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STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Uma Qualidade de Clemência” (1×10)

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Uma Qualidade de Clemência é o décimo e último episódio da primeira temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. E por mais que se tenha capacidade de mudar o futuro, às vezes é melhor que não o façamos…

Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!

Efeito Borboleta

Faz sentido que Pike (Anson Mount) tendo aberto a série, que o episódio de encerramento seja focado nele. O personagem cativou a audiência, o ator trouxe uma interpretação fantástica e seu dilema de conhecer seu próprio futuro é muito interessante. De fato, neste episódio voltamos a este tema e podemos olhar pra ele de uma forma bem diferente. Não só para seu destino final, que já conhecemos muito bem desde a Série Clássica, mas para o futuro da própria série que vem trazendo um novo olhar para velhos conhecidos.

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Pike e seus dotes culinários. Imagem do episódio

Outra característica importante de Uma Qualidade de Clemência é o efeito borboleta que ele apresenta: as decisões de Pike no futuro levam sua tripulação à destinos catastróficos, iguais ou piores que o seu. O grande coração de Pike acaba sofrendo com essas consequências, uma vez que ele já deixou claro que não gostaria que outros sofressem pelo seu destino. Fica pior quando filho de Hansen, Maat, entra na sala. Pike fica assombrado porque Maat al-Salah (Cris River) é um dos cadetes cuja vida estava em perigo no momento em que a placa defletora se rompeu na nave dos cadetes. Mais especificamente, o cadete al-Salah é um daqueles que não sobreviveu, conforme será dito no episódio “A Coleção” (The Menagerie, primeira temporada da Série Clássica).

 

Uma Qualidade de Clemência

Vale a pena comentar que o Comandante Hansen al-Salah é interpretado por Ali Hassan, um ator canadense de ascendência do Oriente Médio. Ou seja, os fãs conservadores vão eriçar suas orelhas de vulcano, já que Hansen original fora interpretado por Garry Walberg, de etnia caucasiana. Tal preconceito também aconteceu com a escalação de Adrian Holmes pra Robert April. Isso não deveria importar, já que não existem preconceitos no espírito de Jornada nas Estrelas, correto?

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Ali Hassan interpretando o comandante Hansen. Imagem: TrekMovie

O visual de Uma Qualidade de Clemência é fantástico, assim como os efeitos visuais, regidos pela direção Chris Fisher e o roteiro sensível de Henry Alonso Myers. O episódio traz uma visão que honra o legado de Kirk e Spock, assim como evidencia a existência fatídica e inconsolável de Pike. Nami Melumad controla a música de um jeito tão glorioso que consegue combinar a música e efeitos do  episódio com “Equilíbio do Terror” (Balance of Terror, primeira temporada da Série Clássica) tal qual como foi exibido em 1966, nota por nota.

Paul Wesley nos entrega uma versão diferente de Kirk, um pouco mais caricaturada e bem mais baseada na terceira temporada da Série Clássica e evidenciada em Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan. Convém lembrar que o James Kirk de “Equilíbrio do Terror”  era bem mais ponderado que este que apareceu em Strange New Worlds. Apesar do comportamento “brigão”, o capitão Kirk das temporadas anteriores era bem mais estrategista e menos militarista. Em “A Licença” (Shore Leave, primeira temporada da Série Clássica), ficamos sabendo que Kirk sofria bullying na Academia por “viver sempre com livros”. Como esse Kirk vem de uma linha temporal alternativa, eu prefiro pensar que esta seria a razão por ele agir diferente.

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Paul Wesley como James T. Kirk. Imagem do episódio

 

Season Finale

Uma Qualidade de Clemência tem também alguns pontos negativos que é importante lembrar. Ortegas (Melissa Navia) sendo preconceituosa não soa nenhum pouco convincente. Além disso, o final com a prisão de Una (Rebeca Romjin) é um pouco anticlimático, mas ao menos serve de pontapé inicial para a temporada seguinte. A ideia do Pike do futuro visitar o Pike do passado, soa como os fantasmas que assombram o velho Scrooge. Além disso, utilizar-se de um episódio já existente na cronologia também não é original, mas é meio que um hábito da franquia. Então passa.

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Una sendo presa no final do episódio. Imagem: StarTrek.com

Uma Qualidade de Clemência encerra muito bem a temporada de uma série que levantou muitos elogios de público e crítica. Uma segunda temporada já está sendo produzida e aguardamos que ela nos agrade tanto quanto a primeira nos agradou. Strange New Worlds tem um futuro definido sim, mas um longo caminho a percorrer até lá. Que o façamos juntos.

Nota: 4/5

Anteriormente em Star Trek: Strange New Worlds…

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Strange New Worlds” (1×1)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Filhos do Cometa” (1×2)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Fantasmas de Ilyria” (1×3)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Memento Mori” (1×4)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Loucuras e Spock” (1×5)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Onde o Sofrimento não Alcança” (1×6)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Serene Squall” (1×7)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “O Reino Elisiano” (1×8)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Aqueles que Vagam” (1×9)


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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