Críticas
JOGO DO DISFARCE | Um filme que disfarça sua real qualidade
Quando um ator termina um trabalho que lhe tomou muito tempo (como uma série longa) ou que lhe marcou muito (como um papel muito importante em um filme famoso), é comum que ele tome algumas atitudes: ficar afastado um pouco, dando tempo para que seu público aproveite o material distribuído; usar a exposição recente como um trampolim para outros trabalhos; ou ainda alimentar essa fama para aumentar ganhos e glórias, correndo o risco de ficar marcado pelo papel.
Kaley Cuoco, a nossa eterna Penny de The Big Bang Theory aproveitou a fama pra engatar trabalhos valiosos e dar um “up” na carreira. Logo após o fim da série ela já entrou como dubladora oficial da Arlequina na série animada da HBOMax. Já em seguida foi produtora e protagonista da série The Flight Atendant, uma série de comédia dramática. E já emendou o filme O Homem de Toronto, comédia com Kevin Hart. Com exceção de Arlequina, cujo trabalho é excepcional, todos os demais tiveram ao menos uma recepção razoável de crítica e público.
E aí veio Jogo do Disfarce.
Jogo do Disfarce
Jogo do Disfarce (Roleplay, 2024) é o mais recente filme de Kaley Cuoco, estreando em janeiro no Prime Video. Com direção de Thomas Vincent e roteiro de Seth Owen, o filme conta a história de Emma (Kaley), uma assassina profissional que esconde sua profissão de sua família. Ao ser exposta por Bob, um mercenário que deseja lucrar com sua identidade, ela precisa usar suas habilidades pra proteger sua família.
O filme gosta de brincar com esse titulo de “disfarce“, por que ele tenta se vender como comédia de ação, passa uma boa parte tentando ser uma comédia romântica e no final quer ser um filme de ação – e infelizmente falha em todos os aspectos. David Oyelowo vive Dave, o marido de Emma. O ator parece mais perdido no filme que cego em tiroteio. Os atores mirins, que fazem os filhos do casal são totalmente subaproveitados e quase irrelevantes para a trama.
Bob é interpretado pelo talentosíssimo Bill Nighy, que se sente muito a vontade nos poucos minutos que permanece em tela. Connie Nielsen, famosa por Gladiador, Advogado do Diabo e o mais recente Mulher-Maravilha, se dá muito bem no papel de Gwen, a grande vilã do filme, mesmo que seja uma vilã pasteurizada e totalmente cheia de clichês. O mesmo porém não dá pra dizer de Kaley Cuoco, que apesar de uma beleza estonteante e de uma performance cômica louvável, fica muito a desejar nas cenas de ação e nas performances atléticas. O uso de dublês é visível na maioria das cenas e nas poucas que não é, fica perceptível a falha da atriz em vários movimentos.
Conclusão
Jogo do Disfarce é um filme clichê, mas com conteúdo um pouco abaixo do esperado, fazendo dele um filme facilmente esquecível. A protagonista é cativante mais pelo charme da atriz do que pelas suas características abordadas no filme. A direção é desgovernada, alternando entre as formas de transmitir a mensagem do filme, fazendo com que ela nunca chegue. Vai fazer sucesso numa viagem de avião, num domingo de marasmo ou numa noite de insônia, mas nada além disso. O que é uma pena para os envolvidos, que mereciam algo melhor.
Trailer oficial:
Nota: 2/5
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