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Críticas

A FAMÍLIA MITCHELL E A REVOLTA DAS MÁQUINAS| Crítica do Neófito

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Taí uma animação divertida e irreverente, sem deixar de ser fofa!

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (The Mitchells vs the Machines) é uma deliciosa produção da Sony Pictures Animation, que ganhou os holofotes após ter sido adquirida e distribuída pela poderosa Netflix em sua plataforma.

A premissa da história é bem básica: família meio disfuncional, composta pelo patriarca Rick Mitchell (Danny McBride), um pai “à moda antiga”, que gosta de natureza e de consertar coisas; a matriarca Linda Mitchell (Maya Rudolph) buscando a todo custo harmonizar os ânimos, incentivar e encontrar o lado positivo dos acontecimentos; o caçula Aaron Mitchell (Mike Rianda), completamente viciado em dinossauros; e a primogênita Katie Mitchell (Abbi Jacobson), como filha mais velha e deslocada do resto da família, focada em ser cineasta e louca para ir para a faculdade e sair de casa, sempre em conflito com o pai.

No caminho da tão sonhada faculdade, entretanto, ocorre o completamente inesperado. Já se imaginava que a história seria uma espécie de road movie repleta de ação, numa jornada de autodescobrimento e redenção das relações familiares abaladas. Mas o roteiro opta por um plot twist realmente inusitado. Simplesmente ocorre uma  revolta das máquinas, oriunda do novo sistema operacional desenvolvido pelo Steve Jobs da animação, o inventivo Dr. Mark Bowman (Eric Andre), que pega a família Mitchell no meio da estrada, involuntariamente a tornando a única resistência humana contra os robôs.

Foto: Divulgação

O problema é que os Mitchells não conseguem nem ao menos se entenderem entre si, o que dirá se unirem a ponto de salvarem a humanidade inteira!!!

E aí que a coisa fica realmente divertida.

Mesmo representando um pequeno spoilerse não quiser saber, pule o resto deste parágrafo – não há como não citar a dublagem espetacular da grande Olivia Colman para PAL, o sistema operacional que, ameaçado de ser preterido por novas versões, levanta a revolta das máquinas contra os seres humanos.

A perseguição pelas estradas dos EUA, dentro do shopping center e – claro! – no Vale do Silício, é repleta de cenas divertidíssimas, com direito a dois robôs vira-folha que só tornam tudo mais legal.

A animação opta pela caricatura na concepção visual de seus personagens, o que acaba se adequando bastante à proposta pouco convencional do enredo.

O ritmo não para nunca, sem ser corrido. Tudo isso, mérito do diretor estreante em longas-metragens, Mike Rianda (sim, o mesmo que empresta sua voz para o Mitchell caçula), que consegue ser transgressor, familiar, piadista e sensível no mesmo pacote. Ele consegue até mesmo usar certos clichês – como no caso de Monchi, o impagável pet da família, que é completamente estrábico, como a galinha que acompanha Moana na animação homônima – de forma a parecerem coisa nova e não a simples exploração de um conceito já estabelecido em outra obra. Outro elemento digno de elogio é o jogo de câmeras muito bem equacionado, como no caso da cena de abertura e sua continuidade, já quase no terceiro ato do filme, por ângulo diverso.

Dito tudo isso, não pense que A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas seja uma obra-prima capaz de revolucionar o gênero da animação ou o cinema em si. Realmente não é o caso. Mas sua proposta é muito bacana, uma lufada de frescor sobre as estruturas por vezes tão rígidas que Hollywood parece impor a todas as produções feitas sob suas asas. A capacidade de reciclar velhos conceitos é o que mais agrada em toda produção.

Ao final do filme, a sensação é de leveza, de sorriso nos lábios, de lembrança das inventivas gags visuais e dos personagens bastante caricatos, mas extremamente cativantes.

Para se assistir com toda a família junta no sofá, comendo pipoca com guaraná!

Foto: Divulgação

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Nota: 4 / 5 (ótimo)


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Sou um quarentão apaixonado pela cultura pop em geral. Adoro quadrinhos, filmes, séries, bons livros e música de qualidade. Pai de um lindo casal de filhos e ainda encantado por minha esposa, com quem já vivo há 19 bons anos, trabalho como Oficial de Justiça do TJMG, num país ainda repleto de injustiças. E creio na educação e na cultura como "salvação" para nossa sociedade!!

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