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Críticas

THE WITCHER: LENDA DO LOBO | Crítica do Neófito

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Enquanto todos esperam a segunda temporada de The Witcher – a série com pretensões de ser a Game Of Thrones da Netflix, estrelada pelo galã absoluto Henry Cavill (no papel do bruxo Geralt de Rívia) e baseada nos best sellers escritos por Andrzej Sapkowski – a maior plataforma de streaming do mundo solta um prequel, em formato anime, chamado The Witcher: Lenda do Lobo, que conta a história do surgimento das criaturas geneticamente modificadas combatidas pelos raros bruxos restantes, como Geralt, e o porquê destes quase terem desaparecido da face do planeta.

Foto: Divulgação (Daglan prova que os brutos nem sempre também amam)

Para isso, acompanhamos a saga do jovem Vesemir (voz de Theo James, da franquia Divergente), desde sua juventude miserável e sonhadora ao lado da bela Illana (e futura Lady Zerbst, na voz de Mary McDonnel) até conhecer o bruxo Deglan (Graham McTavish), que o treina para ser um dos mais temidos bruxos da ordem respectiva, capaz de viver quase luxuosamente graças aos vultosos pagamentos que recebe em troca da morte dos monstros que caça.

Foto: Divulgação (o primeiro amor a gente nunca esquece)

Vesemir, para quem conhece os livros e derivados de The Witcher, será o mestre de Geralt, daí o interesse em conhecer sua história e ver como ela se entrelaçará com o personagem que, no futuro, será vivido em live action por Cavill.

A animação fica por conta do Studio Mir, cujos trabalhos com desenhos animados em formato anime são famosos, seja na Marvel (Guardiões da Galáxia), em produções próprias (A Lenda de Korra) ou, principalmente, junto à DC (Batman: Morte em Família; A Morte do Superman etc.). Isso garante alta qualidade dos desenhos, boas coreografias de luta, efeitos dignos de nota, sombras e cores bem colocadas e alguns cenários bem bonitos. Nada comparado às verdadeiras obras de arte visuais dos estúdios CoMix Wave Films, responsável, por exemplo, pelo deslumbrante Your Name (2016), ou à plasticidade e perfeição do Studio Ghibli, que legou ao mundo a obra-prima A Viagem de Chihiro. Tudo é bonito e correto, mas o caráter operário do Studio Mir acaba por diminuir algo do brilho que a animação poderia de fato ter, haja vista o fascinante universo medieval pensado por Sapkowski, que poderia render frames absolutamente impactantes.

Em termos de enredo e roteiro, a animação segue o esquema padrão dos prequels. Evidentemente voltados para os fãs do produto principal, o final das histórias contadas nesse tipo de produção normalmente já é conhecido pelos seus consumidores, limitando-se a criatividade dos roteiristas em saber encher os espaços vazios da grande trama, com algo que seja ao mesmo tempo empolgante, fiel e previsível.

No caso de The Witcher: Lenda do Lobo, a empolgação fica com a alta dose de violência gráfica da animação – que não poupa criança, velho, mulher, homem, bruxo, mago etc. – e da maior liberdade para criação das coreografias de lutas e extensão dos poderes dos personagens, algo, às vezes, complicado de soar verossímil no live action. Isso, claro, deve-se ao fato de a animação advir da Netflix e não da TV aberta.

Voltando, porém, à história em si, a trama é simples, envolvendo a maga Tetra (Lara Pulver) e sua determinação em acabar com a ordem dos bruxos, que ela, devido a certo trauma de seu passado, considera serem exploradores da boa-vontade alheia e até mesmo de estarem criando os próprios monstros que precisariam combater e, com isso, lucrar no processo. Para piorar, realmente alguma coisa muito errada estava ocorrendo nos porões do castelo dos bruxos.

Foto: Divulgação (mantenha seu inimigos mais perto ainda!)

A única voz junto ao Conselho real a barrar as intenções de Tetra é a envelhecida e sábia Lady Zerbst que, na verdade, é a versão idosa de Illana, a antiga paixão adolescente de Vesemir, que envelhece muito mais lentamente que os humanos normais. Essa ligação só é possível porque, em paralelo à trama principal, o roteiro lança mão do recurso do flashback em altas doses, de forma a explicar as motivações que levaram o protagonista a se tornar alguém tão hedonista.

Ao fim, tem-se uma boa animação, com bom ritmo e muito bem acabada, encaixando-se bem na mitologia medieval criada por Sapkowski. Como prequel o excelente Rogue One ainda é insuperável e referencial obrigatório, de modo que Lenda do Lobo é competente, entretém, mas não muito mais do que isso.

Que chegue logo a segunda temporada de The Witcher, quando o Nerdtrip acompanhará tudo para trazer bons comentários para todos os tripulantes dessa deliciosa viagem nerd!

Até breve!

Foto: Divulgação (não é Aang)


Nota: 3 / 5 (bom)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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