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STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Onde o Sofrimento não Alcança” (1×6)

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Onde o Sofrimento não Alcança é o sexto episódio da primeira temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. Nesse episódio descobrimos que às vezes o gosto do sucesso pode ser muito amargo…

Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!

Clássico da ficção ou ficção científica clássica?

Em toda história de Jornada nas Estrelas, a série raramente fez feio em relação aos clássicos de ficção científica. Futuro sem preconceitos? Medicina avançada? Justiça poética? Todos esses elementos já estiveram presentes em muitos dos episódios espalhados por toda franquia. E agora é a vez de Strange New Worlds nos trazer uma história polêmica, sobre destino e sacrifício. Como Spock já nos ensinou, fazer o certo nem sempre é lógico.

Onde o Sofrimento não Alcança-teleporte

O teleporte que traz problemas a bordo. Imagem do episódio

Onde o Sofrimento não Alcança traz paralelos com a vida real assim como sempre foi na história de Jornada nas Estrelas. Porém, desta vez o tema vem em pequenas e suaves pinceladas de uma forma muito natural. Quando menos se espera, somos atingindo por uma crítica até então velada, mas que se demonstra com força quando evocada. Misturado com um pouco de ação e romance, o episódio tem um tom um tanto sombrio e paralelos com questões contemporâneas, como pobreza, desigualdade de renda e exploração no terceiro mundo.

Onde o Sofrimento não Alcança

Este episódio nos mostra Pike (Anson Mount) se reunindo com uma antiga paixão e embarcando em uma missão em que o sucesso parece muito com o fracasso no final. Interessante ver também que apesar do clichê de um capitão da Frota Estelar se apaixonando por uma bela, embora um pouco manipuladora, alienígena é feita de forma mais doce e natural que o de costume, principalmente pela citação de um envolvimento romântico anterior. E este romance é uma grande oportunidade pra Pike rever o seu destino e embarcar numa jornada emocional poderosa. E nesse momento, Anson Mount deita e rola no papel com toda pompa que lhe cabe.

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Alora é uma paixão antiga do Capitão Pike. Imagem: Escapist Magazine

Se pensar bem, é uma narrativa até que sombria, mesmo para o olhar utópico característico de Jornada nas Estrelas. Por mais que os episódios anteriores trouxessem finais felizes e até pitadas de humor, episódios como Onde o Sofrimento não Alcança servem pra nos mostrar que nem toda história termina bem e nem todo mundo será realmente bonzinho, mesmo aqueles que amamos.

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Spock trocando ideias com o pai (e médico) do Primeiro Servo. Imagem do episódio

Existem dois pontos altos do episódio, que são pontos importantes para a trama e para a mensagem que a história quer passar. O primeiro, é que ninguém realmente imaginava que uma criança pudesse realmente ser sacrificada a vista de todos. Quando a mesma é salva da explosão do cargueiro por ter sido teleportada para outro lugar, realmente acreditamos que ela pode se salvar. Mas na verdade, tudo o que vemos é que ela cumpre o seu destino. E esse é o segundo ponto: totalmente incapaz de lutar contra o destino do Primeiro Servo (Ian Ho), Pike se vê de mãos atadas dentro do seu próprio. Ele não é o tipo de homem que deixaria que outros morram em seu lugar – o que o prende, pra sempre, ao seu final revelado nos cristais de Boreth.

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Pike no Jardim de Majalas. Imagem: Deen of Geek

 

E então?

Onde o Sofrimento não Alcança termina com um gosto amargo. Pike não só fracassa em salvar o Primeiro Servo como também perde alguém que ama, além de confirmar que sim, ele está preso ao seu destino. Além disso, vemos que o ideal utópico da Federação não é tão idílico quanto parece ser: ainda existem pessoas que sofrem, apesar dos esforços para que isso termine.

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Pike e alora no ritual de ascenção do Primeiro Servo. Imagem do episódio

No fim, o episódio nos traz uma amostra de nosso próprio mundo, onde “viramos o rosto” para aqueles que sofrem e muito, em prol de nosso próprio bem. Uma atitude egoísta, mas que no fim, se mostra ser muito enraizada na natureza humana. Para que alguns sejam servidos, outros precisam servir e isso parece certo, embora ainda assim, não seja. Onde o Sofrimento não Alcança não é só uma história, é um tapa na cara sobre aquilo que somos e o que precisamos fazer se quisermos mudar. Ao menos na ficção ainda há esperança.

Nota: 5/5

Anteriormente em Star Trek: Strange New Worlds…

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Strange New Worlds” (1×1)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Filhos do Cometa” (1×2)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Fantasmas de Ilyria” (1×3)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Memento Mori” (1×4)

STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Loucuras e Spock” (1×5)


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Desenvolvedor de sistemas, escritor, jogador de RPG, fanático por jogos de tabuleiro, leitor voraz. Tento salvar o mundo nas horas vagas, mas é difícil por que nunca tenho horas vagas...

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