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SDCC2022 | PAINEL JACK KIRBY – Por REX – O cachorro nerd

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SDCC2022 | JACK “THE KING” KIRBY

Olá, tripulação nerd! Aqui é o REX, o cachorro nerd, e hoje: O que esperar do painel da SDCC2022, JACK “THE KING” KIRBY.

Em toda San diego comic-con há um painel de tributo ao maior nome dos quadrinhos de super heróis, aquele que estava lá desde o inicio e que mudou toda a indústria, sendo fonte de inspiração para todos os demais artistas da arte de quadrinhos, seu nome é Jack Kirby.

 

Na Comic-com de San Diego de 2022, Jack Kirbyfoi homenageado no grande Painel H. O “Rei dos Quadrinhos” e criador de grande parte dos super-heróis da Marvel. O Painel abriu no dia 24 e contará com a presença de Frank Miller, o editor Steve Saffel, Rand Hoppe e o neto Jeremy Kirby palestraram sobre o Mestre Kirby, sua obra, vida e sua importância e influencia na indústria do quadrinho americano de super heróis.

 

No painel dedicado ao mestre Kirby houve também a exposição de milhares de obras originais do próprio Kirby.

 

A história do REI

Jacob Kurtzberg nasceu em 28 de agosto de 1917 em Nova York, filho de imigrantes judeus austríacos e adotou pseudônimos quando começou a trabalhar com HQs: Jack Curtiss, Curt Davis, Ted Grey. O nome Jack Kirby foi adotado em 1939, quando Kurtzberg tinha três anos de carreira e foi o nome que pegou. Além de ser próximo da pronúncia do seu nome real, era uma homenagem a um de seus ídolos no desenho, o cartunista Rollin Kirby (1875-1922), primeiro vencedor de um Pulitzer por cartunismo. Kurtzberg também achava que “Jack Kirby” soava forte como o nome do ator James Cagney, e brigava com quem dissesse que usava pseudônimo para esconder que era judeu.

 

 

Durante a infância e adolescência, Jack Kirby era quase um delinquente juvenil, inclusive participava de gangues. Era violento e por pouco não entrou para a vida do crime, mas por volta dos 12 anos, encontrou numa sarjeta uma revista pulp que tinha um foguete na capa e se apaixonou. Kirby teve pouquíssima formação acadêmica e era autodidata, apaixonado por Hal Foster e Alex Raymond e seus trabalhos.

“Eu vi uma revista flutuando perto de um bueiro, e pulei para salvá-la bem antes de ela cair para o esgoto”, relembrou anos depois. “Havia algo na capa que nunca tinha visto na vida, ela era incrível! Tinha naves espaciais e cidades futuristas. Foi aí que algo se solidificou na minha mente.” – Jack Kirby

Na adolescência, Kirby trabalhou como animador no estúdio de Max Fleischer (autor de Popeye e outros personagens) e depois para Horace T. Elmo, quando exercitou sua versatilidade fazendo desde tiras de marinheiros e ciganos a ficções sobre viagem no tempo. Aprendeu a cumprir prazos no estúdio de Will Eisner e Jerry Iger, em que trabalhou ombro a ombro com os também jovens, Bob Kane (cocriador do Batman) e Lou Fine (um dos artistas de The Spirit).

 

 

O fim da década de 1930 foi um ponto de virada em sua carreira: em 1938, o Superman apareceu pela primeira vez nas páginas da edição inaugural da Action Comics, reunindo os elementos da ficção científica e da literatura pulp que encantavam Kirby, mas combatendo problemas do mundo real, como políticos corruptos e o crime organizado, que ele conhecia bem. Nessa época, ele firmou parceria com Joe Simon, com quem criaria dezenas de títulos e personagens.

 

Primeiros trabalhos

Sua primeira grande criação, em parceria com Joe Simon, para a Timely Comics (que viria a se tornar a Marvel): o Capitão América (muito inspirado no THE SCHIELD, um herói que surgiu pouco antes) que surgiu socando Hitler em sua primeira capa, em 1940. Jack Kirby foi convocado para a segunda Guerra em 1943, dias antes do dia D, e quase perdeu as pernas devido a ferimentos.

 

 

O trabalho com a criação e publicação do Capitão América rende muito sucesso e dinheiro e obvio acabou acarretando problemas entra a dupla Kirby e Simon contra a Timely/Marvel o que acarretou na saída dos dois que foram para a National/DC comics e já temos aqui um dedinho de Stan Lee nesse desligamento. Na National/DC eles começam a trabalhar num personagem da casa chamado SANDMAN e logo criam o seu próprio o MANHUNTER (CAÇADOR) entre outros.

Kirby trabalhou com muitas editoras e numa deles ele criou uma edição chamada YOUNG ROMANCE em 1947, um tipo de material muito inspirado nos pulps de romance femininos. Criando assim a primeira edição voltada para o publico feminino. Foram tão bem recebidas, que suas vendas foram próximas a 1.000.000 de copias vendidas em poucas semanas.


Os gloriosos anos 60

No inicio dos anos 60, Jack Kirby retorna à Marvel e junto com Stan Lee começa a mudar a editora e sua linha editorial. Essa mudança começa na criação do QUARTETO FANTÁSTICO, que diferente dos heróis e grupos de heróis existentes, era uma família de heróis, com problemas e discussões cotidianas de uma família, com poderes estranhos e com a linguagem visual do Jack Kirby. Resultado? sucesso absoluto e ouso dizer, aqui se inicia a era de prata, foi uma edição tão importante para os quadrinhos como ACTION COMICS #1 foi na sua época.

 

 

Devido ao grande sucesso do quarteto e inspirado no COISA, a sua segunda criação foi outra figura monstruosa, o HULK. Logo também é reintroduzido o HOMEM-FORMIGA, personagem antigo na ATLAS COMICS (nome anterior da MARVEL), surge então o THOR, que a principio poderia ter sido uma criação inspirada nos deuses e mitologia grega, mas que Kirby optou, acertadamente, por se inspirar na mitologia nórdica. Logo ele cria o HOMEM DE FERRO e também recupera o NAMOR, personagem antigo da editora.

 

 

Com as boas vendas e sucesso dos personagens, a Marvel se sente segura e cria seus grupo de super heróis, OS VINGADORES e mais pra frente criam os X-MEN. O ritmo de trabalho do Kirby é tão intenso que entre 1962 e 1964 ele desenha mais de 3.000 páginas de quadrinhos, mais de 280 capas, Jack Kirby era o responsável por todos os layouts das primeiras edições de todas as edições diversas da Marvel, qualquer dúvida que os demais desenhistas da casa tinham, era com Kirby que eles iam se orientar, e estamos falando de grandes nomes da indústria, nomes como: John Buscema, John Ramita sênior, Wally Wood etc, artistas novos que entravam na casa das ideias eram orientados e aprender como o Kirby fazia, sua dinâmica, seu processo, seu estilo, narrativa, qual o método de trabalho.

Kirby acompanhou tudo que foi feito naquele inicio de Marvel. Jack Kirby não criou um ou dois grandes personagens icônicos na indústria dos quadrinhos, que já seria um grande feito, Jack Kirby criou ou foi cocriador de uma editora inteira e de centena de heróis, vilões, parceiros, mundos e cidades icônicas no mundo dos quadrinhos, não por acaso, ele é conhecido e reverenciado como O REI.


Indo para a DC

Descontente com a Marvel e a forma como ele era deixado de lado como um dos criadores que praticamente tudo na editora em favorecimento apenas ao Stan Lee. Jack Kirby rompe com a editora no inicio dos anos 70 e vai para a concorrente, a DC COMICS, onde ele começa a desenvolver e apresentar o QUARTO MUNDO, ETRIGAN, KAMANDI, OMAC, entre outros.

 

 

Em 1975 ele retorna a Marvel e dá continuidade ao seu grande personagem e criação, o Capitão América, inclusive introduzindo o personagem FALCÃO e a criação dos ETERNOS, retoma o PANTERA NEGRA, outro personagem criado por ele.
Nesse período, Kirby retomou alguns trabalhos antigos e histórias de terror que ele escreveu anteriormente e retomou esse estilo.

 

 

Já nos anos 80, Kirby faz alguns trabalhos isolados para algumas editoras e até alguns trabalhos na área de animação com a Hanna-Barbera entre eles o Thundarr, o bárbaro onde ele trabalhou no design de produção do programa e os personagens principais foram desenhados pelo também quadrinista Alex Toth e Centurions: Power Xtreme onde juntamente com Gil Kane contribuíram com designs e concepts.

Em 1987, depois de muita luta, finalmente a Marvel comics devolve cerca de 1800 páginas de originais para o Jack Kirby. Era a vitória numa luta de décadas onde as editoras davam pouco ou nenhum reconhecimento aos seus artistas.

O último trabalho do Rei foi na IMAGE COMICS com o lançamento de Phanton Force.

 

 


A importância do Rei

O Rei nos deixou em 1994. Jack Kirby foi O maior quadrinista de super heróis de todos os tempos, idolatrado e respeitado por todos os quadrinistas e desenhistas desse mercado. Kirby foi o respeitado como criador de conceitos, modos, narrativas gráficas, métodos, estilos e todo um universo que tanto amamos hoje em dia. Kirby tinha uma imaginação fora de série, uma criatividade extraordinária e um dinamismo raro de se encontrar. Todas as suas histórias e ilustrações são vivas, fortes e dinâmicas. Há vida ali, eletricidade, poder, movimento e tudo isso dentro de um estilo reconhecível e único.

Há história sendo contada em cada página, seus desenhos falam por si e já fazem o leitor viajar antes mesmo de ler o primeiro texto, Kirby foi um dos primeiros a entender que uma imagem comunica mais do que mil palavras.

 

 

Kirby desenhou de tudo um pouco, de super-herois a terror, de quadrinhos para publico feminino a quadrinhos para adolescentes, histórias épicas envolvendo galáxias inteiras, contos absurdos e inimagináveis, heróis de guerra, soldados, selvagens, deuses, animais, famílias, e quase tudo que você quiser imaginar e coisas que só ele conseguiria. Poucos artistas conseguem dar o impacto necessário as suas histórias como o Rei conseguia e todos que hoje conseguem, reverenciam a Kirby como o criador desse estilo de arte chamado quadrinho de super herói.

Eu sou o Rex, o cachorro nerd e eu conquistarei o quarto mundo.

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Olá, pessoas! Meu nome é Josemar Torres, carioca, pisciano, barbudo, viciado em games FPS, estratégia e RPG, series, ficção científica, gibis, desenhos, filmes e é isso. agora deixa eu ir ali que a tia do batema está no telefone e quer falar comigo. fui.

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