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Críticas

LIGA DA JUSTIÇA | Crítica – Snyder e Whedon presenteiam os fãs com uma produção que faz justiça aos “Superamigos”

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Esqueça “Batman vs Superman”, finalmente a Warner “apresenta” de forma correta e inspiradora, a maior equipe de Super-heróis do planeta.

Com um roteiro simples, mas que sintetiza de forma perfeita o desenho animado da “Liga”, nuances dos “Novos 52” e parte da rica mitologia da DC Comics, a mais nova produção da Warner é um presente para os fãs da equipe, que finalmente podem enlouquecer com uma produção que retrata seus icônicos personagens de forma sincera, divertida e emocionante.

Desde que começaram a sair inúmeras informações sobre o roteiro do filme, boa parte dos fãs ficaram se perguntando se o fato da história possuir elementos semelhantes aos de “Vingadores” (2012) (uma invasão alienígena onde o vilão chega por um portal interdimensional, graças a um artefato em forma de cubo) poderiam fazer do filme da “Liga” uma versão alternativa dos heróis da Marvel, mas o que se vê na tela grande, é completamente diferente do filme dos maiores heróis da “Casa das Ideias”.

Já no inicio do filme, podemos constatar que a Warner/DC Comics entenderam as críticas recebidas e conseguiram sanar praticamente todos os problemas apresentados em “Batman vs Superman”.

Desta vez podemos notar a diferença entre Metrópolis e Gotham, as cenas de ação são fantásticas e muito mais elaboradas e o roteiro ágil e divertido, preocupa-se em desenvolver os personagens dando o devido espaço para cada um deles mostrarem suas motivações e conquistarem o público.

Na trama, o “Lobo das Estepes” precisa encontrar as três “caixas maternas” para transformar a terra em uma nova versão de “Apokolips” e cabe ao “Cruzado Embuçado”, a árdua tarefa de reunir um grupo de pessoas extraordinárias para conter a invasão e impedir os planos de transformação global do vilão.

 

BATMAN

 

Logo no primeiro ato, somos surpreendidos pela incrível primeira aparição do “Cavaleiro das Trevas”, onde podemos ver o Batman lidando com a escória de Gotham no melhor estilo “Batman: The Animated Series”, com pinceladas de “Novos 52” e fazendo uma maravilhosa referência aos recentes games do Morcegão, lindo.

Ben Affleck está impecável como Batman, sério, determinado, humano e consciente da importância do “Homem de Aço” para o planeta. As cenas de ação do Morcegão, são ótimas e a presença de Affleck, perfeita.

 

MULHER MARAVILHA

 

Também no primeiro ato, Diana dá o ar de sua graça, em uma das melhores cenas da amazona de todos os tempos. O carisma de Gal Gadot é impressionante, a filha de Hipólita rouba praticamente todas as cenas em que aparece.

 

FLASH

Confesso que desde o começo eu torci o nariz para Ezra Miller, mas que grata surpresa. Seu Flash (que mescla Barry Allen com Wally West) é bastante divertido e um dos pontos altos da produção. Preparem-se para a força de aceleração, os efeitos do “Velocista Escarlate” correndo são os melhores já produzidos até então.

 

CYBORG

 

Com um CGI muito superior aos apresentados nos trailers, Ray Fisher está incrível como Cyborg. A ideia de fundir parte da origem do personagem (que remete a fase de George Perez nos Titãs) com a trama das “caixas maternas” foi fantástica e bastante interessante para o roteiro.

Vale ressaltar, que quando vemos Victor Stone se escondendo por baixo de um moletom com capuz, é uma referência direta, não aos quadrinhos, mas ao saudoso desenho dos “Superamigos”.

 

AQUAMAN

 

Todos já imaginavam que Jason Momoa ficaria incrível com “Rei dos Sete Mares” e ele não decepciona. Suas cenas são fortes, divertidas e explosivas. Colocando sempre o Aquaman, no centro da aventura.

 

Finalmente o SUPERMAN que todos amam

 

Ao longo de toda produção e todo processo de Marketing, a Warner guardou a sete chaves o tão aguardado retorno do “Homem do Amanhã” e em Liga da Justiça, a volta do Kryptoniano é o ponto principal da história.

Que alegria poder ver o ótimo ator Henry Cavill como o Super que todos aprenderam a amar e respeitar.

Imponente, confiante, esperançoso e extremamente poderoso, quando o Superman salta da tela em seu novo uniforme azul brilhante com a capa e botas vermelhas reluzentes, é uma satisfação inenarrável.

O tom está perfeito, a postura está perfeita e com direito a cacho em forma de “S” podemos dizer que o Superman de Cavill é um dos melhores de todos os tempos.

Ao final da produção, o sentimento de satisfação e a vontade de ver mais do Superman, provam que o trabalho foi feito de forma competente e convincente.

 

O VILÃO

 

Apesar de pecar um pouco em seu CGI. O Lobo das Estepes cumpre seu papel. Em todos os momentos do longa, o tio de Darkseid é extremamente violento, poderoso e amedrontador, mas é lógico que um vilão mais conhecido, ou o próprio Darkseid em pessoa, melhoraria ainda mais a produção e consequentemente o resultado final.

Consertando erros passados e construindo um novo futuro, a Warner entrega um filme extremamente inspirador e heroico e de quebra, presenteia os fãs com referências que farão adultos se debulharem em lágrimas.

 

Vamos a elas…

 

SPOILER ALERT! SPOILER ALERT! SPOILER ALERT!

CONTINUE POR SUA CONTA E RISCO

 

 

HAL JORDAN OU JOHN STEWART?

Momentaneamente nenhum dos dois, mas é delicioso em determinado momento no filme, podemos ver um dos Lanternas, se sacrificando para um bem maior.
O anel indo embora a procura de um novo hospedeiro é maravilhoso.

 

SUPERMAN VS LIGA DA JUSTIÇA

 

Fazendo uma clara referencia a fase de John Byrne, onde o Azulão enfrentou descontrolado os Novos Titãs, Henry Cavill enfrenta sozinho a Liga, sem se conter e com direito a cabo de guerra com a Mulher maravilha. No original, era Donna Troy que era segurada pelo pescoço.

 

ENQUANTO ISSO NA SALA DE JUSTIÇA…

 

No final do longa, vemos Bruce apresentar o local onde será a fabulosa “Sala de Justiça” que será a base da equipe para o próximo filme, com direito a grande mesa e novas cadeiras para novos membros. Chorei!

Para finalizar, duas ótimas cenas extras. Na primeira, Superman e Flash fazem a famosa “Corrida do Século”, retratada em inúmeras ocasiões nos quadrinhos. Um clássico.

E na segunda, Lex Luthor encontrando Joe Manganiello, impecável como o Exterminador, para discutir a criação da “Legião do Mal”…é muita emoção!

Um presente para os fãs que ansiavam por um filme que representasse de forma correta, os incríveis personagens da DC Comics. Um dos melhores filmes do ano e uma declaração de amor aos Superamigos.

 

NOTA PARA O FILME: 5/5 

Giovanni Giugni (Don Giovanni) é o exército de um homem só, por trás da "Casa das Ideias". Teve a felicidade de ter como primeiras experiências cinematográficas, filmes do calibre de Superman de 1978 e "O Império Contra-ataca". Destemido desenhista e intrépido apaixonado por "Super-heróis", vive disfarçado como um pacato Professor de musculação.

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