Séries
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Loucuras e Spock” (1×5)
Loucuras e Spock é o quinto episódio da primeira temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série, derivada da Série Clássica e de Star Trek: Discovery, narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. Nesse episódio trazemos a veia cômica de Jornada nas Estrelas à tona numa sexta-feira muito louca…
Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!
Comédia sem fazer rir
Loucuras e Spock não é o primeiro episódio cômico de Jornada nas Estrelas. O meu preferido, por exemplo, é “Problemas aos Pingos” (Trouble with Tribbles, da segunda temporada da Série Clássica). Não podemos nos esquecer de vários insights engraçados que episódios e filmes já tiveram, como o Capitão Kirk tentando dirigir um carro em “A Cidade à Beira da Eternidade” (The City On Edge of Forever, primeira temporada da Série Clássica), o doutor McCoy colocando ordem na bagunça no final de “Viagem à Babel” (Journey to Babel, segunda temporada da Série Clássica) e Spock chamando de música clássica a canção Sabotage, de Beastie Boys no filme Star Trek: Sem Fronteiras (Star Trek Beyond, 2016).
Temas cômicos também dão ótimos preenchedores de temporada, uma vez que eles não passam a “sensação de ter sido enganado”, assistindo um episódio que não agrega em nada à trama principal. Uma vez que Strange New Worlds é uma série episódica, algo cômico deixa tudo um pouco mais leve e descontraído, mas no caso de Loucuras e Spock, dá pra ir um pouco mais além e apelar também para a nostalgia relembrando de um outro episódio também igualmente bom: “Tempo de Loucura” (Amok Time, segunda temporada da Série Clássica), que é, obviamente, a origem de tudo.
Loucuras e Spock
O episódio abre de forma brilhante em uma recriação do episódio “Tempo de Loucura”, já citado anteriormente, mas desta vez é Spock (Ethan Peck) contra ele mesmo. Na verdade, seu lado humano e seu lado vulcano, degladiando-se no kal-if-fee por T’Pring (Gia Sandhu), abandonada no primeiro episódio pelo chamado ao dever. Incrível como o trabalho de cenário, figurino e até a trilha sonora foi pensada em detalhes para nos trazer toda a emoção que tivemos no episódio da Série Clássica.
A Enterprise está em reformas e por isso a tripulação conseguiu uma folga na Estação Espacial 1. A enfermeira Chapel (Jess Bush) vai se encontrar com um antigo romance (que está mais pra desastre que encontro amoroso) e vai ser acompanhada por Ortegas (Melissa Navia). O doutor M’Benga (Babs Olusanmokun) pretende pescar em uma das bioredomas. Spock, por sua vez, espera sua noiva para acertarem os ponteiros, o que idealiza que pode acontecer depois da missão diplomática que foi incumbido, juntamente com o capitão Pike (Anson Mount), de negociar com os R’Ongovianos.
Com tantos arcos acontecendo ao mesmo tempo, seria de se esperar que o Loucuras e Spock se perdesse entre eles, mas isso não acontece. Aos poucos eles vão sendo resolvidos, um após o outro, para simplesmente se entrelaçarem e terem desfechos muito próximos. Ampliar e reduzir o foco na trama funciona muito bem. E obviamente, não podemos esquecer a trama principal, em que Spock e T’Pring têm suas mentes trocadas de corpos depois de um ritual mal sucedido de conexão de katras.
Nenhum homem jamais esteve?
Troca de corpos não é um fato novo em Jornada nas Estrelas. No episódio “O Intruso” (The Tournabout Intruder, terceira temporada da Série Clássica), o capitão Kirk troca de corpo com Janice Lester, que planeja se apossar da Enterprise. Na época, os fãs consideraram o pior episódio da série, tendo dois pontos a menos que o famigerado “O Cérebro de Spock” (Spock’s Brain, da mesma temporada). Pra nossa sorte, Loucuras e Spock não é um episódio tão descartável assim.
Mesmo assim, está longe de ser perfeito. A trama principal parece funcionar só depois do discurso motivacional do capitão Pike, cuja oratória já deve estar ficando famosa a esta altura. A enfermeira Chapel cria uma química muito maior com Spock nesse episódio, mais que sua própria noiva deveria depois de ter experimentado sua vida. E por fim, La’an (Cristina Chong) e Una (Rebeca Romijn) ficam só como um pano de fundo engraçado que subaproveita as personagens quando elas tentam ser divertidas.
Ter episódios mais brandos e divertidos é uma ótima maneira de se ter uma pausa entre episódios tão agitados como “Memento Mori“, por exemplo. Mesmo assim, numa série episódica como esta, o humor precisaria estar presente com mais ênfase. Eu teria descartado todo restante do elenco na licença, focado em Spock e T’Pring em corpos diferentes e criado inúmeras outras situações inusitadas e (por que não?) atrapalhadas onde pudessem interagir e aprender um sobre o outro. Mesmo assim, Strange New Worlds está longe de nos trazer episódios decepcionantes e, agora descansados, não vemos a hora da próxima aventura.
Nota: 3,5/5
Anteriormente em Star Trek: Strange New Worlds…
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Strange New Worlds” (1×1)
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Filhos do Cometa” (1×2)
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Fantasmas de Ilyria” (1×3)
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Memento Mori” (1×4)
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