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A FUGA DAS GALINHAS 2 I Mais ação, menos impacto (com spoiler)

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Ginger e sua turma estão de volta em uma aventura que promete ser tão ameaçadora quanto emocionante. Após 23 anos, o stop motion, agora em parceria com a Netflix, está de volta com uma trama que faz sentido para uma sequência. Ginger (Thandiwe Newton) e Rocky (Zachary Levi) agora tem uma filha, Molly (Bella Ramsey), tão destemida quanto a mãe. Seu espírito aventureiro não demora a se manifestar, com a curiosidade para explorar o que existe além da pacífica ilha. O que ela não sabe é que a maior ameaça das galinhas, Melisha Tweedy (Miranda Richardson), está de volta com um plano maléfico de vingança.  

Assim como o primeiro filme, temos uma mensagem profunda e inspiradora, que fecha com chave de ouro na última cena do longa. No entanto, como ocorre com muitas sequências, A Fuga das Galinhas 2 acaba não conseguindo impactar com a mesma eficiência. No primeiro filme, as galinhas, movidas pelo desejo de liberdade, trabalham juntas e terminam construindo um avião, sua última esperança para fugir… a cena que levantam voo e logo são impedidas pelo Sr. e Sra. Tweedy, é memorável assim como a trama por si só, não gerando o mesmo impacto emocional das cena finais desta sequência.

Esse segundo filme é visivelmente menos cru, fugindo da simplicidade e da atmosfera mais sombria do primeiro. Um ponto positivo pois não queremos dois filmes parecidos… porém, em termos de nostalgia, essa diferença (deixando até o longa com um ar mais infantil) viria como um ponto não tão positivo.  Bem mais colorido e com cores vívidas (graças aos novos cenários), o conceito de não cru também pode se aplicar ao roteiro. A ação entra com força, dando a sensação de muita ação, pouca substância. Muito acontece em questão de pouco, e quando Tweedy aparece encima do caminhão que as galinhas usam para fugir (nem vemos como ela consegue esse feito), vem a sensação de que o filme alcançou o exagero.  

Os personagens retornam mantendo o carisma, enquanto os novos, especialmente Molly, conquistam. Escutando uma única frase sair da boca de Ginger e de Molly, já se pode sentir que as atrizes escolhidas para a dublagem foram uma excelente escolha. Temos também o desenvolvimento de Ginger, que não poderia ter sido melhor escrito. O retorno da Sra. Tweedy foi uma ótima ideia, afinal, faz todo o sentido. Os personagens são, com certeza, um dos pontos fortes do filme. 


Julia começou a escrever romances em 2011. Em 2017, ingressou na área do Cinema, estudando no Uruguay e fazendo cursos no Brasil na Academia Internacional de Cinema. Neste meio tempo, escreveu roteiros de curta-metragens e longas. Está atualmente se dedicando ao seu novo projeto de filme e escrita de crítica de filmes e séries.

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