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PAPO DE CINEMA | Waterworld: O Segredo das Águas

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Salve, salve tripulantes nerds! Assistindo novamente a “Waterworld: O Segredo das Águas” (1995), tive a ideia para essa nova coluna onde falarei de produções grandiosas e caríssimas que por um motivo ou por outro acabaram fracassando, causando prejuízos catastróficos a seus produtores e muitas vezes afundando carreiras promissoras.

“Waterworld: O Segredo das Águas” não chegou a dar prejuízo no final das contas. O orçamento da produção estourou durante as filmagens e chegou a 175 milhões de dólares. Uma quantia astronômica na época. Acabou tendo um retorno de 264 milhões, muito pouco em comparação com o custo. O ator Kevin Costner foi quem bancou a ideia e a produção executiva. O filme foi dirigido por Kevin Reynolds. Porém, o diretor abandonou o projeto duas semanas antes de seu término e Costner assumiu sua cadeira. Por isso, muitos o citam erroneamente como diretor do filme. Dizem as más línguas também, que este longa foi o responsável por arruinar a carreira de Costner irremediavelmente.

A personagem Enola e a tatuagem que supostamente seria um mapa para a “terra firme”.

O enredo tratava de um mundo pós-apocaliptico, onde após o aquecimento global, as calotas polares haviam derretido totalmente, cobrindo os continentes. A sociedade humana acabou por regredir a um patamar de barbarismo, vivendo em navios e outros tipos de embarcações sobre um eterno oceano, em busca de uma tal de “terra firme”, que já nem sabem mais se realmente chegou a existir, ou se é apenas uma lenda. Uma espécie de “Mad Max” no mar.

Kevin Costner interpreta um mutante  que pode respirar de baixo d’água e que navega o oceano solitariamente em seu barco até que acaba com duas indesejáveis tripulantes: Uma mulher (Jeanne Tripplehorn)  e uma criança (Tina Majorino), que possui uma tatuagem nas costas que dizem ser o segredo, uma espécie de mapa, que pode levar à terra firme. E é por isso que todos querem capturar a pobre. Dennis Hopper interpreta o grande vilão, o líder das hordas bárbaras que quer encontrar Costner para matá-lo e dele tomar a menina e o segredo.

Dennis Hopper que recebeu injustamente o “Framboesa de Ouro” pelo filme.

Dizem as lendas, que o diretor Steven Spielberg havia aconselhado Costner a não produzir o longa, alertando-o para as dificuldades de se filmar sobre as águas, enfatizando o quão difícil havia sido filmar “Tubarão” 20 anos antes. Costner não lhe deu ouvidos. A crítica não perdoou. O filme apanhou tanto que refletiu na bilheteria desastrosa. Os atores também foram massacrados. Dennis Hopper e Kevin Costner concorreram ao famigerado “Framboesa de Ouro” por ele, sendo que Hopper levou o prêmio. O longa ainda foi indicado aos prêmios de “pior filme” e “pior diretor”. Concorreu também ao Oscar de “melhor som” e ao Bafta de “melhores efeitos especiais”, mas não levou nenhum dos dois.

Durante as filmagens, uma terrível tempestade destruiu o set da “colônia de escravos”, trazendo terrível prejuízo material, atrasando a produção em meses e culminando no já citado abandono da empreita pelo diretor Kevin Reynolds.

Mas diante de tudo isso, fazendo uma análise 22 anos depois, eu lhe pergunto amigo leitor: O filme é realmente ruim?

Não em minha opinião. Gosto muito desse filme, tem uma fotografia esplêndida, a história é boa, não é tedioso e os efeitos especiais muito bem feitos levando-se em conta a sua época. Na verdade, não deve nada aos atuais filmes de ficção com computação gráfica. E Dennis Hopper está muito bem no papel de um vilão messiânico, que arrasta hordas de bárbaros atrás de si em troca da promessa da sonhada “terra firme”. As cenas sob o oceano quando Costner mergulha, também são ótimas. E a ambientação muito caprichada e detalhada, principalmente do barco do protagonista cheio de quinquilharias adquiridas em suas andanças.

Pessoalmente acho injusto o que foi feito desse filme na época de seu lançamento e ainda recomendo para quem gosta de mundos pós-apocalípticos e ficções do gênero. Minha nota é:

Nota para o filme: 4/5

Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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