Vale a Maratona?
VALE A MARATONA? | Dark, a anti-Stranger Things
Um garoto desaparecido, uma cidade se mobilizando nas buscas e muitos mistérios envolvidos! Você até pode achar que já conhece essa história, e que ela se chama “Stranger Things”, mas não: esta é a trama central de Dark, a nova série da Netflix.
As semelhanças com a série fenômeno param por aí. A produção alemã que está com sua primeira temporada inteira disponível tem um tom muito mais adulto (e pesado), mas com uma história tão envolvente quanto.
A séria já choca em sua primeira cena, ao mostrar em detalhes o suicídio de Michael Khanwald. A partir daí as tramas se interligam, e presente, passado e futuro passam a ter uma conexão intensa.
Como é uma produção europeia, o ritmo pode estranhar um pouco quem está acostumado apenas com séries norte-americanas. Porém, as coisas se acertam bem a partir do segundo episódio, e a cada nova revelação a tensão e a curiosidade vão aumentando, deixando o espectador grudado na TV.
A série não possui um protagonista claro, e o foco fica nas quatro principais famílias da cidade, Os Nielsen, os Khanwald, os Dopler e os Tiedemann, cada uma com vários personagens, com histórias e personalidades distintas, que ao longo da trama vão sendo revelados aos poucos. Os que chegam mais próximos deste posto são Ulrich Nielsen (Oliver Masucci) e Jonas Khanwald (Louis Hofmann). Ulrich é policial na cidade, e responsável pelas buscas do primeiro garoto desaparecido, que o faz lidar com fantasmas do passado pois seu irmão Mads desapareceu em circunstâncias semelhantes há 33 anos. Porém quando ocorre o desaparecimento de mais um garoto, o mundo do agente da lei vai literalmente andar para trás. Ulrich inicia a série tendo um caso com Hannah, que vem a ser a mãe de Jonas e viúva do suicida do início, e descobriremos com o tempo, possui uma improvável ligação familiar com o filho de sua amante.
Todos os personagens da série possuem sua relevância e desempenham papel importante dentro da trama, que gira em torno da onipresente presença da Usina Nuclear de Widden, a mais antiga em operação na Alemanha, criada durante a Guerra Fria, e que conecta todas as tramas da história.
Tecnicamente, a série é excelente. As atuações são bem contidas e seguras. O clima sempre chuvoso e frio do interior da Alemanha e a fotografia escura passam a sensação sombria que a série se propõe, complementada com uma trilha sonoro poderosa. O cuidado estético e de detalhes de cena para cada época temporal é bem visível. Também não se choque com nudez, palavrões e muita violência gráfica (como um garotinho sendo espancado com uma pedra, em detalhes).
A trama em si não chega a ser original, porém é tratada com respeito e de forma a prender a atenção do público, não tratando o espectador como bobo, e mostrando conceitos interessantes. Uma história bem amarrada, que no correr do tempo (para frente e para trás) fica cada vez mais intrigante. São apenas 10 episódio, e quando termina, a sensação de impotência que transmite nos deixa agoniados pela próxima temporada.
DARK
NOTA : 4 / 5
Emissora original: Netflix
Transmissão original 12/2017
N.º de temporadas 1
N.º de episódios 10
DISPONÍVEL NA NETFLIX? SIM
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