Séries
STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Strange New Worlds” (1×1)
“Não importa quantas estrelas existam no céu, não importa quantas galáxias girem além da nossa, não importa quais sejam as probabilidades matemáticas ou o número de vezes que dizemos ‘não estamos sozinhos no universo’… Nossa primeira visita das estrelas é sempre domínio das histórias infantis e da ficção científica. O Primeiro Contato com alienígenas sempre vive diretamente no impossível. O Primeiro Contato é apenas um sonho… até que um dia, não é.”
O começo de tudo
Lá pela reta final da década de 1960, antes mesmo do homem ter ido à Lua, a televisão já nos levava ao espaço com uma tripulação que audaciosamente ia onde nenhum homem jamais esteve. A série Jornada nas Estrelas teve apenas três temporadas, embora estivesse programada para ter pelo menos cinco, mas virou um ícone de cultura pop desde então. Mesmo entre os mais jovens não há quem não conheça o bordão “Vida longa e próspera” ou a saudação vulcana.
Poucos são os que nunca viram uma única aventura da nave estelar Enterprise em sua missão de cinco anos, capitaneada por James T. Kirk (Willian Shatner), galã metido a caubói do espaço (ou ao contrário, se preferirem), com seu primeiro oficial Spock (Leonard Nimoy) e o médico chefe Leonard McCoy (DeForrest Kelley). A oficial de comunicações Uhura (Nichelle Nichols) era símbolo da luta negra contra o racismo e exemplo da força feminina (mesmo um pouco tímida ainda naquela época) e a nave ainda tinha um japonês – o senhor Sulu (George Takei) – e um russo – o alferes Chekov (Walter Koenig) – na ponte de comando, indicando que a humanidade havia superado antigas rixas e que todos colaboravam para um mundo melhor.
Mas o que muita gente não sabe é que a história da Enterprise vem de bem antes. Anteriormente à Kirk, outros capitães se sentaram na cadeira de comando da bela dama do espaço. E é isso que Strange New Worlds vem contar.
Strange New Worlds
Strange New Worlds funciona tanto quanto uma série derivada de Star Trek: Discovery quanto como um prequel da Série Clássica a qual estamos acostumados. Ela conta a história dos tripulantes que antecederam aqueles que conhecemos. A história de Pike e sua tripulação começa no episódio recusado The Cage, para a Série Clássica. Depois, reaproveitado e canonizado no episódio duplo “A Coleção” (The Menagerie), os protagonistas predecessores eram citados, mas bem pouco conhecidos.
O capitão Pike interpretado por Anson Mount fez sua primeira aparição na segunda temporada de Star Trek: Discovery, assim como o conhecido Spock interpretado por Ethan Peck e a Imediato Una (Rebeca Romjim). E o primeiro episódio, curiosamente chamado também de Strange New Worlds começa exatamente onde a segunda temporada de Discovery terminou.
Recluso após os eventos que presenciou, principalmente com a possibilidade de visualizar sua própria morte, o capitão Pike está licença da Frota Estelar, mas o desaparecimento súbito de uma tripulante importante pode ser o incentivo que o capitão precisa para voltar a ativa. E quem melhor pra fazer esse convite que o almirante Robert April (Adrian Holmes), que até então só existia na Série Animada?
Assim, reúne sua tripulação novamente, uma razão para que possamos nos deslumbrar com a visão da Enterprise, por dentro e por fora; além de conhecer cada um dos tripulantes. Apesar do peso de ter o seu destino decretado, Pike ainda carrega as responsabilidades de um capitão e ter dois fardos a serem carregados refletem muito em seu comportamento, graças a fabulosa interpretação de Mount.
O futuro é otimista
Apesar de se basear numa franquia um tanto consolidada, Strange New Worlds tem um caminho um tanto único pela frente, afinal, até então ninguém havia mencionado por onde andou Pike e sua tripulação esse tempo todo. E o primeiro episódio nos dá uma visão muito otimista de onde esse caminho vai dar. Cada personagem em tela tem o seu momento certo de brilhar e dentro de cada um há o potencial para várias histórias.
Ao invés de pensar em uma série além do tempo, os produtores (incluindo Akiva Goldsman que também dirige este episódio) olharam para trás. Strange New Worlds não tem apenas a inspiração na Série Clássica, mas também busca suas similaridades. O visual da Enterprise, por exemplo, remete muito às suas origens, mas ainda assim, parece bastante moderna. O mesmo pode-se dizer dos apetrechos que os personagens utilizam: um retrofuturismo gostoso de se olhar.
E a história que deu origem a tudo, também se complementa. Já nesse mesmo episódio, temos uma visão do quão otimista o futuro tende a ser mais uma vez. O discurso inflamado contra a guerra feito pelo capitão Pike (enquanto faz uma apresentação de Power Point tirada sabe lá Deus de onde) é uma boa noção disso. E não é um discurso de repreensão nos envolvidos, muito pelo contrário. Chega a ser acolhedor.
Strange New Worlds traz Jornada nas Estrelas de volta à série episódica (onde cada episódio é uma história independente), diferente das serializações que estavam surgindo, como Discovery e Picard. Com um plano mais fechado e sem a necessidade de criar grandes conexões pra se fazer uma história, o trabalho fica mais fácil de ser realizado pela produção, tornando o espetáculo muito mais palatável.
Terminei o episódio acreditando imensamente no potencial da série e acho que se você assisti-lo também, vai acabar concordando comigo.
Nota: 5/5
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