STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | Crítica do episódio “Charadas” (2×5)

Charadas é o quinto episódio da segunda temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série, derivada da Série Clássica e de Star Trek: Discovery narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. E embora a gente saiba exatamente o que vai acontecer à quase todos os personagens da série, saber como eles chegaram lá vem importando e muito.

No episódio anterior: A tripulação da Enterprise fica a presa ao redor de um planeta que compromete as lembranças mais pessoais. O capitão Pike precisa salvar sua tripulação e resolver uma violação da Primeira Diretriz antes de se esquecer de quem é!

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Charadas

Charadas é um episódio leve se comparado aos seus antecessores, que incluiam morte, uma vida sem lembranças e até a ausência da Frota Estelar. Infelizmente tal episódio se perde na sua leveza tentando produzir um conteúdo cômico de fundo dramático, exagerando na medida e se tornando quase que uma caricatura.

Em Charadas, Spock (Ethan Peck) e a enfermeira Chapel (Jess Bush) vão investigar uma lua de Kherkov, um planeta do sistema Vulcano. Lá sofrem um acidente e alienígenas incorpóreos acabam transformando Spock em humano. Pra piorar a situação, os sogros de Spock desejam fazer o jantar ritualístico de noivado, aproveitando que a nave está em seu sistema. Portanto o então tenente precisa aprender a lidar com seus hormônios à flor da pele, emoções desenfreadas e em como se tornar um vulcano novamente.

Spock é transformado em humano. Imagem: IMDB

Como diz o velho ditado, “de boas intenções o inferno está cheio” e pelo jeito é este o caminho de Charadas. Embora condená-lo dessa forma seja um pouco injusto, é notado que os roteiristas perderam um pouco a mão na formulação da história, apenas como pretexto de dar continuidade ao triângulo amoroso de T’Pring (Gia Sandhu) x Spock x Chapel. Nessa situação, cabe à diretora Jordan Canning fazer o melhor que pode com o pouco que tem. Dá pra ver que a condução é boa, mas ser um bom piloto nem sempre ajuda a vencer a corrida se o carro está quebrado.

Meia mussarela, meia calabresa

Capitão Pike (Anson Mount) sendo usado como escada para situações cômicas e caricatas, um casal de sogros que parece vir de uma sitcom familiar e um ritual de noivado esquisito demais até para os padrões vulcanos (que já são bem complicados, vide “Tempo de Loucura”, da segunda temporada da Série Clássica). Gia Sandhu consegue criar uma T’Pring tridimensional com o pouco tempo que teve em cena na série toda e o agradável retorno de Mia Kirschner como Amanda Grayson diminui o impacto tragicômico de Charadas.

Spock e sua mãe. Imagem do episódio

E com isso quem brilha em Charadas é Ethan Peck, com um Spock fenomenal que deixaria Leonard Nimoy orgulhoso. Suas nuances de humor e a troca de trejeitos de um ser calculista para outro extremamente emocional é brilhante. Ele consegue conter dentro dele não só um, mas vários personagens diferentes surgidos da mesma origem e faz com que a nota deste epísódio não seja tão baixa como deveria.

Conclusão

Charadas promete, mas não entrega e quase que decepciona por completo. O trabalho de Ethan Peck acaba salvando o episódio de ter uma nota mais baixa. Pelo menos dessa vez a Enterprise foi mesmo onde ninguém jamais esteve – o tédio da temporada.

Nota: 3/5

Anteriormente, em Strange New Worlds…

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