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STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | Crítica do episódio “Amanhã e Amanhã e Amanhã” (2×3)

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Amanhã e Amanhã e Amanhã é o terceiro episódio da segunda temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série, derivada da Série Clássica e de Star Trek: Discovery narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. E embora a gente saiba exatamente o que vai acontecer à quase todos os personagens da série, saber como eles chegaram lá vem importando e muito.

No episódio anterior: Una Chin-Riley é julgada por não ter notificado à Frota Estelar de que era iliriana. Neera, sua advogada e também amiga de infância, consegue inocentá-la das acusações, mas ainda demoraria muito para que a Frota reconhecesse seu erro.

Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!

Amanhã e Amanhã e Amanhã

O nome Noonien-Singh é um sobrenome deveras importante e considerando o desembocar do rio que Strange New Worlds terá, inevitavelmente teriam que passar por ele, ainda mais tendo um personagem que carrega esse mesmo peso. Pois este episódio vai de encontro a este destino, embora não de uma maneira tão performática.

Aqui vemos La’an (Christina Chong) presa em mais uma realidade alternativa onde o capitão da Enterprise é ninguém menos que James T. Kirk (Paul Wesley) e não há Frota Estelar ou Federação dos Planetas Unidos. De fato, Spock (Ethan Peck) é um capitão vulcano em meio a Guerra Vulcano-Romulus, que faz uma curtíssima passagem no episódio. Tudo isso por que um agente que nunca foi visto, de um departamento que ainda não foi criado deu a ela um dispositivo para evitar uma catástrofe.

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O capitão Kirk da Enterprise, mas de oooutra realidade. Imagem do episodio

“Seu legado é genocídio, tortura… e eu!”

O episódio tenta ser uma viagem no tempo com trejeitos de comédia romântica. Enquanto acerta em cheio no primeiro, fraqueja um pouco no segundo. O otimismo desenfreado de Kirk com a preocupação excessiva de La’an gera até que um entrosamento interessante, mas está longe de termos um casal aqui, embora eles se esforcem. Um foco no trabalho em equipe teria funcionado melhor.

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Algumas amizades transcendem séculos. Imagem do episódio

E por falar em funcionar, La’an está mais desenvolta aqui, sem aquela pressão que ela carrega o dia inteiro, como se ser chefe da segurança de uma nave estelar pudesse lhe custar a vida a qualquer instante (na verdade pode, mas acho que vocês entenderam). Com isso há um crescimento absurdo do personagem, em tentar entender suas raízes e saber lidar com seu legado e com suas próprias ações, mesmo que isso indique salvar um genocida. Se você pensou em “A Cidade À Beira da Eternidade” (The City On Edge of Forever, primeira temporada da Série Clássica) então já sabe do que eu tô falando.

Já o Kirk dessa realidade é bem diferente daquela (outra) realidade alternativa mostrada em Uma Qualidade de Clemência , já que é mais desenvolto, ao mesmo tempo mais otimista e muito diferente das versões de Pine ou Shatner para o personagem. Ainda assim, uma versão que cai bem ao episódio.

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La’an e seu antepassado, o genocida Khan (embora não pareça). Imagem: Trek Brasilis

Conclusão

Amanhã e Amanhã e Amanhã tinha tudo pra ser um bom episódio, mas se torna apenas um episódio mediano. Os atores Christina Chong e Paul Wesley impedem que a situação piore. Mesmo assim, é triste ver o final a qual La’an é submetida, de encarar uma realidade que só ela viveu e que dizia muito de si, sem poder nem mesmo desabafar com ninguém. E essa tristeza humaniza o episódio e encobre um poucos as falhas, dando a ele, pelo menos, um final interessante.

Além disso, Amanhã e Amanhã e Amanhã mexe com a continuidade de toda a franquia, alterando o conteúdo de “A Semente do Espaço” (Space Seed, primeira temporada da Série Clássica). Lá, Spock diz que os registros sobre as Guerras Eugências são falhos, localizando-os entre 1992 e 1996. Mas agora sabemos que eles ocorrem bem mais adiante, já no século XXI. Ou seja, Strange New Worlds acaba de criar um retcon, o que vai fazer muito fã por aí torcer o nariz…

Nota: 3,5/5

Anteriormente, em Star Trek: Strange New Worlds…

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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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