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Críticas

STAR TREK DISCOVERY | Episódio 04: “The butcher’s knife cares not for the lamb’s cry” – Crítica do Viajante

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E “Star Trek: Discovery” continua a causar polêmica e até uma certa insatisfação nos “trekkers” mais antigos e conservadores. No quarto episódio, disponibilizado hoje na rede de streaming Netflix, percebemos que a história continua focada na “Amotinada“, a ex-oficial da frota estelar Michael Burnham (Sonequa Martin Green) agora sem patente. Isso incomoda alguns, pois Star Trek sempre foi uma série menos “novelizada”, com arcos curtos e fechados geralmente em no máximo 2 episódios, focando nos diversos oficiais da espaçonave de cada vez. Em 4 episódios de “Discovery” mal conhecemos os oficiais de ponte, a maioria apenas de vista, sem sequer saber seus nomes.

E isso é ruim? Não necessariamente. Creio que Discovery está tentando estabelecer sim, uma trama que se extenderá por um arco maior do que os trekkers mais antigos estão acostumados, e para tanto, está sim girando em torno de “Burnham”.  Creio que esse foco excessivo deva se amenizar no futuro, e assim conheceremos melhor outros personagens secundários mais profundamente. O fato de termos uma trama em cima de uma guerra poderá inclusive aprofundar-se também na personalidade de alguns vilões, como foi feito em “Deep Space Nine“, outra série da franquia que abordou a guerra e que nos apresentou um dos melhores “caras maus”, no caso o Cardassiano Gul Dukat.

E já que estamos falando de vilões, vamos logo colocar o dedo na ferida e falar sobre aqueles que mais estão incomodando os fãs: os “klingons“. Apesar de nos presentear com o surpreendente idioma klingon que realmente é falado por eles nos episódios, a mudança de aparência dos alienígenas provenientes do planeta “Qo’noS” deixou muita gente irada. Eu mesmo já havia me manifestado negativamente sobre essa mudança (leia aqui). Agora nesse quarto episódio, após os mesmos terem declarado que devoraram a capitã Philippa Georgiou (Michelle Yeoh) morta no segundo episódio, novo descontentamento. Pessoalmente não vejo problemas nisso. Klingons sempre foram belicosos e bastante selvagens, e isso não me surpreendeu de forma alguma. E não acho realmente que isso possa trazer prejuízo à tradição de honra que os mesmos seguem.

Outro problema que os roteiristas terão no futuro é sobre o sistema de propulsão bio-quântico apresentado que faz com que a Discovery desapareça e reapareça em qualquer lugar do universo instantaneamente. Muitos torceram o nariz pois tal tecnologia não existe nas séries cronológicamente posteriores. Obviamente que em algum momento da série essa propulsão terá que desaparecer. Provavelmente se mostrará inviável de alguma maneira técnica, e não apenas moral, já que já percebemos que seu uso traz sofrimento à criatura tardígrada que está sendo mantida presa dentro da nave. Contudo, se os impecilhos para seu uso fossem apenas morais, nada impediria que fosse usada por raças menos nobres, como os “ferengis” de maneira clandestina. E isso nunca ocorreu em nenhuma outra série da franquia. Portanto, a tecnologia terá que se tornar inviável técnicamente no decorrer do show. 

Já o clima de tensão e paranóia no interior da Discovery, com capitão e chefe de engenharia se desafiando abertamente, vejo como positivo para o ambiente de guerra em que a série é ambientada. Em minha opinião, isso deixa tudo mais realista, e vejo como muito bem vindo. Fora o fato de já termos visto dois oficiais que aparentemente seriam importantes no decorrer da história morrerem sem muito drama ou choradeira. Aliás, em minha opinião, o uniforme de toda a tripulação poderia ser vermelho, se é que me entendem. Afinal, George R. R. Martin já provou com sua premiadíssima série “Game of Thrones” que desapego a todos os personagens deixa tudo mais emocionante…

Concluindo, a série ainda prende minha atenção e minha classificação para a mesma até agora é de:

Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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