Filmes
Crítica | Estou Pensando em Acabar com Tudo (É tão ruim? Sim é!)
Certo, vamos lá!
Há algumas obras que propõe o desconexo poético que flerta com a loucura. No fim delas geralmente vemos algo que liga as pontas e as cruzam, onde finalmente percebemos a intenção de toda a proposta. Isso é um tanto perigoso, pois esse nó que dirá se a obra, após gerar um monte de expectativas, é boa ou ruim.
Em Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças – talvez a obra mais famosa do diretor Charlie Kaufman (responsável por Estou Pensando em Acabar com Tudo) – temos poesia sem pegar pesado nelas. É tudo muito misterioso e belo, uma história que te faz pensar por muito tempo, talvez pela vida toda.
Já em Estou Pensando Acabar com Tudo temos um filme que declama poesias e filosofias urbanas o tempo inteiro em diálogos que dizem coisas factuais e embasadas, mas completamente irrelevantes ao proposto. Não são reflexões difíceis, mas elas exigem uma certa bagagem filosófica e sensível, que te fazem trabalhar a mente por muitos minutos. Isso seria um exercício interessante, se houvesse algum propósito crível e lógico. São diálogos paradoxais que dizem muita coisa, mas, ao mesmo tempo, não dizem absolutamente nada. Um completo desperdício de tempo e raciocínio…
O filme conta a história da namorada de Jake (sem nome correto, aparentemente), que concorda em fazer uma viagem longa até a casa dos pais dele para conhecê-los. Lá, porém, coisas estranhas começam a incomodá-la e tudo perde completamente o sentido (literalmente).
Não sei como explicar isso, mas vou tentar: O Show de Truman, Brilho Eterno de uma Mente Sem lembranças, Ilha do Medo, Vanilla Sky, até mesmo o Entre Abelhas do Fábio Porchat são obras que avançam de leve na psique de forma humilde, mas deixam marcas profundas em quem vê. Valorizo demais quem consegue dizer coisas complexas e fundamentais com palavras simples. Todavia, quem fala complicado de forma leviana e vazia não me atrai a atenção, e isso aconteceu aqui.
Normalmente, eu termino todos os filmes e nesse eu quase desisti. Há também o fator dele tentar executar ensaios gerais sobre a mente e a passagem de tempo através de acontecimentos mundanos, isso além de apostar na loucura e suspense como isca ao espectador, e isso é ótimo para deixar qualquer um curioso. Mas não durou muito tempo para mim, terminei mesmo foi na força da vontade de que tudo acabasse logo (No melhor trocadilho com o título, o que mais pensei foi “Estou Pensando em Fechar o App e Acabar com Tudo isso Logo”).
O final é lógico, as pistas para ele se dão o tempo inteiro, desde os primeiros instantes. O show de dança no fim lhe dá um possível acontecimento num plot twist inesperado, mas genérico – algo que pode ser ou não mais uma loucura da mente perturbada do verdadeiro protagonista.
De certa forma, foi em si uma experiência não totalmente perdida, pois a edição e o elenco são fantásticos. Além disso, como já disse, exercitou um pouco minha mente. Mas, sendo muito sincero, eu não recomendo para ninguém.
Claro que é uma questão de gosto. O melhor a se fazer é assistir e ter sua própria opinião, o longa está disponível na plataforma Netflix.
Depois, conta para gente o que achou!
Quer saber mais sobre a cultura POP? Fique ligado no Nerdtrip!
SIGA-NOS nas redes sociais:
FACEBOOK: facebook.com/nerdtripoficial
TWITTER: https://twitter.com/Nerdtripoficia3
INSTAGRAM: https://www.instagram.com/nerdtripoficial/
VISITE NOSSO SITE: www.nerdtrip.com.br
OLD BUT GOLD | 5 filmes esquecidos que são ótimos! #4
O PODEROSO CHEFÃO III | Longa será totalmente reformulado com novo corte do diretor
007 SEM TEMPO PARA MORRER | Uau! Novo trailer movimentadíssimo do próximo filme do espião inglês