Música
Edu Falaschi | Vera Cruz – Impressões do Álbum Completo
Caso você não esteja familiarizado com o cenário do Metal brasileiro, talvez não conheça Eduardo Falaschi pelo seus maiores sucessos quando passou pelo Angra ou Almah.
Entretanto, se está neste site é possivelmente um nerd de carteirinha como nós e, pelo menos, já ouviu falar de Cavaleiros do Zodíaco. Certo?
Edu Falaschi é a voz da elogiada abertura brasileira do retorno do anime aqui no Brasil.
Ouça:
Após um período de recuperação da voz e também de uma recente história complicada relacionada ao lançamento do grandioso DVD de Temple of Shadows in Concert, Edu Falaschi prometia remeter às raízes de sua carreira à exemplo do álbum Rebirth no Angra.
E sim: na minha opinião, Vera Cruz me soou como um grande renascimento.
O novo álbum é lançado mundialmente hoje, dia 18/05/2021, nas plataformas digitais e já pude conferir a obra no Spotify.
Nas palavras do próprio autor, Vera Cruz tem músicas e técnica vocal que resgatam suas principais características da qual a maioria dos fãs o conheceu no início dos anos 2000, principalmente nos trabalhos no Symbols e Angra. É um disco conceitual, numa mistura de ficção, romance e fatos que acontecem durante o período de descobrimento do Brasil.
Agora, minhas primeiras impressões sobre cada faixa:
01 – Burden
Uma introdução curiosa com falas e efeitos especiais que simulam uma cena fictícia. Ela já havia sido apresentada em vídeo no canal do autor. É bem bonita, mas, pessoalmente, acredito que sem as falas ficaria melhor. Eu entendi a proposta e concordo com ela, é só uma opinião pessoal, apenas.
Veja:
02 – The Ancestry
Poderosa, The Ancestry me soou parecida com as músicas da banda Haloween. É um powermetal excelente. O refrão é forte e a música termina com bastante impacto: “Go! Come on!!””.
03 – Sea Of Uncertainties
Sea of Uncertainties vazou há algumas semanas, pois foi tocada nas rádios japonesas e também pela Kiss FM aqui no Brasil como preview. O próprio autor comentou um dos vídeos vazados e pôde ver a empolgação dos fãs. É também um powermetal agitado e cheio de energia, mas não deixa de ser melódico do refrão. Uma das melhores músicas do álbum.
04 – Skies In Your Eyes
Uma das duas baladas do álbum, Skies In Your Eyes é uma mistura de hard rock com música folk. São melodia e letra cheias de saudade e esperança. Uma música linda, daquelas que você pode ficar cantando o dia todo distraído.
05 – Frol De La Mar
Curiosa, essa faixa parece um recomeço do álbum. É outro momento instrumental, mas diferente do que havia sendo apresentado.
06 – Crosses
Voltando ao powermetal, Crosses nos leva de volta às raízes do Angra, essa música representa muito o que adoramos em Rebirth.
07 – Land Ahoy
Agora, a pérola do álbum: Land Ahoy não é somente talvez a música mais impactante e bonita do álbum, mas também, acredito eu, da carreira do autor. É daquelas músicas que você vai ouvindo e se arrepiando a cada pedaço. Uma das grandes obras do Metal Nacional com absoluta certeza. O refrão é poderoso e inesperado, assim como seu break. Tem brasilidade, metal, coro. Perfeita.
08 – Fire With Fire
Fire With Fire me remeteu ao Almah, mas foi uma sensação injustificada. Não consigo perceber o motivo da minha impressão, entretanto é uma faixa interessante e não destoa das demais. Ela tem, talvez, uma referência ao Aurora Consurgens.
09 – Mirror Of Delusion
Uma das minhas músicas preferidas do álbum, tem o balanceamento ideal de um powermetal melódico. Um refrão forte e muito bem interpretado, sem forçar muito e com uma cadência bem bacana.
10 – Bonfire Of The Vanities
A segunda balada da obra, Bonfire of The Vanities possui aquele refrão e solo tranquilos do rock raiz. É uma música equilibrada e cheia de feeling.
11 – Face Of The Storm
Com a participação de Max Cavalera, ex-sepultura, Face of the Storm é uma porrada de som. O refrão do Edu me lembrou sons mais góticos e tristes. Me lembrou um pouco, também sem justificativa, Running Alone e Carolina IV no refrão. Excelente faixa.
12 – Rainha do Luar
E no fim desta grandiosa obra, temos uma música que é a irmã da imortal Late Redemption de Temple of Shadows. Se antes tínhamos Milton Nascimento enriquecendo o som, agora é a vez de Elba Ramalho brilhar. No começo, eu achei o dueto confuso, mas ouvindo algumas vezes eu comprei a proposta. É um brilhante encerramento, leve e forte ao mesmo tempo, cheio de sentimento e impacto. A parte em português arrepia e o encerramento faz jus à experiência que acabamos de ter. Incrível.
Ouça amostras do disco:
Conclusão
De um modo geral, Vera Cruz alcança outro nível de qualidade na carreira de Edu Falaschi e é possível que seja um dos grandes álbuns da nossa música no gênero.
É indiscutível o quão bem fez a participação de músicos talentosos nesse renascimento à exemplo do polêmico Aquiles Priester. É indiscutível como ele faz diferença.
Meu único porém é que faltou um pouco mais de cadência dos solos. São muito rápidos e esse álbum também merecia algo mais tranquilo, aos moldes do que John Petrucci faz do Dream Theater, por exemplo. Todavia, não é nada que deprecie a experiência. Este é um dos grandes lançamentos mundiais dos últimos anos, com a mais absoluta certeza e retoma o que foi de melhor no Angra, um feeling que a ex-banda de Edu Falaschi pareceu esquecer-se nos últimos lançamentos. É tudo muito caprichado, dos sons aos produtos relacionados.
Mixado por Dennis Ward (Angra, Haloween) e com as participações de Elba Ramalho (Vocal), Aquiles Priester (Bateria), Diogo Mafra (Guitarra), Fabio Laguna (Teclados), Raphael Dafras (Baixo) e Roberto Barros (Guitarra), Vera Cruz surge com o que há de melhor no Powermetal Melódico.
Você já pode adquirir o álbum em formatos digitais e há a pré-venda dos produtos físicos no site do autor.
Confira um vídeo da impressão do Digibook:
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