STAR TREK PICARD | Curiosidades e surpresas escondidas em “Farewell” (2×10)

Farewell é o décimo e último episódio da segunda temporada de Star Trek: Picard. Encerrando a temporada, trazemos aqui as curiosidades e surpresas que foram localizadas. Se você perdeu a análise de Farewell, clique aqui. Comente também caso tenha visto uma surpresa não listada aqui ou se achou algum erro no texto.

Desnecessário informar, esse texto possui spoilers!

Curiosidades

Esta é a sexta vez que Akiva Godsman, produtor executivo da série, escreve um episódio para Picard. Ele também escreveu e dirigiu o primeiro episódio da série Star Trek: Strange New Worlds, que estreou no mesmo dia.

O roteirista e produtor Akiva Goldsman. Imagem: Wikipedia

Farewell foi dirigido por Michael Weaver, que também dirigiu o episódio Esconde-Esconde. Essas foram suas primeiras atuações como diretor, ele trabalhou por mais de dez anos como diretor de fotografia.

Wesley pede a Kore que o encontre no endereço Lowry Avenue nº 460, mas esse endereço não existe. O encontro aconteceu no Echo Park, região do Eastside de Los Angeles.

Echo Park em Los Angeles. Imagem: Pinterest

Surpresas Escondidas (easter eggs)

Este episódio estabelece que as viagens no tempo vividas por Picard e sua tripulação durante o curso desta temporada sempre fizeram parte da história da linha do tempo real, criando assim um ciclo temporal significativo envolvendo a história da Terra. Em outras palavras, suas alterações no passado ficaram registradas no presente como sendo oficiais. Outras viagens com impactos semelhantes podem ser vistas nos episódios “Passado Imperfeito” (Past Tense, de Deep Space Nine), “Fim do Futuro” (Future’s End, em Voyager), e até mesmo no filme Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato.

Os efeitos acima podem ser notados quando Picard se lembra de que seus ancestrais encontraram o dano causado pelo tiroteio contra os borgs em Esconde-Esconde ao se mudarem de volta para o Château Picard durante o século 21. Além disso, Guinan também afirma que sempre se lembrou de seu encontro de 2024 com Picard, mas decidiu não revelá-lo prematuramente.

Picard salta para o teleporte de Tallin da mesma forma que a doutora Gillian faz no teleporte de Kirk em Jornada nas Estrelas IV: A Volta pra Casa.

Dra Gillian saltando dentro do teleporte de Kirk. Imagem do filme.

Soong retira de uma gaveta uma pasta antiga intitulada Projeto Khan, com a data de 7 de junho de 1996. Esta data é referenciada no episódio “A Semente do Espaço” (Space Seed, 22º da primeira temporada da Série Clássica), dizendo ser esta o fim das Guerras Eugênicas, onde ocorreram modificações genéticas desreguladas e a criação de “super-homens” com a intenção de melhorar a humanidade. Foi nessa data que Khan e seus comparsas foram banidos da Terra. Não se sabe se este projeto é uma continuação destes eventos ou se Picard pretende lançar um retcon em cima do personagem.

Khan Noonien-Singh em A Semente do Espaço. Imagem do episódio

O descendente de Adam Soong, Arik Soong, se envolveria com os descendentes dos humanos aumentados no episódio “Os Aumentados” (The Auguments, de Enterprise). O episódio é a conclusão dos eventos vistos em “Estação Polar 12” (Cold Station 12) e “Fronteira” (Borderland), da mesma série. Todos se referenciam a história de Soong e/ou a manipulação genética.

Wil Wheaton reprisa mais uma vez seu papel icônico de Wesley Crusher. Wesley apareceu pela última vez no filme Star Trek: Nemesis de forma bem curta e sem diálogos. O personagem teve sua última apresentação no episódio “O Fim da Jornada” (Journey’s End), da sétima temporada de A Nova Geração. O ator, no entanto, continuou trabalhando com a franquia sendo o principal apresentador do programa de entrevistas sobre Jornada conhecido como The Ready Room.

Wheaton como apresentador o The Ready Room

Crusher compara a linha do tempo a uma tapeçaria requintada, onde cada fio é importante o suficiente a ponto de arriscar desenrolar a tapeçaria com fios soltos. Jean-Luc Picard usou anteriormente uma analogia semelhante para descrever sua própria vida no episódio “Tapeçaria” (Tapestry, de A Nova Geração).

Os Viajantes são considerados guardiões da linha do tempo e revelados como os seres que despacham Supervisores como Gary Seven e Tallinn.

Paradoxos temporais

A segunda temporada tratou de viagem no tempo e em vários momentos somos expostos aos paradoxos temporais. Os paradoxos são inconsistências lógicas geradas ao se alterar a linha do tempo. O mais conhecido e clássico deles é o Paradoxo do Avô, onde matar seu próprio avô não geraria o viajante (e consequentemente não teria o assassinato e por aí vai). Entender como funcionam é interessante e aumenta a experiência em ver a série.

Mas o paradoxo que a série utiliza é o Paradoxo do Deslocamento em Trânsito. Neles os viajantes levam consigo seu próprio tempo, ou seja, carregam o status quo das informações consigo. Eles não são afetados pelas modificações do passado, mas ao retornarem para o seu próprio tempo, verão as modificações que causaram. É o paradoxo mais sacana de todos, por que permite a alteração do passado sem sofrer todas as suas consequências.

É por isso que Rios não está mais no comando da Stargazer ao retornarem para o presente, mas mesmo assim uma tripulante ainda se lembra dele. Depois de passarem pelo passado e voltarem ao presente, este mesmo presente não é o mesmo que saíram, embora seja semelhante e a linha do tempo continua em frente. Na imagem abaixo, os viajantes vivem o presente (linha amarela), vão para o passado, onde fazem suas alterações (linha vermelha) e retornam a um presente modificado (linha laranja) que é idêntico de onde estavam, mas com as suas modificações, seguindo a um novo futuro. Este Paradoxo é usado também em Vingadores: Ultimato.

Paradoxo do Deslocamento em Trânsito

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