STRANGE NEW WORLDS | Análise do episódio “Aqueles que Vagam” (1×9)

Aqueles que Vagam é o nono episódio da primeira temporada de Star Trek: Strange New Worlds. A série narra as aventuras da tripulação da Enterprise anos antes dela ser comandada pelo Capitão Kirk. A gente percebe que este episódio a tenente Ripley tiraria de letra, mas ela seria capaz de salvar nosso coração?

Atenção tripulação! Ativar alerta de spoilers!

Aliens, O Resgate

Aqueles que Vagam traz uma ótima atmosfera de terror. Pouca iluminação, fumaça, uma criatura correndo pelas sombras… Mesmo assim, talvez devido a natureza episódica, o tom apressado das coisas acaba prevalecendo. Isso não é de todo ruim e de nenhuma forma desabona um episódio como esse. Acaba sendo só uma qualidade negativa numa sopa de bons eventos que é gostoso de apreciar.

A nave USS Peregrine, que possui um perigo mortal. Imagem do episódio

Una e Ortegas são jogadas pra escanteio. Mal aparecem no começo do episódio para retornarem apenas no final. Alias, todo talento de Rebeca Romijn e sua personagem Una foram muito mal aproveitados em quase todos os episódios. Sam Kirk (Jean Deannotte) foi colocado abaixo da hierarquia de Spock no departamento de ciências assim que foi apresentado. Ou seja, gritar e criticá-lo um superior daquela forma o colocaria em maus lençóis. Deveras desnecessário esse “surto covarde com arroubos de coragem”.

Em Aqueles que Vagam temos também o evento clássico de Jornada nas Estrelas, de sermos apresentados a novos personagens que são introduzidos unicamente para morrer. Não se espera nem ao menos que se crie um laço com eles para que sua morte seja, de fato, sentida. O que enfim nos leva a Hemmer, interpretado por Bruce Horak.

Aqueles que Vagam

Hemmer não teve um arco próprio, diferente por exemplo, de La’an, Uhura e até mesmo Una. Ele surge nos últimos segundos do primeiro episódio e em alguns outros ele nem sequer dá as caras. Mas não importa – sua pequena participação sempre nos rouba a cena. No entanto, ele fica restrito a uma mera “escada” ao arco de Uhura dentro da Enterprise, firmando o caminho da cadete até a mesa de Comunicações da nave. 

Hemmer e Uhura. Imagem: Plano Crítico

E o melhor, obviamente fica pro final. O clima de tensão e terror do episódio é muito bem construído com ajuda da fotografia azulada e escura. Aqueles que Vagam trata o adversário, uma criatura letal tão bem quanto seus episódios antecessores, como “A Armadilha” (The Man Trap, primeiro episódio da primeira temporada da Série Clássica) ou “O Inimigo Interior” (The Enemy Within, também primeira temporada da Série Clássica).

A história de Hemmer na Enterprise termina de forma abrupta. O engenheiro pacifista tinha um potencial absurdo pra render muitos e muitos episódios. Mesmo assim, foi uma audácia enorme da série eliminá-lo agora, justo quando criávamos uma enorme empatia. É nessa hora que o ápice do episódio acontece. A navegação espacial não é uma coisa fácil, como caubóis e índios da década de 1960, assim como a Série Clássica queria mostrar. Strange New Worlds começou de forma fantástica e ao que parece, caminha para um encerramento de temporada igualmente bom.

Nota: 4/5

Anteriormente em Star Trek: Strange New Worlds…

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