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MULHERES F$#@S NOS QUADRINHOS | Lynn Varley – por Rex – O cachorro nerd
Olá, tripulação nerd! Aqui é o REX, o cachorro nerd, e hoje falaremos sobre a Mestra Lynn Varley, uma das maiores coloristas dos gibis.
Batman: O Cavaleiro das Trevas, 300 de Esparta, Elektra Vive, Big Guy e Rusty, Ronin… não, não estamos falando aqui do famoso Frank Miller, mas sim de sua ex-esposa e parceira de trabalho Lynn Varley. Junto com o ex-companheiro, Varley revolucionou o quadrinho de super-herói e elevou o nível de qualidade das cores dos gibis americanos.
Lynn Varley nasceu em 11 de março de 1958 em Livonia, Michigan – EUA. Mudando-se para Nova York, encontrou trabalho na Neal Adams’ Continuity Associates. Ela estreou como colorista de quadrinhos em Batman Anual # 8 (1982), escrito por Mike W. Barr e Trevor Von Eeden. Na mesma época, ela se envolveu profissionalmente com a Upstart Associates, um espaço de estúdio compartilhado na West 29th Street, formado por Walter Simonson, Howard Chaykin, Val Mayerik, e Jim Starlin. Varley coloriu as duas primeiras edições do American Flagg do Howard Chaykin e coloriu o traço das histórias em preto e branco de Moebius publicadas nos Estados Unidos pelo selo Epic Comics, da Marvel.
Em 1984 na DC, ela forneceu a concepção e colorização para Ronin, juntamente com Miller. Ronin foi uma série experimental de seis edições da DC Comics que provou que quadrinhos em formatos incomuns poderiam ter sucesso comercial, revolucionando assim as HQs e criando um novo estilo de edição.
Em RONIN temos muita influencia de quadrinhos europeus como Moebius e quadrinhos japoneses como LOBO SOLITÁRIO e isso cria uma abre toda uma nova forma de desenhar e um novo formato de edição e graças a isso, em 1986 temos Batman: O Cavaleiro das Trevas retorna, uma minissérie de quatro edições que se tornou um sucesso comercial e crítico.
Posteriormente, Varley coloriu outros livros de Miller, incluindo Dark Knight Strikes Again, 300, Elektra Lives Again, Big Guy and Rusty the Boy Robot (com desenhos de Geoff Darrow) e quase todos os demais trabalho de Miller.
Juntando a influência de veteranas como a Marie Severin, somado a influências europeias e orientais de abordagem cromática, Varley fazia das cores um espetáculo expressivo. A técnica de coloração de Varley evoluiu e foi muito influenciada pela introdução de programas de software como o Adobe Photoshop. No início dos anos 2000, quando Varley e Miller lançaram The Dark Knight Strikes Again, a coloração de Varley incluía estilos de cores vibrantes e quase psicodélicos, muito diferentes dos tons mais sutis usados em The Dark Knight Returns. Inicialmente, alguns críticos argumentaram que a inexperiência de Varley com a nova tecnologia afetou negativamente seu trabalho e que ela teria se saído melhor usando um pincel de verdade. Como os quadrinhos subsequentemente (em especial a IMAGE) continuaram a apresentar esquemas de cores mais vibrantes e também com uso de colorização por computador, o trabalho anterior de Varley também foi considerado por muitos como à frente de seu tempo.
Varley recebeu reconhecimento na indústria de quadrinhos, particularmente em 1999, quando ganhou o Harvey Award, o Eisner Award e o Comics Buyer’s Guide Awards de Melhor colorista. Ela também ganhou o prêmio CBG em 1986 e 2000.
Extremamente reservada, Varley continua trabalhando em edições especiais e relançamentos de seu trabalho. Mas sua paleta de cor adicionou uma vibração única em um período revolucionário dos quadrinhos, estampando seu nome para sempre na história deste meio.
O colorista de uma HQ é menos reconhecido e lembrado do que o escritor ou desenhista, mas é indiscutível a importância dele no sucesso de uma obra que se propõe a ser uma obra colorida e apesar de pouco lembrados, o trabalho do colorista pode exaltar um traço e trazer volume e detalhes a uma página e se mal executado, pode por todo um trabalho à pique. Uma pena que na maioria das vezes, o trabalho do colorista é sequer citado nas capas e na obra como um todo.
O trabalho de Lynn Varley é um dos mais icônicos dos quadrinhos. Ela está, sem dúvida, por trás de muito do sucesso de Frank Miller e de seu estilo instantaneamente reconhecível. Encontrar alguém que realmente entenda como colorir sua arte é um presente raro e pode, ocasionalmente, criar uma equipe criativa verdadeiramente inesquecível. Lynn Varley e Frank Miller é um dos grandes exemplos disso. Sem a compreensão intuitiva de Lynn sobre seu estilo de arte único e muitas vezes confuso, o trabalho de Frank provavelmente nunca teria saltado da página da maneira que aconteceu em obras seminais como Batman: O Retorno do Cavaleiro das Trevas, Ronin e 300.
Sendo uma mestra na sua arte e uma das maiores influenciadoras das Hqs, estando à frente com suas técnicas e experimentações trazendo páginas memoráveis para os leitores de todo o mundo, Lynn Varley é uma das maiores coloristas dos gibis e por isso, obrigado, você é F$#@!!!
Eu sou o Rex, o cachorro nerd e Lynn Varley, vem me colorir, sua linda!!!
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