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O Homem Invisível | Impressões por Konno

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O Homem Invisível (The Invisible Man, 2020) é baseado no livro homônimo de H. G. Wells, uma obra incrível de 1897 que fala sobre um cientista obcecado em alcançar a invisibilidade através da ciência. Essa grande questão, ser invisível à sociedade, é um tema interessante e já ganhou outras adaptações. As mais memoráveis para mim são O Homem Sem Sombra (Hollow Man – 2000, com Kevin Bacon) e a série Homem Invisível (The Invisible Man – 2000). Enquanto o primeiro tratava da loucura em que um homem pode chegar através de poderes e obsessões; o segundo, por outro lado, tratava de questões intimistas mais leves e quase banais. Mesmo um tanto fraca, há um fato na série onde ao ficar invisível, Darien conseguia ver uma sombra e tentava caçá-la, sempre sem sucesso. A revelação do que era aquela tal sombra de luz é poética e cai bem ao tema.

 

 

Agora, ganhamos uma outra adaptação de peso sob um novo olhar.

 

 

O Homem Invisível novamente traz o cientista, mas aqui a construção científica é deixada um pouco de lado para focar na protagonista. Cecília (Elisabeth Moss) é uma mulher que foge de um relacionamento altamente abusivo e fica paranoica, com Síndrome do Pânico. Ela não consegue nem mesmo sair de casa, com medo de que Adrian, seu ex, apareça e machuque-a. Essa tortura parece chegar ao fim quando um dia ela recebe a notícia de sua morte, onde o mesmo deixou uma herança milionária, oriunda de sua genialidade física-científica.

 

 


Aparentemente em uma nova vida, Cecília parece cada vez mais se recuperar dos abusos. O que não demora muito, pois ela começa a ver coisas estranhas ao seu redor. Com algumas passagens tensas, o homem que a maltratou parece rodeá-la o tempo todo, como um fantasma. Essa impressão fica cada vez mais forte até se transformar em terror puro, quando ela percebe que Adrian realmente está lá, invisível.

 

 


E é excepecional como o diretor Leigh Whannel sabe criar o suspense. Através de cenas calmas e lentas, ao estilo Atividade Paranormal (Paranormal Activity, 2007), você fica procurando o vilão, totalmente imerso na situação. Além disso, todos os problemas apresentados na trama são passíveis de interpretação: Adrian realmente voltou ou Cecília está completamente louca e tudo aquilo é fruto de uma mente lunática e destruída pelo abuso? Mas não se engane! Embora tenhamos essa cota de interpretação, o filme assume a história que quer contar rapidamente e logo sabemos o que está acontecendo de verdade. O problema é que é tudo tão bem feito, que mesmo já sabendo da verdade, custamos a acreditar se realmente estamos vendo o que estamos vendo (ou não vendo! Há!).

A atriz é excelente. Suas expressões de desespero são críveis e bem trabalhadas.

 

 


Não é um filme perfeito, eu achei o final um pouco anti-climático, mesmo com toda a ação do clímax. É sim poético à sua maneira, só que ficou aquela sensação de que faltou algo… sabe?

 

 


No fim das contas, é um excelente entretenimento de suspense e merece ser visto. Há um pouco de violência explícita, mas nada além do que o gênero costuma ter e não há cenas de sexo (vale ressaltar para você que costuma ver em família).

 

Recomendo muito!

 

Veja o trailer:

 

 

E aí: já assistiu ao filme? Gostou? Conta pra gente!!
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Escritor, Blogueiro, Desenhista, Capista, Gamer, Leitor, Telespectador e Entusiasta dos Animais (principalmente dos Dogs). Tenho histórias pela Editora Draco, Amazon, Editora Buriti e Editora Nébula. Também trabalho com Marketing Digital e e-commerce. Gostou de um texto meu? Vem conversar comigo!

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