Críticas

LOVE AND MONSTERS | Aprendendo a lidar com “Problemas Monstruosos”

Publicado

4 anos atrás

18/10/2020

por

Tiago Queiroz

O mais novo filme da Paramount traz Dylan O’Brien (Maze Runner) como protagonista de uma jornada num cenário pós-apocalíptico, habitado por criaturas gigantes e peculiares. O que restou da humanidade vive em colônias subterrâneas, construídas afim de garantir a sobrevivência da nossa espécie. O jovem Dylan decide então partir em um aventura na superfície, objetivando reencontrar Aimee (Jessica Henwik), a garota por quem é apaixonado há alguns anos.

Foto: Divulgação

Isso talvez lhes soe um tanto familiar, afinal, o meio cinematográfico encontra-se saturado de obras que abordam esta temática, mas Love and Monsters conseguiu fazê-lo de maneira agradável e sobretudo peculiar, sendo capaz de demonstrar alguma originalidade, ainda que em certos momentos você se pegue fazendo comparações com o primeiro Zombieland. Em tempos de pandemia, nos quais o tempo tornou-se demasiado precioso em meio às atividades EAD, tenho me tornado bastante seletivo no que diz respeito a filmes e séries, por conta disso, antes de investir horas em um filme, sempre verifico antes a sua pontuação no IMDB. Consequentemente, eu já tinha boas expectativas para o que me aguardava.

Um jovem inexperiente e atrapalhado se arriscando sozinho num ambiente hostil em prol do amor que sente um por uma garota, quais as chances disso dar certo? Mínimas, indubitavelmente. Ao longo da aventura Dylan se esbarra com um cão, que acaba por se tornar o seu fiel companheiro, além de uma garota chamada Minnow, vivida por Ariana Greenblatt e Clyde (Michael Rooker), que se mostraram ligeiramente carismáticos, apesar do pouco tempo que tiveram em tela. E apesar de algumas coisas parecerem um tanto previsíveis, o filme traz uma reviravolta no final.

Foto: Divulgação

Love and Monsters trata-se de um filme de comédia e aventura, mas que no final ainda nos traz uma mensagem sobre a qual refletir, mas prefiro não apresentá-la aqui afim de protegê-los dos famigerados spoilers. E ao fim dos seus 109 minutos de duração me vi satisfeito, sem aquela amarga sensação de ter desperdiçado meu tempo, algo que de alguma forma eu já esperava, uma vez que desde os primeiros segundos eu já me vi sendo fisgado pela sua proposta inusitada e a forma com que explicaram o surgimento das criaturas.

No que diz respeito aos efeitos visuais, a obra entrega um produto com qualidade aos espectadores e o mesmo posso dizer a respeito da sua trilha sonora. Ao terminar de assisti-lo, ainda me dei ao trabalho de adiantar os créditos, na esperança de ser recompensado com uma cena bônus que garantisse a minha certeza de que teremos uma continuação.

Mas eu aposto alguns dos meus foguetinhos nerdtripianos que se os produtores soubessem da repercussão / sucesso que estava por vir, certamente teriam deixado uma ceninha ali. Love and Monsters foi uma agradável, monstruosa e descontraída surpresa em meio ao ócio dominical, mas não ficarei surpreso caso daqui a alguns dias eu me depare com a confirmação de uma sequência.

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Nota: 3,5 / 5 (Muito bom)