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Críticas

STAR TREK: DISCOVERY | Enfim viagens temporais! – Episódio 07: “Magic to make the sanest man go mad” – Crítica do Viajante

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E eis que nos chega através da rede de streaming Netflix o sétimo episódio de “Star Trek: Discovery” trazendo-nos a volta do vilão “Harcourt Fenton Mudd” (Rainn Wilson) que havia feito sua estreia no episódio 05, e também a primeira trama envolvendo viagem temporal. Pessoalmente sou suspeito para escrever essa crítica, pois episódios com viagens, loops e paradoxos temporais são sempre minhas preferidas.

Em “Magic to make the sanest man go mad” o vilão Mudd utiliza-se de um “gormagander“, uma espécie de baleia espacial, para invadir a “Discovery” e colocá-la em um looping temporal até que descubra como seu motor funciona e assim, vender aos klingons a nave com toda sua tripulação dentro. Porém, o que o vilão ignorava, é que o engenheiro chefe tenente-comandante “Paul Stamets” (Anthony Rapp) após ter seu DNA misturado ao do tardígrado que tornou a navegação por esporos possível, se tornou um homem fora do fluxo temporal, e portanto se torna consciente do looping enquanto todos os outros tripulantes não. Cabe a ele convencê-los do que está acontecendo e tentar impedir o plano de Mudd.

Este episódio é claramente menos sombrio e mais bem humorado e descontraído que os 6 primeiros. Em grande parte isso se deve à ótima interpretação de Rain Wilson para o trapaceiro bonachão, mesmo que esse seja mais sério do que o original apresentado na série clássica da década de 60 e que foi interpretado por Roger C. Carmel . A personalidade do capitão “Gabriel Lorca” (Jason Isaacs) e sua atitude “wathever” também se mostra engraçada de certa forma, nos fazendo sorrir em seu relacionamento com seu oficiais de ponte, especialmente seu primeiro oficial “Saru” que é extremamente detalhista.

O episódio se torna arrastado em alguns momentos quando a trama foca nas dificuldades da protagonista “Michael Burnham” (Sonequa Martin-Green) em estabelecer um relacionamento amoroso com o chefe de segurança tenente-comandante “Ash Tyler” (Shazad Latif) devido à sua criação vulcana. Mas não chega a atrapalhar e é compreensível, já que em todas as séries da franquia tivemos situações análogas. Quem não se lembra por exemplo das voltas que o relacionamento entre “Worf” (Michael Dorn) e “Dax” (Terry Farrel) dava em “Star Trek: Deep Space Nine” chegando inclusive a irritar os fãs na época. Relacionamentos românticos fazem parte de qualquer trama em qualquer série que se preze, e não vai ser diferente com “Discovery”.

O que me incomoda ainda porém, é o foco excessivo em “Burham“. Gostaria de conhecer um pouco mais das vidas dos outros oficiais de ponte que me parecem bem interessantes. Contudo, até o presente momento, estes não passam de meros figurantes. Não podem ser considerados nem coadjuvantes. Em todas as outras séries da franquia, os oficiais de ponte acabam se tornando bem conhecidos pelos espectadores, passando a ser amados ou odiados pelos fãs. Em Discovery não consegui sequer decorar seus nomes ainda, tão pouco estão sendo aproveitados. Mas tenho esperança que isso será consertado no futuro.

Para encerrar, deixo aqui uma cutucada nos fãs de “Star Trek: The Next Generation“, mas sinto-lhes dizer que a animada festinha na “Discovery” com rap, bebida e pegação me pareceu infinitamente melhor que os aparentemente chatíssimos sarais de musica clássica e as comportadíssimas apresentações de jazz que animavam as festas da “Enterprise” de “Piccard

Minha classificação para “Discovery” se mantém em:

Links para as críticas dos episódios anteriores:

Episódio duplo de estréia

Episódio 03

Episódio 04

Episódio 05

Episódio 06

Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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