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Memória Tokusatsu

RYUKENDO | Há 11 anos… um novo tokusatsu estreava na RedeTV!

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Nosso primeiro “novo tokusatsu” após anos de ausência do gênero na TV…

              O dia 13 de Abril de 2009 aparentava ser para os fãs de tokusatsu brasileiros um dia histórico: Pela primeira vez após anos de “jejum” de novidades, a TV brasileira voltaria a presenteá-los com a exibição de uma série do gênero. Dessa vez, não com um então utópico retorno de alguma produção que marcou época durante os distantes anos 80, mas sim com uma série nova para a época, e com todo um potencial de conquistar novos fãs para uma possível renovação de um fandom, cada vez mais envelhecido, diminuto e nichado, dentro do próprio nicho de entusiastas da cultura pop japonesa.   

              Em uma segunda-feira, às 19hs, estreava dentro do bloco infantil TV Kids na RedeTV!, a inédita série de tokusatsu Madan Senki Ryukendo (Crônicas Mágicas Ryukendo em tradução literal). Produzida no ano de 2006 pela Takara (concorrente da gigante Bandai, no mercado de brinquedos japoneses) em parceria com a empresa We’ve Inc (envolvida nas versões animadas de Transformers feitas no Japão durante a década de 2000.), a série pôde aterrissar em território brasileiro graças a uma tentativa da distribuidora latina Televix, de investir em uma produção do gênero, sendo essa sua primeira e uma das únicas ao lado do tokusatsu chinês Armor Hero em 2010, que infelizmente nunca viu a luz do dia, ao menos no Brasil.

 

             A estreia e exibição de Ryukendo deveriam ter acontecido ainda no ano de 2007, algum tempo depois de a emissora paulista ter fechado uma então bem sucedida parceria com a distribuidora Swen Entretenimentos desde o ano anterior, que no período atuava como uma intermediária de negócios da Televix com as redes abertas de televisão, e possibilitou a entrada dos animes Fullmetal Alchemist e Super Campeões na programação da RedeTV!, no que constituiria a primeira versão do infantil TV Kids.

              A intenção da distribuidora era que Ryukendo fosse cedido à RedeTV! gratuitamente, com uma cláusula de contrato que encarregaria a emissora de promover por meio de divulgação produtos licenciados do programa, como brinquedos e itens relacionados, uma estratégia praticamente idêntica à feita pela antiga distribuidora Samtoy para que Os Cavaleiros do Zodíaco tivessem se tornado um grande sucesso comercial no Brasil durante os anos 90, através de sua exibição pela TV Manchete.

              No entanto, no mesmo ano de 2007, aproximadamente um ano após sua estreia, o bloco de animes da RedeTV! acabou saindo do ar após um sucessivo desgaste de audiência, fazendo com que a emissora e a Televix “dessem um tempo” do relacionamento que vinham tendo, e que só seria “reatado” em 2008, graças ao inesperado êxito de Pokémon nos fins de tarde, fazendo com que o bloco renascesse das cinzas e com isso novas atrações fossem integradas junto ao anime “infinito” dos monstrinhos de bolso.

              A data de estreia fora confirmada no fim do mês de Março de 2009, mas não com o plano anterior de exibição idealizado pela distribuidora, e sim com a RedeTV! pagando apenas pelo programa, sem qualquer estratégia de marketing de produtos mirabolante. A estreia teve um desempenho positivo e garantiu à emissora 4.7 pontos de audiência com picos de 5, garantindo média similar ao longo de todos os seus 52 episódios de exibição, e permitindo que a RedeTV! disputasse por diversas vezes na época o terceiro lugar de audiência com sua maior concorrente direta até hoje, a TV Bandeirantes.

              Após uma diminuição de IBOPE ocasionada por reprises de episódios, as aventuras dos cavaleiros madan e suas chaves mágicas foram parar na geladeira do canal, e tiveram seu último retorno em 2011, durante o período da tarde, mas apenas regionalmente e ao lado dos animes Dinossauro Rei e Super Onze, que também pertenciam à Televix e com o qual o tokusatsu dividiu espaço no horário noturno do bloco anteriormente, quando era uma novidade. Entre produtos da série, os principais, que seriam os brinquedos nunca foram lançados oficialmente por aqui, e apenas um box de DVDs chegou a ser lançado pela distribuidora Focus Filmes, mas com um péssimo desempenho de vendas, e com um cancelamento após o primeiro volume, que vendeu menos de 10% das unidades.

   

Moldes de brinquedos japoneses de Ryukendo produzidos pela fabricante Takara

                        Embora tenha chegado à TV brasileira um pouco antes que a série americana Kamen Rider Dragon Knight, que teve um pouco mais de sorte em sua exibição nas manhãs da TV Globo, graças ao período de férias escolares, Ryukendo teve um êxito bem menor que a adaptação americana do motoqueiro mascarado da Toei, e foi a última grande novidade de fato relacionada à tokusatsu que o Brasil pôde usufruir na programação da TV. O programa infelizmente nunca proporcionou aquilo que mais se esperava desde sua satisfatória estreia: o retorno triunfal dos heróis japoneses à programação infantil das emissoras de televisão, reduzindo-se hoje apenas a uma pequena parte do “pacote de nostalgia” do público que foi criança e adolescente durante os anos 2000, mesmo sem metade do fator nostálgico que outras séries como Jaspion, Changeman, Flashman e Jiraiya agregaram a gerações anteriores.


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29 anos, psicólogo de formação e fã de animes, mangás, dublagem e jogos por essência, além de cosplayer (só quando o financeiro permite).

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