Hulk”, alguns momentos da fase de Walt Simonson e as diversas versões do “Ragnarok”, o longa dirigido de forma segura por Taika Waititi consegue inovar e apresentar a melhor aventura do “Trovejante”.

 

Já no primeiro ato, somos apresentados a “Surtur” (fiel e com um ótimo CGI) e a profecia do Ragnarok (o fim do mundo na mitologia nórdica) e de cara somos surpreendidos pelo tom do filme, que usa de forma competente excelentes alívios cômicos, fantásticas cenas de ação e personagens incrivelmente carismáticos.

Cate Blanchett entrega uma ótima atuação como “Hella”, a Deusa da Morte, mas nada que supere “Michael Keaton” como o Abutre em “Homem Aranha: De Volta ao Lar”.

Karl Urban está perfeito como Executor e seu desfecho é praticamente idêntico ao dos quadrinhos, enriquecendo a história e produzindo deliciosas referências.

Anthony Hopkins, sempre competente, trás o peso emocional do “Pai de todos” em cenas intensas e emotivas, que serão determinantes para o futuro do “arremessador”.

Benedict Cumberbatch em sua pequena participação é o próprio “Dr. Estranho” em pessoa. Elegante, seguro e imponente, o “Mago Supremo” entra no inicio da trama de forma incrível e extremamente poderosa, fazendo de seu encontro com os filhos de “Odin” uma das melhores partes do filme.

E por falar nos filhos de “Odin”, eles são as grandes estrelas da produção. Tom Hiddleston merece todos os elogios, é impressionante como a cada filme “Loki” continua a se desenvolver como personagem, mostrando sempre algo novo, diferente e relevante.

Mas nada daria certo se não fosse o “Deus do trovão”. Chris Hemsworth (muito injustiçado pelos fãs) está perfeito como Thor, seu timing de comédia é determinante para o sucesso do longa, que poderia ser um desastre se as piadas não funcionassem, ou se Chris deixasse a desejar em algum aspecto, seja na parte interpretativa ou na parte física, onde o ator foi formidável nas complexas cenas de ação. Forte, corajoso, destemido, mas muito mais maduro, o personagem mostra uma clara evolução ao longo dos filmes e se sobressai em todos os momentos, se tornando a grande estrela do show.

Mas não podemos esquecer do “Incrível Hulk”, que nas mãos de Mark Ruffalo (principalmente pelo fato do ator fazer a captura de movimentos do “Gigante verde”) se torna um personagem muito mais “humano” e emocional. Suas cenas são impactantes , fazendo justiça ao poder da criatura, que mostra toda sua selvageria na arena de gladiadores de “Sakaar”.

O filme conta com as melhores cenas de ação do ano e o tão aguardado confronto entre os mais poderosos “Vingadores” é uma explosão de poder, fúria e emoção, fazendo do confronto no coliseu, uma das melhores cenas de combate de todos os tempos.

Mas não para por ai, Jeff Goldblum está impagável como “Grão Mestre” deixando clara a diferença que um grande ator pode fazer. Seus diálogos com todos os personagens são um dos pontos altos da produção, assim como Tessa Thompson que rouba a maioria das cenas em que aparece.

A costumeira participação de Stan Lee é divertidíssima, criando um inusitado alivio cômico em uma cena extremamente tensa.

Para finalizar, uma das melhores trilhas sonoras já produzidas, que ganha status de protagonista em diversas e poderosas cenas de ação e incontáveis referencias aos quadrinhos do “filho de Odin”, que chega a seu ápice no planeta “Sakaar”, onde os cenários e os figurinos, remetem as cores e formas geométricas das maravilhosas ilustrações do mestre Jack “the King” Kirby”.

Um dos melhores filmes do ano, que briga de igual pra igual com “Logan” e “Mulher Maravilha” e deixa inúmeras pontas soltas para o futuro do “trovejante”.

 

NOTA PARA O FILME :  5 / 5

 

Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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