Dorama
CRÍTICA | Alice é um drama que começa bem, mas tropeça em roteiro bizarro!
Alice é um dos doramas que fez sua estreia em outubro, trazendo um enredo com elementos de ficção científica sob a direção de Baek Soo Chan. A obra chegou com uma premissa interessante e com muitas cenas de ação, além de uma história envolvendo um tema cada vez mais comum recentemente nas produções coreanas, as famosas viagens no tempo.
Contudo, quando se trata de viagem no tempo logo nos vem a mente o mais recente sucesso da Netflix, a aclamada série alemã ”Dark”, que mesmo abordando um tema díficil em sua proposta, entregou um resultado incrível e com uma história bem finalizada. Entretanto, no caso de Alice não é possível dizer o mesmo, e se fosse somente esse o problema envolvendo o dorama, ainda seria dos males o menor. Confira o trailer de Alice.
Sinopse
” Em 2050, através da construção de Alice, a viagem no tempo tornou-se possível. Mas logo vem à tona a existência de um livro de profecias, que pode acabar com essa possibilidade. Quando Yoo Min Hyuk e Yoon Tae Yi, são enviados para o ano de 1992 para garantir o suposto livro, Tae Yi percebe que concebeu um filho e decide ficar no ano de 1992. Depois de mudar seu nome para Park Sun Young, ela finalmente dá à luz a Park Jin Gyeom. Como efeito colateral da viagem no tempo, Jin Gyeom sofre da incapacidade de expressar emoções. Apesar disso, eles levam uma vida bastante normal até o eclipse lunar total de 2010, dia em que Sun Young acaba sendo assassinado. Para investigar este caso misterioso, Jin Gyeom se torna um detetive e em 2020, por coincidência, ele encontra Yoon Tae Yi, uma professora de física, que se parece exatamente com sua mãe”
- Gênero: Drama, Sci-fi
- Emissora: SBS
- Episódios: 16
- Elenco: Kim Hee Sun, Kwak Shi Yang, Joo Won, Lee Da In
Sobre o drama
O drama teve um empolgante início, despertando aquela curiosidade de conferir mais sobre a trama e desvendar todo o mistério envolvido entre toda a avançada tecnologia e as viagens de 2050 para o passado, já propostas logo no primeiro episódio. Curiosidade e atenção do espectador captadas com sucesso!
Um ponto super positivo quanto ao drama são as cenas de ação eletrizantes, que certamente foram capazes de surpreender bastante, tamanha a qualidade da coreografia e dos efeitos usados para a sua execução. Porém, ao longo do 5 episódio, o lance começou a desandar quando utilizaram um recurso que já estamos acostumados a ver em produções coreanas, mas em Alice acabaram utilizando em excesso, o que resultou em deixar quem assiste entediado. E tome Flashbacks, Flashbacks e mais Flashbacks.
As primeiras impressões
E a bizarrice desse drama não acaba por aí, para aumentar mais ainda o combo da insanidade: uma relação esquisita e pra lá de problemática é iniciada, deixando um clima embaraçoso e confuso para quem assiste, além de questionamentos como ”Será que eu tô vendo isso mesmo?”. De uma forma mais resumida, a protagonista feminina é semelhante a mãe morta do protagonista masculino, não apenas semelhante, mas completamente idêntica até mesmo em manias.
E para deixar a situação ainda mais fora do eixo, os protagonistas são colocados em situações cada vez mais constrangedoras, nos fazendo perguntar o que aconteceu com a cabeça do roteirista quando decidiu introduzir uma relação tão esquisita na história, nos fazendo lembrar até mesmo do famoso Complexo de Édipo. A questão é que a relação em si, não teria ficado tão esquisita se não tivessem colocado elementos tão românticos na mesma, é compreensível a emoção em encontrar um ente querido de tanta importância, mas as cenas tomavam um outro rumo, beirando a um climax absurdo.
Conclusão
Foi impossível acompanhar Alice sem aquela sensação de questionamento sobre o que estava assistindo, principalmente ao finalizá-lo e ser tomada por um sentimento de completa perda de tempo. Talvez o erro tenha sido o desejo de inovação somado a uma trama muito dramática para reforçar a perda do protagonista, entretanto, o roteiro mal executado e não focado no propósito da viagem no tempo, transformou tudo em uma completa viagem na maionese ao adicionar coisas demais para dar mais impacto dramático aos acontecimentos.
Enquanto isso, muitos dorameiros decidiram abandoná-lo na lista de ”Dramas que preferimos fingir que foram delírio coletivo” e partir para dar uma chance a produções melhor executadas como Flower of Evil.
Nota: 3/5
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