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Críticas

THE ORVILLE | Mais temas polêmicos! – 4º episódio: If the Stars Should Appear – Crítica do Viajante

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E a série “The Orville” estreou seu 4º episódio com mais um tema polêmico. Após abordar a temática de gêneros, cirurgias de mudança de sexo e antigas tradições que podem ser prejudiciais para a sociedade no episódio anterior (crítica aqui), dessa vez a série idealizada por Seth MacFarlane aborda intolerância religiosa e teocracias.

Em “If the Stars Should Appear“, a U.S.S. Orville, comandada pelo capitão “Ed Mercer” (o próprio Macfarlane) encontra uma gigantesca espaçonave, que tem o tamanho da cidade de Nova York, a deriva no espaço rumando para o interior de uma estrela. Ao abordar a mesma, um grupo avançado descobre uma civilização atrasada que vive em uma espécie de ambiente artificial que simula uma cidade rural semelhante a uma dos EUA do século 18 ou 19, e que não sabem que estão a bordo de uma espaçonave. A comunidade vive em torno de uma religião e de seu líder em uma espécie de teocracia fundamentalista que não hesita em executar os descrentes.

De cara notamos mais uma grande diferença entre “The Orville” e “Star Trek“, na qual é inspirada. No show de Macfarlane, a 1º diretriz, que norteia toda a Frota Estelar na franquia criada por Gene Roddenberry, não existe. Isso fica claro quando o grupo avançado da Orville aborda sem peso na consciência e sem discussões filosóficas, a tal comunidade atrasada. Em “Star Trek” essa abordagem seria discutida pelos oficiais da frota, com todo o cuidado, para evitar que sua presença e tecnologia avançada prejudicasse a sociedade em questão. Pelo contrário, Mercer e seus oficiais abrem o jogo sobre o que está acontecendo para um grupo de rebeldes, utilizam seus equipamentos na frente dos cidadãos sem pudores, tudo porém, para ajudá-los a escapar da sina mortal que os aguarda (morrerem dentro da estrela para a qual sua nave ruma) e de quebra a derrubarem a teocracia em vigência.

Diferente dos primeiros episódios, este não focou em nenhum personagem em particular, apesar de o ser artificial “Isaac” (Mark Jackson) ter tido um certo destaque constrangendo seu capitão com perguntas sobre a sexualidade humana. Aliás, para uma série que se pretendia cômica, as piadas parecem estar ficando cada vez menos frequentes e cada vez mais parecida com uma da franquia “Star Trek”. Entretanto, o sucesso que “The Orville” vem alcançando na Fox é tão estrondoso que talvez esse seja o caminho certo. O público tem gostado. Só espero que isso não renda um processo por plágio por parte da Paramount que detém os direitos de Star Trek. Mas creio que não é o caso.

Quanto ao episódio em si, achei mais fraco que os anteriores. O desfecho se deu muito rapidamente, sem uma trama mais envolvente própriamente dita. Foi tudo muito fácil, o que me deixou um pouco frustrado. Porém, isso não estraga a hype que a série tem gerado e nem o conjunto da obra. As melhores séries tem seus epiusódios menos inspirados. Isso é inevitável.

 

 

 

Jorge Obelix. Ancião do grupo, com milhares de anos de idade. Fã da DC Comics e maior conhecedor de Crise nas Infinitas Terras e Era de Prata do Universo. Grande fã de Nicholas Cage que acha que um filme sem ele nem pode ser considerado filme. Fã de Jeff Goldblum também, e seu maior sonho é ver ambos (Cage e Goldblum) contracenando.

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