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Críticas

ESQUADRÃO SUICIDA | Crítica do Viajante!

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Esquadrão Suicida é o terceiro filme do universo cinematográfico da DC (DCU). O filme mostra os eventos ocorridos pós Batman Vs Superman, repercutindo a morte do escoteiro azul. Tentando estar um passo além dos seus inimigos, em um mundo onde surgem cada vez mais super-seres, Amanda Waller mexe seus pauzinhos para formar sua Força Tarefa X – um grupo formado pelos piores vilões do mundo – capaz de enfrentar ameaças meta-humanas.

O filme Esquadrão Suicida é recheado de elementos incríveis, como uma excelente trilha sonora e personagens carismáticos e cativantes, porém, mal costurados, de forma que se percebe um grande desperdício de potencial. Não é um filme ruim, muito pelo contrário, acredito ser o melhor filme do DCU, mas poderia ser muito mais. A história central é fraca, mal explicada, só prendendo o expectador pela força dos protagonistas, Pistoleiro e Arlequina. A construção do background dos personagens é muito boa – fazendo o espectador se importar com “mal-elementos” como Pistoleiro, Arlequina e, incrivelmente, El Diablo – mas repetitiva, voltando e recontando várias vezes as mesmas origens como que justificando para o espectador que eles são maus, ‘pero no mucho’.
Outra coisa que incomoda no filme é a subutilização de alguns personagens e a rasa justificativa da Amanda Waller para recrutar certos vilões para o Esquadrão Suicida. “Vamos reunir uma equipe capaz de enfrentar meta-humanos como o Superman”, ótimo: Cara capaz de criar chamas, bom; bruxa super poderosa, arriscado mas ok; super atirador capaz de acertar qualquer tiro a qualquer distância, muito bom; homem crocodilo super forte, excelente; namorada do coringa, qual o poder dela mesmo? Ah, ela é maluca; australiano ladrão de banco, ele joga bumerangues (tá né?!).
Não consigo ver o porquê de Amanda Waller ter recrutado Arlequina e Capitão Bumerangue pra essa equipe – não que não sejam bons personagens, apesar de ter achado o Bumerangue dispensável, a Arlequina é essencial pra trama – poderiam ter se esforçado um pouco mais pra justificar essa formação. Assim como deveriam ter se esforçado pra não deixar TÃO ÓBVIO (chega a ser ridículo) que o Amarra só está lá pra morrer.
Mas nenhum desses problemas é tão sério quanto a participação do “palhaço, do joker, do Coringa”. Infelizmente, Jared Leto não atendeu às expectativas, e apresentou um personagem caricato, forçado, em um relacionamento com a Arlequina que provavelmente irritará os fãs mais xiitas, porém é uma boa maneira de reduzir os problemas com as feministas. O casal Coringa e Arlequina deixa de ser a representação de um relacionamento abusivo e doentio, pra ser uma linda história de amor entre dois malucos. Ou melhor, dois malucos não, porque se a Margot Robbie consegue convencer como Arlequina, mostrando na tela uma mulher completamente louca e quebrada, o Coringa de Jared Leto é caricato, e parece o tempo todo ser um jovem rebelde se fingindo de louco. Infelizmente, ele não consegue convencer que é maluco de verdade.
Mas nem só de críticas negativas vive esse texto. Esquadrão Suicida tem muitos pontos positivos já supracitados. Um deles é a excelente trilha sonora, que empolga principalmente no início, numa pegada meio videoclipes dos anos 90, e no final, no epílogo da história. Como dito, os personagens principais, Pistoleiro, Arlequina, Amanda Waller, Rick Flag e surpreendentemente, El Diablo também são pontos muito positivos do filme, despertando sentimentos (bons e ruins) nos espectadores conforme a trama avança. As cenas de ação do filme são muito boas (apesar de meio confusas em alguns momentos), e as aparições de Batman e Flash são fanservices pra DCnauta nenhum botar defeito.
Concluindo, Esquadrão Suicida é um bom passo na formação do DCU, um filme divertido, que, apesar de pecar em detalhes importantes, não compromete e traz um bom ato intermediário entre BvS e o vindouro filme da Liga. Como dito anteriormente, é o melhor filme do DCU até agora, e te faz sair do cinema com desejo de ver Arlequina e Pistoleiro integrando a Liga da Justiça junto com Batman e cia.

Antes de encerrar, um lembrete rápido. Apesar do título, isso não é uma crítica de cinema. Não sou crítico de cinema, não tenho formação alguma para julgar termos técnicos. Esse texto traz a minha opinião (Mestre Marvete) sobre Esquadrão Suicida, e tentei ser o mais imparcial possível na hora de tecer meus comentários. Então se você concorda ou discorda, e quiser ter uma discussão saudável sobre o filme, talvez mostrando pontos que tenham passado despercebido, por favor use os comentários para isso. Mas se é fanboy mimizento e seu único comentário é: “Ah, mas o que um marvete sabe de DC?” que pena. Comente mesmo assim, pelo menos meu post vai bombar!

  Nota para o filme: 3 / 5


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